Ano 144 a.C. - A manutenção de Fábio no governo da província Ulterior e a nomeação de G. Lélio Sapiente, amigo dos Cipiões, para a H. Citerior tornam a ofensiva mais coordenada e resoluta. Derrotado por Lélio e Fábio em diferentes recontros, Viriato perde duas cidades e retira.se para Baecula (hoje Bailén). Perde por conseguinte as posições que tem na região do Guadalquivir embora conservando a passagem para aquelas terras pelo desfiladeiro de Despeñaperros.
Ano 143 a.C. -Uma revolta final dos Celtiberos este ano, leva a uma longa e brutal guerra. O governo da H. Ulterior e da H. Citerior é atribuído ao pretor Q. Pompeio e ao pretor Quíncio, respectivamente. As tribos dos Arevacos, Belos e Titos sublevelam-se contra os Romanos, e este reacender das guerras celtibéricas favorece Viriato pela dispersão das tropas romanas. Derrotado por Quíncio, Viriato foge para Mons Veneris a recobrar forças, mas logo volta a atacar, derrotando o mesmo pretor. Descendo ao sul, obtém nova vitória contra Q. Pompeio, ocupa a cidade de Tucci (hoje Martos, perto de Jaén) e estende as suas correrias à Bastetânia (região de Granada).
Ano 142 a.C. -Este ano, eles reconhecem virtualmente a independência de Judá, isentando-a de tributos, de forma que Simão macabeu, que havia sucedido a seu irmão como sumo sacerdote. Torna-se etuarca e governante. “E o povo de Israel começa a redigir seus documentos e contratos”. No ano de Simão, grande sumo sacerdote, comissário militar e lider dos judeus. Assim Israel tornas-se independente novamente depois de 440 anos.
* Os macabeus, uma vez conseguido o livre exercício da sua fé, pretendem conseguir também a liberdade política. Os sucessores de Judas Macabeu, os seus irmãos Jónatas e Simão, recomeçam de novo a luta, que termina com Simão este ano, concedendo à Síria também liberdade política.
Simão Macabeu inicia este ano a sua revolta.
* Derrota de L. Cecílio Metelo, governador da H. Ulterior.
Ano 141 a.C. -Viriato, derrotado por Q. Fábio Máximo Serviliano, irmão adoptivo de Fábio Máximo Emiliano. Após um contra-ataque vitorioso, no qual morrem 3 000 Romanos, Viriato é finalmente repelido e cinco cidades caiem em poder de Serviliano. Avançando, este pretor entra no país dos Cónios e no Alentejo. Aqui porem sofre um desastre contra um grupo de guerrilheiros lusitanos comandados por Cúrio e Apuleio.
Ano 140 a.C. -Acordo entre o Senado Romano e o chefe dos lusitanos, segundo o qual Viriato passa a ser considerado amigo de Roma (amicus populi Romani). Viriato reclama o reconhecimento da independência das suas terras e o título de amians populi romani.
* Portugal é submetido pelos romanos este ano, quando as guerrilhas dos Lusitanos, lideradas por Viriato, são vencidas.
* O Oriente, vencido na aparência pelo factor grego e reduzido a uma vida subterrânea, começa a infiltrar-se na cultura e na religião gregas. Esta penetração produz, na camada superior e nalguns sectores das classes médias, a “cultura mundial helenísta” (Doysen), que, vindo do Próximo Oriente, penetra profundamente em Roma, a partir deste ano.
*Verificam-se estranhas aparições em Roma, Caiem do céu figuras esculpidas.
* Viriato obtém a sua maior vitória. Cerca o exército de Fábio Máximo Serviliano, que continua com o governo da H. Ulterior, Viriato poderia tê-lo aniquilado. Aceita todavia negociar, ele que tanta desconfiança tem dos tratados dos romanos. Viriato é reconhecido como amicus populi romani e a Lusitânia como território independente. Nas terras baixas da Lusitânia existem ricos proprietários declaradamente dispostos a negociarem com os romanos. Um deles Astolpas, cuja filha desposou Viriato.
* O tratado entre romanos e lusitanos dura pouco, não obstante ter sido ratificado pelo senado.
