Ano 303 - "Grande Perseguição" aos cristãos, desde este ano até ao ano seguinte.
Em 23 de Fevereiro, na festa das Terminalia, há perseguição aos cristãos em Nicomedia, e a Igreja de Nicomedia é arrasada.
A perseguição à Igreja é baseada na acusação feita aos cristãos de terem tentado pôr fogo ao Palácio Imperial.
Na sua luta contra o cristianismo, Diocleciano subestima no seu cálculo doutrinário a eficácia das medidas persecutórias o que, em verdade, é a única vez que sucede. Deste modo a sua perseguição contra os cristãos este ano e seguinte, é inútil.
. As Comunidades cristãs peninsulares (Ibérica) reúnem-se no Concílio de Elvira (Granada), este ano, tendo já 19 bispos e 24 presbíteros. Três dos bispos são da Lusitânia: Libério de Mérida, Vicente de Ossónoba e Quinciano de Évora.
. Este ano, dá-se o Início da Perseguição aos Judeus.
Ano 313 - O Edicto de Milão, promulgado por Constantino Magno, proíbe a perseguição ao cristianismo no Império Romano.
Ano 314 - Este ano, Constantino manda reunir um Sínodo em Arles (Provença), com vista a dilucidar alguns aspectos internos da Igreja que ameaçam adquirir relevância política. Seja, por exemplo, a polémica Donastie (assim chamada pelo nome do bispo Donato de Cartago, que insiste na exclusão da Igreja de todos os pecadores).
. Ano do Édito de Milão; pelo qual o Imperador Constantino declara a protecção Oficial das Autoridades Romanas ao Cristianismo.
Ano 332 - Devido à Tradição que situa a sepultura de Pedro ao pé da colina do Vaticano, Constantino manda aí erguer uma Basílica, este ano.
. A partir deste ano os arrendatários, ficam vinculados à gleba. Os donos dos domínios passam a ter poder senhorial e de governo, muitas vezes por simples usurpação.
Ano 350 - Desde este ano, Tribos germânicas Ocidentais mais pequenas (por exemplo: Sálios, Camavos, Bructeros, Usípios, Ansivários), que no seu conjunto se chamam "Francos", estendem-se desde os rios Ems, Lips, Reno, Mosela, passando pelo Mosa e Escalda, até chegarem ao Soma; Dinastia Merovíngia.
Ano 354 - Santo Agostinho, desde este ano até ao ano 430, o mais influente de todos os teólogos latinos, argumenta que os judeus, por sua mera existência, são parte do Plano de Deus, de vez que são testemunhas da verdade do cristianismo, com sua falha e humilhação simbolizando o triunfo da Igreja sobre a Sinagoga.
Ano 366 - O Pagão Amiano Marcelino comenta este ano a mundanização do clero cristão: “Quem tiver a sorte de alcançar a dignidade de bispo de Roma tem o futuro garantido. Recebe prendas das matronas, anda de carro, veste esplendidamente e faz que lhe sirvam banquetes magníficos, de modo que a sua mesa ultrapassa em muito a de um rei!” (Amiano Marcelino, 27,3,14.)
Ano 373 - O século IV vê a heresia instalada na África do Norte (Santo Agostinho passa a ser maniqueísta desde este ano), Ásia Menor, Grécia, Ilíria e até na Gália e Espanha.
Ano 395 - Divisão do Império de Roma: Império do Ocidente e do Oriente.
. Invasão da Grécia pelos Visigodos.
. Ao morrer Teodósio I, este ano em Milão, deixa dois filhos de tenra idade, e confia a sua juventude ao Vandalo Stilicon, marido de sua sobrinha, e cujos talentos e serviços o elevaram à dignidade de Capitão General do exército. Segundo as intenções do príncipe Teodósio I, seus dois herdeiros devem exercer o Poder Soberano sem divisões, e reinar em capitais diferentes, sem romper a unidade do Império. O Governo do Ocidente cabe a Honório, mas Arcádio (o mais velho dos dois irmãos), coloca-o em Constantinopla de baixo da tutela do Galo Rufino, Prefeito do Pretório.
. Teodósio I, morre em Milão em Janeiro e foi no espaço de mais de meio século, o único Imperador que, com a sua habilidade militar e força de carácter, exerceu um controlo pessoal contínuo sobre o Império Romano. De certo modo é irónico que a sua morte deixe o Império nas mãos de duas nulidades como são seus filhos. Arcádio, que detém nominalmente o poder em Constantinopla, e Honório, Imperador em Milão. O controlo dinástico de Teodósio sobre o Império Portucalense, ainda mais com o seu casamento-após a morte da sua primeira mulher-com Gala, filha de Valentiniano I.
