Domingo, 19 de Outubro de 2008

1000 a.C. (134 a 122)


Deus Júpiter

Ano 134 a.c. (620) - Graco anuncia a intensão de se candidatar a um novo mandato, fazendo alusão a nova legislação, provoca consternação geral e é acusado de regnum. No dia da eleição, alguns dos principais senadores e seus fiéis acompanhantes tentam interromper a Assembleia, e no tumulto daí resultante, Tibério Graco e 300 dos seus apoiantes são mortos. Segue-se uma caça às bruxas generalizada, em que muitos dos simpatizantes de Graco são condenados por um tribunal especial criado pelo Senado. A Sacrossanta imunidade dos tribunos foi violada e o conflito político termina, pela primeira vez na história da República Romana, num banho de sangue.
* No dia 10 de Dezembro deste ano, Graco é empossado no tribunato do povo. Desde que tomou posse do cargo, propôs a apresentação de uma lei agrária, que, sob muitos aspectos, não é outra coisa senão a renovação da lei Licínia Séxtia do ano 387. Por esta lei, as terras do Estado que são ocupadas sem pagamento pelos donos que delas usufruírem, devem ser retomadas pelo Estado. Mas, com a restrição de que cada ocupante reservará para si 500 jeiras, e para cada filho 250 (até o máximo de 1000 jeiras, no total).
* Este ano, fala-se do incêndio de uma nova estrela (estrelas novas) ou novae.
* As comédias de Terêncio encontram a mais violenta oposição no público que acha intolerável a sua linguagem sem graça e a “fraqueza de seu estilo”. Terêncio vence: até na literatura a oligarquia era toda poderosa, e a comédia artística dos privilegiados suplantou a comédia do povo. Vemos por volta deste ano, as peças de Plauto desaparecerem do reportório. O estilo de composição de Plauto enraizara-se na burguesia romana.
* O terceiro filho de Simão, João Hircano, que lhe sucede e inicia o reinado.
* Cipião queima o trigo aos Lusitanos, que não pode levar consigo, evitando que os Numantinos se abasteçam.
* A aristocracia em Roma, governa exclusivamente.


TibérioGraco

CipiãoEmiliano

LutaEmNumância
Ano 133 a.c. - Os Romanos capturam a praça forte de Numância.
* Espanha, colónia de Cartago, só é dominada integralmente por Roma este ano, quando estes a submetem integralmente os Celtiberos.
* Um dos menos edificantes capítulos da história romana chega ao fim este ano, quando Cipião Emiliano (neto adoptivo do vencedor de Zama), conquista e destrói Numância, principal fortaleza dos Celtiberos. Continuou, no entanto, a ser necessária uma presença militar permanente e o canto noroeste da Hispânia continuou por conquistar até à época de Augusto.
* É evidente que no Mediterrâneo Ocidental os romanos se empenharam numa política agressiva, com o objectivo de aumentarem as suas possessões à custa dos “bárbaros” nativos. Isto levou a uma série quase interminável de guerras na Gália e na Hispânia.
* A segurança interna, as crescentes dificuldades de recrutamento e as péssimas condições de vida do proletariado rural foram os problemas que Tibério Graco se dispôs a resolver durante o seu mandato de tribuno, este ano. A solução por ele cuidadosamente planeada, uma única lei agrária, era de concepção simples, ostensivamente moderada na forma de efeito potencialmente revolucionário. Graco propôs restabelecer os camponeses despojados em parcelas de terrenos públicos. As terras necessárias deviam tornar-se disponíveis pela imposição do limite legal (500 ingera) à extensão das propriedades individuais do ager publicus e retomando, em nome do Estado, as terras que excedessem esse limite a tarefas de recuperação das terras seria levada a cabo por uma comissão de três homens, que depois as distribuíam, em pequenas parcelas, aos pobres. O que esta disposição tinha de positivo era o facto de não atacar os direitos tradicionais da propriedade privada, mas, pelo contrário, de afectar apenas os que já estavam fora da lei. Contudo, na prática, o projecto da lei de Graco constituiu uma grande ameaça para os interesses de muitos proprietários abastados e provocou uma intensa oposição. Por outro lado o apoio popular estava assegurado, sobretudo entre os camponeses pobres, que afluíram em massa a Roma para votar o projecto. Uma tentativa para a vetar foi frustrada quando Graco fez expulsar o tribuno ofendido do seu cargo; a lei foi aprovada e a comissão devidamente constituída pelo próprio Tibério Graco, pelo seu irmão Caio e pelo sogro, Ápio Cláudio. Mas a oposição começou a ficar alarmada com as implicações políticas do que estava a acontecer. Graco tinha proposto a sua lei sem consultar o Senado, como era costume, ignorado o veto de um colega por meios possivelmente ilegais e estava a prestar serviço na sua própria comissão de terras.
* Este ano, o regente selêucida Antíoco Sidete recebe informação de seus conselheiros de que Jerusalem deve ser destruída e o povo judeu aniquilado porque é o único povo da terra que se recusa a assossiar-se com o resto da humanidade.
* Além disso, não hesita em fazer uso de um acontecimento inesperado que ocorreu aquando da morte de Átalo III, rei de Pérgamo, que legou o seu reino aos romanos. Imediatamente Graco decreta que esse legado deve ser aceite e os tesouros reais distribuidos entre os contemplados com parcelas de terra, para os ajudar a aprovisionar as suas quintas. A oposição fica escandalizada com esta interferência sem precedentes no controlo tradicional das finanças públicas pelo Senado.
* Tibério Graco é eleito tribuno da plebe e consegue a aprovação de uma lei agrária que limita a extensão dos latifúndios da nobreza e autoriza a distribuição de terras para os desempregados. Esta lei é uma tentativa de reconstruir a classe dos antigos camponeses romanos através da divisão da terra e da restauração da pequena propriedade agrária.
* Roma substuiu-se gradualmente aos reis. Um deles, Átalo III, que reina no país de Pérgamo (onde se situavam as recordações trioanas), concede aos romanos a herança do seu reino este ano.
* Roma anexa parte do império selêucida, este ano, a dinastia dos atálias extingue-se com o rei Átalo III. É evidente que este deixa o reino aos romanos. A legalidade desta herança é assaz contestável. Mas que importa isso a Roma  a Asia Menor torna-se a primeira provincia romana do oriente e recebe o nome de Ásia.