Ano 139 a.C. -O novo procônsul da H. Ulterior, Q. Servílio Cepião, irmão de Fábio Serviliano, com autorização do Senado, tenta levar Viriato a quebrar a paz, e como o não consegue toma a iniciativa de declarar-lhe guerra, tendo um avanço surpreendentemente rápido. Tendo estabelecido um acampamento a norte do Tejo (Castra Servilia, nas vizinhaças de Cáceres), avança até território dos Vetões e dos Calaicos, contornando a Lusitânia por nascente e norte. Viriato não pode sustentar a guerra e é mais uma vez obrigado a negociar. O cônsul M. Popílio Lenate, exige-lhe a entrega dos desertores romanos, Viriato mata o seu sogro Astolpas para não ter de entregá-lo. Recebendo os homens entregues por Viriato, Lenate decepa-lhes as mãos e não contente, exige ainda dos Lusitanos a entrega das armas. Viriato rompe negociações com o cônsul e dirige-se a Cepião. Da cidade de Urso, Viritato envia três homens da sua confiança ao governador da H. Ulterior: Áudax, Ditalco e Minuro. Regressados ao acampamento de Viriato, estes assassinam o chefe Lusitano. Assim os romanos traiçoeiramente chegam ao fim de uma guerra que Táutalos, aclamado pelos Lusitanos, tenta prosseguir, mas sem êxito.
Ano 138 a.C. - Sila, começa a reinar este ano, mas vai renunciar ao poder porque lutou.
* Décimo Júnio Bruto sucede, a Quinto Cepião como procônsul da Hispânia Ulterior. O Alentejo está dominado e Bruto estabelece as suas bases na margem direita do Tejo, fortifica Olisipo e estabelece um acampamento em Moron, cidade bem situada junto ao rio e distante uns 500 estádios do mar.
* Aníbal refugiado junto ao rei prúsias da bitínia, na costa setentrional da ásia menor, vê aparecer flamínio, o vencedor dos macedónios, enviado como embaixador, e prúsias, o mais lamentável de todos os lamentáveis soberanos da ásia apressou-se a trair aquele que tanto o ajudou. como Aníbal conhece o carácter do seu “protector”, instalara em sua casa, como medida de precaução, passagens secretas, mas, quando quis utilizar uma delas para fugir, encontra-a obstruída pelos guardas do rei. não vendo outra saída, Aníbal toma o veneno que traz sempre consigo, debaixo da pedra do anel. “vou libertar os romanos do seu terror” disse, visto que não querem deixar um velho morrer em paz, isto este ano, no mesmo ano em que morre o seu grande adversário.
Ano 137 a.C. -A Sicília é o celeiro da Itália. Graças ao solo fértil, os grandes capitais romanos foram aí aplicados na agricultura. Os grandes latifúndios sicilianos usam basicamente a mão-de-obra escrava. O tratamento a esses escravos é o pior possível. Por falta de alimentação, os escravos são obrigados a roubar. E este ano, os escravos revoltam-se e tomam o poder. Algumas legiões romanas, contra eles enviadas, são derrotadas.
* A moeda de T. Vetúrio deste ano, recorda o acordo com os Samnitas, estabelecido pelo seu antepassado T. Vetúrio Calvino. Esta cena representa dois guerreiros prestando juramento, tocando com as duas espadas num porco, seguro pela figura de joelhos, ao centro.
* As reformas agrárias dos Gracos tiveram lugar num cenário de crise militar, de empobrecimento rural e de crescentes distúrbios urbanos. Os camponeses livres da Itália estão a ser expulsos das suas terras e substituídos por mão-de-obra escrava em grandes propriedades: Tibério Graco constata os resultados deste processo numa viagem através da Etrúria este ano.
* M. Emílio Lépido, castiga os Vaceus, por terem fornecido provisões a Numância. (Portugal)
Ano 136 a.C. -Dá-se na Sicília, uma importante revolta de escravos em que estão implicados dezenas de milhares de fugitivos e que só com bastante dificuldade foi esmagada. Iguais distúrbios têm lugar na Itália, nesta altura, e Roma vê-se perante a ameaça de uma ruptura geral da lei e da ordem.