. Quando Teodósio morre repentinamente em Milão, este ano, o "renascimento" teodosiano acaba. Os seus dois filhos, Arcádio e Honório, vão dividir o Império Romano, entre si. Arcádio passa a Imperador do Oriente; Honório, a Imperador do Ocidente. Como governantes, serão incompetentes, meros joguetes das suas cortes.
.Átila, nascido por volta deste ano, vai-se impor como senhor de um vasto Império Bárbaro e tentar impor a sua autoridade a todos os Germanos. Por uma incursão até aos muros de Constantinopla, vai impor a sua suserania ao Império do Oriente, depois voltar-se-á para o Ocidente.
. Neste ano nasce Átila, vai suceder a seu tio Rugas no trono dos Hunos. Vangloriando-se de ter recebido a sua espada directamente do Deus dos Hunos. Considerar-se-á que é designado para assegurar "O Império do Universo" e vai apresentar-se como o "Punho de Deus, do qual o céu se serve para castigar as nações". avançara primeiro sobre o Império do Oriente, forjando um imenso reino desde o mar Cáspio ao Reno. Em seguida porá o Império do Ocidente a ferro e fogo, reclamando metade das suas terras como dote pelo seu casamento com Honória, irmã do Imperador, que lhe envia o seu anel. Com os Francos e os Vândalos, invade a Gália. Saqueia Metz, mas vai poupar Paris, onde Santa Genoveva persuadira os habitantes a permanecer na cidade. Atingindo o Loire, Átila cerca Orleães e o assalto final estará já decidido quando, a 24 de Junho, surgem os exércitos coligados de Valentiniano, sob as ordens de Aécio e de Teodorico I, rei dos Visigodos. Obrigado a levantar cerco, Átila retira-se para Troyes, nos Campos Cataláunicos, onde recomeça o combate. Será uma autêntica carnificina para ambos os lados e Átila, vencido, reagrupa as suas forças para lá do Reno.
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. Este ano Teodósio partilha o Império entre os seus dois filhos, ninguém tem consciência de que se trata de uma ruptura definitiva, entre o Oriente e o Ocidente. Não é a primeira vez que uma tal medida é tomada por razões de eficácia administrativa de resto, a língua e as instituições permanecem romanas. Não obstante, a divergência de interesses surge rapidamente, tanto no domínio económico como no cultural e religioso. Constantinopla prospera e afasta-se de Roma, submersa pelos bárbaros.
. Esteano, Alarico I, à cabeça dos Godos, arrasa a Trácia, a Macedónia, a Tessália e o Peloponeso, até que Estilicão o derrota em Foloé. Alarico dirige-se então contra Honório. Em duas investidas invade a Itália do Norte, mas Estilicão vence-o em Plaisance e em Verona. Alarico lança-se sobre Roma, onde entra de surpresa a 24 de Agosto.
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Ano 69 (821) - São poucos os acontecimentos históricos, ocorridos no decurso do Alto Império e relacionados com a Hispânia. Após a proclamação de Galba como imperador feita pelas legiões estabelecidas no extremo noroeste da Península, este ano, passa a ficar uma só legião, a VII Gemina, que se fixa no acampamento situado no lugar da Leão actual, conforme é estipulado por Vespasiano.
* Otão decide partir ao encontro de Vitélio, e é batido (vencido) no Norte de Itália, suicidando-se na sequência da derrota. Vitélio é o novo imperador, mas logo nas províncias orientais Vespasiano é aclamado pelas suas tropas e também ele marcha sobre Roma.
* Este ano, Vespasiano, depois de desbaratar as forças do seu adversário, assume a púrpura imperial, fundando a dinastia dos Flávios. Esta primeira guerra civil do período imperial é na realidade bem diferente das suas congéneres dos fins da República. Não se trata de todo, de um confronto entre cidadãos armados, defendendo perspectivas diferentes, corporizadas em prestigiados chefes político-militares entre generais que comandavam tropas profissionalizadas, dispostas a seguir os seus líderes, desde que fossem devidamente compensadas. A este respeito, são bem sintomáticas as pilhagens empreendidas pelas tropas de Vitélio no Norte da Península Itálica, ou a brutal ocupação da cidade de Roma que se segue à vitória sobre Otão. Em todo este conflito a Península Ibérica, contribuiu, afinal, com dois imperadores efémeros, que governaram, respectivamente, sete e três meses.