* Cipião não é capaz de pôr termo às desgraças do exército da Península Ibérica. Os soldados, desmoralizados, são incapazes de conquistar Numância. A única solução é estabelecer um bloqueio e esfaimar a cidade. Também foi assim que Cartago acabou vencida. Cipião instala, 60 000 homens à volta da cidade, que conta no máximo com 8 000 defensores. A situação de Numância em breve se torna tão desesperada que se verificam casos de antropofagia entre os cidadãos. A fome quebra o orgulho dos habitantes. Este ano a cidade rende-se. Muitos cidadãos suicidam-se para não caírem nas mãos dos legionários. Numância é arrasada e o seu vencedor passa então a chamar-se Públio Cornélio Cipião Emiliano Africano Numantino. Toda a Península Ibérica é agora território romano, excepto as inacessíveis montanhas do Norte. Roma estende o seu poder até ao oceano Atlântico. A língua latina e a civilização romana implantam-se na Península Ibérica.
* O jovem Tibério Graco, ardente patriota, vê uma solução para a miséria social. Não tem de modo algum intenção de derrubar a República, mas pretende reformá-la por meio de reformas. Também não deseja entregar o poder ao proletariado, pelo contrário, pretende abolir este último, fazendo de cada proletário um proprietario agrícola. E, este ano faz-se eleger tribuno da plebe para poder realizar os seus projectos. Uma lei muito antiga estipula que ninguém pode possuir mais de 1 250 000 metros quadrados de terras do Estado. Tibério Graco, propõe a aplicação desta lei, embora aumente esse máximo para o dobro. O resto será dividido em pequenos talhões de 75 000 metros quadrados cada um, que reverterão para os cidadãos pobres. E para que estas pequenas propriedades não possam ser readquiridas pelos grandes domínios, não podem ser vendidas mas unicamente transmitidas por herança. A proposta provoca um clamor de indignação entre os grandes proprietarios. Mas os pobres comprimem-se aos milhares na assembleia para aí ouvirem a boa nova.



Ano 132 a.C. - Os grandes proprietários rurais opõem-se à aplicação da lei agrária e este ano, Tibério Graco, acusado de aspirar ao poder real, é assassinado com mais de 500 partidários.
* Este ano, na Sicília, os romanos conseguem acabar com a sublevação dos escravos Sicilianos e eliminam mais de 200 000 rebeldes.
*Nascimento de Mitridates VI, do Ponto.