* Rendição da cidade de Talabriga, entre o Douro e o Vouga. Tendo os Talabrigenses capitulado diante do cerco que os romanos haviam posto à cidade, Bruto exige a entrega de reféns e de soldados romanos desertores que ali se tinham acolhido. Reclama ainda que os talabrigenses abandonem a povoação, com mulheres e filhos e entreguem as armas. Quando porem os achou fora da cidade contentou-se em tomar-lhes os cavalos, alguns mantimentos e bens, mas autoriza-os a voltarem aos seus lares. Atravessando o Douro percorreu combatendo muitas terras exigindo muitos reféns aos que se vão submetendo. Deste modo chega ao rio Letes, (rio Lima ou rio do Esquecimento) cujas águas fazem esquecer pátria e amigos a quem as cruze. Negando-se os soldados a atravessar o rio do Olvido, Bruto arrebatou o estandarte ao que o leva e atravessou-o ele mesmo, persuadindo-os a passarem. E, é o primeiro romano que se propôs atravessá-lo. Partindo daqui chega ao rio Nímio, (rio Minho) e como os Brácaros, tomaram as suas provisões, dirigiu-se contra eles. Décimo Júnio Bruto, derrota um exército de 60 000 Calaicos que acudiram em auxílio dos Lusitanos e fica com o cognome de Calaico.
*Judas Macabeu
* Guerreiro Lusitano
Ano 612 a.C. - Este ano, os caldeus, sob o comando de Nabopolassar aliam-se aos Medos e destroem Nínive, a capital do Império Assírio.
Os Medos e os Neobabilónicos coligados, atingem a meta almejada: “depois de uma luta terrível a cidade é tomada”. Nínive sucumbe vítima da destruição. Nínive jaz, destruída e queimada, ela que foi a central donde saíram as ordens que tinham enchido o Velho Mundo de terror e de lágrimas durante séculos de expedições guerreiras e de ocupações com tormentos, terror e deportações em massa. O “Crescente Fértil” respira livremente. Nínive é destruída. O exército Assírio fiel até ao fim ao seu último rei, Sinsharishkun, perece na Nínive em chamas. A conquista de Nínive e a sua subquente destruição é obra de Ciaxares este ano, e põe ponto final à presença histórica da Assíria. Babilónia e a Média partilham entre si os despojos. Nabucodonosor II, o filho de Nabopolassar, incorpora no seu Novo Império Babilónico a totalidade das possessões mesopotâmicas da Assíria que vão até à fronteira egípcia. Ciaxares anexa a antiga Urartu até à fronteira clássica do Hális, na Anatólia Central.
Os Medos, que, juntamente com os babilônios, são herdeiros desde a queda de Nínive, este ano, ano do desgarrado império dos assírios, são dominados imprevistamente pelos seus vizinhos e vassalos, os persas. O rei Medo Astíages é vencido pelo seu próprio neto, Ciro (Cores).
Nabopolassar, alia-se a Ciassare, rei dos medas e organiza um grande número de mercenários scitas e este ano conquista Nínive, Os massacres são os mais hostis e as vinganças contra as atrocidades assírias ainda mais ferozes.
Ano 606 a. C. - Fim do reinado no sul da Mesopotâmia do príncipe caldeu Nabopalassar.
Ano 605 a.C. - Início do reinado de Nabucodonosor II, filho de Nabopolassar. Sob o seu reinado e o de seu pai a Babilónia transforma-se, mais uma vez no centro de uma grande potência.
No Eufrates, exércitos egípcios e babilónicos travam a batalha de Karkemish, decisiva para a posse da Palestina e da Síria. O combate começa em frente das muralhas da cidade antiga e prossegue com violentos combates de rua. O exército egípcio é aniquilado até aos últimos restos e o território da Síria setentrional fica assegurado para a Babilónia até à clássica linha de Gaza. A Babilónia ganha a batalha decisiva de Karchemish, destruindo o exército do Egipto, o “junco partido”.
A luta é travada em Carchemish e os egípcios derrotados, postos em fuga e impiedosamente perseguidos.
Ano 602 a.C. - Na Palestina, Joaquim, posto por Necho no trono de Judá, faz acto de submissão a Nabucodonosor. Apesar da presença de tropas babilônicas, não obstante, os conselhos aflitos do sábio Jeremias, Joaquim revela evidentes sinais de querer libertar-se da nova opressão e contando com a promessa de apoio de Necho , p e em prática a primeira tentativa de revolta automaticamente dominada pelo ocupante. Mas Joaquim, despótico tirano, não entende a lição e este ano, revela-se pela segunda vez, mas teve sorte porque Nabocodonosor está ocupado com outros empreendimentos
Ano 599 a.C. - Joaquim, na Palestina consegue manter uma fraca independência até este ano, ano em que morre.