* A política de Otão, se bem que necessária, é demasiado severa e parcimoniosa para compensar o seu carácter desagradável. Depois de perder a primeira escaramuça contra as tropas de Vitélio, Otão suicida-se a 19 de Abril, sem esperar a chegada à Itália das legiões da Ilíria, que poderiam tê-lo salvo. Contudo Vitélio em breve se vê defrontado com a ameaça cuidadosamente organizada de Vespasiano, que foi proclamado pelos exércitos do Leste no princípio de Julho. O próprio Vespasiano vai para Alexandria, de onde pode controlar o fornecimento de trigo a Roma, e ganha o apoio do Ocidente mediante uma grande demonstração de força nos Balcãs, combinada com um rápido ataque a Itália. Após a derrota em Bedriacum, a resistência de Vitélio começa a ficar cada vez desorganizada, e ele próprio é morto quando as forças de Vespasiano entram em Roma, a 20 de Dezembro deste ano, Domiciano, filho de Vespasiano, é proclamado como César, e agora Roma espera o seu novo Augusto, que vai chegar para o ano.
* No decurso deste ano, os exércitos romanos do Danúbio, assim como os do Oriente, aliam-se contra Vitélio e atribuem o título de Imperador a Tito Flávio Vespasiano (imperador deste ano ao ano 79) que comanda as legiões da Palestina. Os governadores da Síria e do Egipto reconhecem logo o competente general, que toma a seu cargo a repressão da sublevação judaica. A decisão final mantém-se em seu favor quando as legiões da Panónia se declararam partidárias, invadindo a Itália e pondo fim ao domínio de Vitélio em Roma.
* Guerra Civil que leva os Flávios ao Poder. Vitélio, enviado por Galba como governador da Baixa Germânia, é ali proclamado no início do ano. Um mês depois, Otão, a quem Galba não havia tido em conta para a sucessão, é proclamado em Roma, pela Guarda Pretoriana e Galba é morto.
* Morte de Galba, subida ao poder de Otão, Vitélio.
* Vespasiano, é proclamado Imperador e ascende ao poder; após as proclamações de outros candidatos na Hispânia, na Germânia, em África e em Roma. No fim do ano parte para Roma dando entrada lá a 20 de Dezembro, deixando seu filho mais velho, Tito, de vinte e nove anos, encarregado da fase final da campanha: o cerco e captura de Jerusalém, que duraram de Abril a Setembro do ano seguinte. Em 22 de Dezembro, o Senado reconhece a Vespasiano os privilégios tribunicos e proconsulares. Vespasiano justifica a sua notória sovinice pelo imenso custo que tinham representado para o Império as guerras-civis deste ano e ano seguinte. Mas efectuou gastos importantes na reconstrução de Roma.
* Na aldeia de Gellep, há a revolta das tropas “batavich” em Novembro. Travaram uma batalha sangrenta com os romanos, uma grande quantidade de ossos sem caixões ou qualquer oferendas, amontoados em pequenos túmulos.
* Os últimos focos de resistência são reprimidos e a rebelião de um comandante auxiliar da Batávia, Júlio Civil, na Renânia esmagada. Todos os exércitos têm a sua palavra a dizer e as guerras civis estão a chegar ao fim.
* A revolta na Judeia é interrompida pela proclamação de Vespasiano.
Ano 70 (822) - Em Agosto as legiões romanas implantam a sua bandeira no recinto sagrado dos judeus e fazem perante ela os seus sacrifícios. Apesar de metade de Jerusalém estar em poder do inimigo, das ruínas do Templo se elevarem para o céu colunas de fogo, os fanáticos judeus não se entregam.
* A rebelião judaica é derrotada (completada) por Tito com a destruição do Templo Herodiano de Jerusalém, e a sua queda. Tito ao conquistar Jerusalém manda demolir a dita fortaleza. Sobre as suas ruínas fazem-se mais tarde novas construções.
* Na Palestina, em 26 de Setembro, Tito consegue, com seis legiões e numerosas tropas auxiliares, conquistar Jerusalém, tenazmente defendida por forças judaicas. A cidade e o Templo são destruídos e 100 000 judeus tornam-se escravos, enquanto na guerra perderam a vida cerca de um milhão de judeus. O país é transformado em província romana, administrada a partir de Cesaria Palestina (em hebraico, Qesari), cidade da costa.
* Destruição de Jerusalém. Por represália, Tito manda destruir o segundo Templo Judaico. Os sobreviventes da rebelião entrincheiram-se em Masada.
* A destruição de Jerusalém e o estabelecimento no seu local da implantação da colónia romana de Aelia Capitolina, faz mais tarde desaparecer a cidade.