 

 


RuínasDeNumância
Ano 129 a.C. ( 625) - É pela influência de Cipião Emiliano que, um decreto do povo passa à jurisdição o poder, e entrega aos cônsules a decisão sobre a questão de especificar o que é possessão do Estado ou possessão particular.

Ano 128 a.c. - Era tal a origem da excomunhão feroz com que os judeus feriam os Samaritanos, que a sua capital, é totalmente arruinada por João Hircão.
* A luta social faz uma nova vítima. O célebre Cipião-o-Africano, o Moço, que voltara de Numância pouco depois da morte de Tibério Graco, casara com a irmã do assassinado e é tido como um partidário moderado das reformas do tribuno. Espera muito mais dos aliados italianos do que do proletariado urbano de Roma. E toma o partido dos aliados e ataca asperamente as atribuições da comissão de partilha. Deste modo atrai sobre si o ódio do partido popular e Caio Graco declara-o abertamente tirano. Numa manhã deste ano, o vencedor da Península Ibérica é encontrado morto no seu leito. Assim morre o maior general e homem de Estado que Roma possui, um homem a quem todos reconhecem honestidade, desinteresse e sentido de justiça. Morre aproximadamente com a mesma idade que o seu grande homónimo.

Ano 126 a.C. - Roma exige e obtém garantias por parte de Asdrúbal de que os Cartagineses confinariam as suas actividades à região a sul do rio Ebro.

Ano 125 a.C. - Moeda de C. Metelo este ano, representa Júpiter num carro puxado por elefantes.

Ano 124 a.C. - Conquista romana da Provença. Entremont, santuário dos Sálios, é destruído pelos Romanos.
* Um exército romano derrota os Sálios, tribo celta (pelo menos em parte) que está em hostilidades com Massília.

Ano 123 a.C (691) - Eleição de Caio Graco para tribuno da plebe e retoma o projecto de reforma agrária. Para obter o apoio dos cavaleiros, faz aprovar uma lei judiciária que vai aumentar a participação desta classe na administração do Estado. Consegue também a aprovação da lei frumentária que obriga o Estado a vender o trigo a baixo preço para os cidadãos mais pobres.
* A supressão da pirataria, que encontra perigosos covis nas Baleares, pela ocupação dessas ilhas por Quinto Cecílio Metelo, este ano, serve muito para aumentar a prosperidade do comércio espanhol.  Apesar de sérias desordens em seus confins, a Espanha é a região florescente e a mais bem organizada das possessões romanas. O sistema dos dízimos ainda é aqui desconhecido. A população numerosa e o país rico em trigo e em gado.

Ano 122 a.c. (632) -
Nos finais deste ano, Graco vai perdendo gradualmente o seu apoio.
* No fim de seu segundo tribunato, Graco, propõe dar aos latinos o direito de cidadania e, aos outros italiotas, os direitos até aqui reservados aos latinos. Mas o propósito fracassa diante da oposição combinada do senado e da massa popular dominante. A aristocracia concebe o plano de guerrear em seu próprio terreno o autor das generosas doaçoões de trigo e de terras.

 

 
































(De 134 a 104 a.c.) - JOÃO HIRCANO (rei Hasmoneu)

Os membros da comunidade de Qumran deferem-se como os filhos da luz, título que Deus lhes concedeu ao escolhe-los para servi-lo e conduzir o combate contra os filhos das Trevas.

A sua doutrina religiosa é fundamentalmente dualista. estão convencidos de que Deus entregou momentaneamente o mundo às forças do mal, mas que nos fins dos tempos o Espírito de Verdade, atrás do qual se enfileiraram os Filhos da Luz, acabará por triunfar sobre o Anjo das Trevas. Os membros da sua seita põem todos os seus bens em comum, após um período de iniciação. Vivem em grupos de dez ou doze e tomam as suas refeições em conjunto. Consideram que a sua comunidade é uma resposta ao apelo de Isaías-40,3; "Preparei no deserto um caminho para o Senhor."

Juno e Júpiter

moeda de João Hircano

Átalo III

(todasasimagensretiradasdanet)


PublicadoPor lazulli às 09:44
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Os Lusitanos - No contexto Peninsular História de Roma Estrabão, III, 3,7 Polibio, XXXIV

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