Ano 597 a.C. - Queda de Jerusalém. Após a primeira conquista de Jerusalém, Nabucodonosor deixa Judá como Estado vassalo. No meio do primeiro grupo da elite obrigada ao exílio babilónico está, Ezequiel, o mais antigo e erudito sacerdote.
Rebenta em Judá uma clara insurreição. O rei Joaquim, segundo a Bíblia, e todos os seus foram feitos prisioneiros e levados para a Babilónia.
Como herdeiro de Joaquim, que se encontra no cativeiro, sobe ao trono seu tio Matanias, com o nome de Sedecias, como rei da Caldeia.
Crônica Babilônica : “No sétimo ano, no mês de Kislev , (Nabucodonosor) revistou suas tropas e, havendo marchado para a terra de Hatti , sitiou a cidade de Judá, e no segundo dia do Mês de Adar tomou a cidade e capturou o rei. Designou ali um rei de sua própria escolha, recebeu seu pesado tributo e (os) enviou para a Babilônia ” 16 Março. O rei de Judá, Joaquim, foi levado para a Babilónia em “toda a Jerusalém e todos os príncipes, e todos os poderosos homens de valor, dez mil cativos, e todos artificies e todos os ferreiros”; ninguém restou, exceto “as pessoas mais pobres da terra”. Os vasos de ouro do Templo são, do mesmo, modo “feitos em pedaços” e levados!
Nabucodonosor envia um exército e intimida Jerusalém o redde rationem. Joaquim, filho de Joaquim, recusa a rendição e fecha as portas. Depois de um breve cerco, a cidade é tomada e saqueada no dia 16 de março.
Ano 595 a.C. - Psamético II, filho de Necho, começa a reinar. Renuncia qualquer intervenção na Síria e transfere o exército para o lado oposto, contra a Núbia que há séculos fugiu ao controle egípcio.
Na Babilónia, Ezequiel vê junto ao Eufrates a.c. lebre “roda flamejante”.
Ano 594 a.C. - Drácon é um personagem semitíco a quem a tradição atribui o primeiro código de leis escritas da Grécia, o Código de Drácon, o qual pune com a pena de morte os delitos contra a propriedade. As leis escritas são uma solicitação do Demos que não quer ficar à mercê dos Eupátridas nos julgamentos baseados nas velhas tradições. Mas, apesar das leis escritas, a situação do Demos continua ruim. As agitações continuam e este ano, Sólon é nomeado primeiro Arconte e encarregado de promover a paz social entre os Eupátridas e o Demos. Sólon, magistrado e poeta, é nomeado legislador com poderes ditatoriais para promover reformas. Eupátrida por nascimento e comerciante por profissão, descende de uma família aristocrática arruinada economicamente e acumula grande fortuna dedicando-se ao comércio. Vai realizar reformas populares, abolindo a escravidão por dívidas e suprimindo as hipotecas sobre a terra. Não promove a redivisão do solo, mas limita a extensão das grandes propriedades rurais e adopta medidas incentivando a indústria e o comércio. Substitui o critério de nascimento pelo de riqueza para o acesso aos cargos públicos, o que debilita a nobreza e permite aos comerciantes maior participação no Governo. Com base na riqueza dos cidadãos, redivide em quatro classes a sociedade ateniense. Os membros da primeira classe participam do arcontado e do areópago. Cria também a Bulé (Conselho dos 500) integrado pelos representantes das três primeiras classes. A última classe, composta por cidadãos de menor renda, participa da assembléia popular, a eclésia, e do tribunal ateniense, a heliéia.
Necho morre.
Ano 592 a.C. - Ezequiel vê pela primeira vez naves espaciais. Após cinco anos de ter sido deportado para a Babilónia, casado e com trinta anos, sacerdote oriundo de uma família da alta sociedade. Fica completamente aterrado e fortemente emocionado.
Ano 589 a.C. - Psamético II, morre e deixa a seu sucessor Apires, uma óptima situação financeira. Apires encontra um formidável poderio marítimo e fica tão envolvido pela nostalgia das glórias passadas, que não resiste às hostilidades no Retenu.
Cartas de Lachish, datadas deste outono, são despachos de um posto avançado para um oficial do estado-maior de Lachish e abrangem a última fase da liberdade de Jerusalém. um dos despachos tem uma referencia a um profeta. Outro despacho, declara que Jerusalém, Lachish e Azeká são os únicos enclaves israelitas que restam.
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* 1000 a.C. (144 a.c. a 136...