. Jerusalém é arrasada pelas legiões do Imperador, sob o comando de seu filho Titus. O Templo é saqueado e o conteúdo do lugar "mais sagrado dos sacros" é levado para Roma. Conforme descrição no Arco Triunfal de Titus, este conteúdo incluía o imenso candelabro de sete pontas, tão sagrado ao Judaísmo e possivelmente o Arco do Pacto.
* Em Outubro, Tito Flávio Vespasiano, o novo soberano chega a Itália depois de ter concluído a guerra contra os judeus e de ter confiado a seu filho Tito (39-81) a conquista de Jerusalém. Vespasiano e seu filho e sucessor Tito são duas personalidades relevantes no governo de Roma. Ambos são chefes competentes e prudentes de que necessita o império romano, pois se torna indispensável o cumprimento de tarefas de grande transcendência. Vespasiano em especial, tem de enfrentar graves problemas. Embora com as finanças imperiais arruinadas, tem de fazer face a duas dispendiosas guerras, que geram numerosas perdas.
* Depois deste ano, a vida judaica enfraquece muito, embora mantenha certa autonomia política. Continua existir uma academia e um tribunal supremo, primeiro em Jammia e depois noutras cidades, à frente das quais está um chefe com o título de nasi “Príncipe” Égvápxng, “Patriarca” que é reconhecido pelo Governo de Roma. Tem importantes atribuições.
A religião israelita sempre supriu uma forte motivação para trabalhar duro. À medida que amadurece para o judaísmo, torna-se maior a tónica, sobre o trabalho. Com a ascensão do judaísmo depois deste ano, seu impacto económico cresce.
* Depois da catástrofe deste ano, o culto sacrifical desaparece, a partir daqui, a vida religiosa centra-se à volta da Lei Tradicional, segundo a doutrina dos Fariseus. Os Saduceus, uma vez que a vida política e o exercício efectivo do sacerdócio, cessa, perdem a importância que tiveram até aqui. Também os Essénios e outros Grupos deixam de ter preponderância. Só os Samaritanos se mantêm até aos nossos dias. O Monoteísmo é o princípio religioso fundamental dos Judeus. O homem deve observar a Torah escrita e oral. Existiram apesar de tudo certas correntes de espiritualidade de tendência escatológica e mística. Actividade dos doutores da lei, Tanaístas e Amorreus, na Palestina e na Babilónia, entre este ano e fins do séc.V, foi muito notável, tendo-se dedicado especialmente ao estudo e aplicação da Lei Tradicional segundo a interpretação farisaica.
* No decurso dos anos 70, Vespasiano consegue melhorar a situação, usando métodos de um verdadeiro Pai da Pátria, muitas vezes avaro e atento ao pormenor, mas cheio de vontade. Com a criação de novas fontes de impostos e a hábil aplicação dos recursos, demonstra verdadeira capacidade. No decurso do seu governo, a romanização das regiões Ocidentais do Império consolida-se. Atribuie a toda a Hispânia o chamado “direito latino”, que constitui um grau um pouco menor da cidadania romana, concedendo, assim, uma posição jurídica mais conforme com a importância que tem dentro do Império. Além disso, fundam-se novas Colónias e na área do rio Neckar são instituídos agri decumanes (terras do dízimo). Nesta época verifica-se também a construção do Coliseu de Roma e o alargamento do números de senadores para mil membros.
* Neste ano na fortaleza de Massada, após a destruição de Jerusalém, pelas legiões romanas há um suicídio colectivo dos últimos resistentes judeus ao domínio romano. Em seguida vem a Diáspora: a expulsão dos judeus da Palestina e sua dispersão pelo mundo romano. Relato do suicidio:
“Jerusalém havia caído, mas a luta arrastou-se por espaço de três anos na judeia, terminando com a captura da remota fortaleza de Massada, no deserto da judeia, na costa oeste do mar Salgado (mar morto). Foi aí que Eleazar, comandante do templo e chefe dos sicários, os extremistas zelotes, opôs sua última e desesperada resistência. A sofrer a morte às mãos dos romanos, aquela gente orgulhosa e resoluta preferiu o suicídio em massa. Depois de lacrimosos e comoventes adeuses, os homens mataram suas esposas e filhos. A seguir tiraram sortes, e um homem em cada vez matou nove, até que todos os 960 foram mortos – e o último homem mergulhou uma espada no próprio peito. Quando os romanos entraram não encontraram viva alma.
* Os romanos esmagam uma revolta dos judeus e destroem, pela segunda vez, o Templo de Jerusalém.
Serão os Sicários que, exasperando as paixões, suscitarão entre o povo judaico os movimentos de rebelião repetidos sem cessar e tão vãos, cujo final será a catástrofe deste ano.
* Os parentes dos sumos sacerdotes, estavam ligados ao poder, aproveitando a sua docilidade viviam também na opulência, como Marta, filha de Boethos, que adquiriu para o segundo marido Simão Ben Gamala, o cargo de sumo sacerdote por três qabs - cerca de sete litros - de dinheiro de oiro, que existia que estendessem tapetes diante de seus pés quando ia ao templo e que morreu, durante o cerco deste ano, não por uma flecha romana, mas por ter comido uma comida grosseira a que não estava habituada.
* Os escribas (casta sacerdotal, doutores da lei), pouco numerosos nas províncias, abundavam em Jerusalém. E a sua casta era tão unida, tão bem organizada, que conseguiram escapar em grande número à catástrofe deste ano, reagrupando-se, após a ruína de Jerusalém, na aldeola de Jamnia, ao sul do lago Tiberíades, que transformaram num centro religioso, onde se vai elaborar em grande parte o Talmude.
* Após a tormenta deste ano; os Essénios desaparecem totalmente da cena da história.
* A chamada Gemra de jerusalém constitui-se logo após a ruína da cidade santa neste ano, entre os doutores da lei refugiados nos arredores do lago Tiberíades.
* Os judeus estiveram aniquilados politicamente, após a destruição do Segundo Templo, por Tito, neste ano.
* A derrota da rebelião na Judeia, é completada por Tito este ano, com a destruição do Templo.
* O novo Augusto, chega a Roma em Outubro.
* O Arco de Tito em Roma, é erigido para comemorar o triunfo sobre a rebelião judaica, conseguida por
* Tito este ano, em nome de seu pai, Vespasiano. Os despojos do Templo destruído foram enviados para Roma em procissão triunfal
* Tito, destrói Jerusalém e arrasa o foco da fé judaica, o Templo, ficando apenas os alicerces.
* Conquista de Jerusalém por Tito.
* Jerusalém é arrasada pelas legiões do Imperador, sob o comando de seu filho Titus. O Templo é saqueado e o conteúdo do lugar “mais sagrado dos sacros” é levado para Roma.
* O Templo é saqueado por legiões romanas lideradas por Titus. Seu tesouro é roubado e levado para Roma, depois roubado de novo e levado para os Pirinéus.
Ano 71 (823) - Tito mostra claramente a Roma a grandeza da sua vitória, fazendo um desfile triunfal. No meio dos setencentos prisioneiros judeus, contam-se João de Grichala e Simão Bar Giora.
Ano 72 (824) - Sechem fica perto da actual Nablus, um nome derivado de nova cidade, ou Neápolis, que Vespasiano constroi após a reconquista da Palestina.
* É tomada Maqueronte (onde João morreu) um dos três centros da resistência Judaica. Fica situada no meio de um cenário selvagem e sombrio, na costa Oriental do mar morto, Flavius Silva põe-se em marcha contra a fortaleza de Masada com 15 mil soldados, respectivo séquito e escravos judeus.
* Quando o general romano Flávio Silva, finalmente toma posse de Masada (espectacular rocha de 400 metros de altura na orla do deserto da Judeia, que Herodes havia transformado em uma grande fortaleza) em fins deste ano, havia 960 insurgentes e refugiados na fortaleza, homens, mulheres e crianças.
Ano 73 (825) - A fortaleza de Masada e o palácio de Herodes que a domina, são destruidos pelos romanos, neste ano, após o fim da guerra contra os judeus.
* Masada, última fortaleza judaica, cai depois de um longo e cruel cerco.
* Queda de Masada (conquista da fortaleza de Masada).
* Na época do Novo Testamento, os judeus sofrem a ocupação militar de Roma, cujas legiões esmagam impiedosamente todas as suas tentativas de revolta neste ano e num outro.
* Masada fica na história como o último refúgio, neste ano, dos judeus que se revoltam contra Roma.
* Os sobreviventes da rebelião, entrincheirados em Masada, preferem suicidar-se a render-se, neste ano.
* Desaparecimento do último foco de resistência com o suicídio colectivo da fortaleza de Masada, Os judeus expulsos da Palestina, dispersam-se pelo Império romano. Este acontecimento fica conhecido como Diáspora.
* Captura da fortaleza de Massada.
Ano 74 - É sob os Flávios que se promove significativamente a municipalização dos principais centros urbanos da Lusitânia. Vespasiano generaliza aos aglomerados urbanos da Península Ibérica a concessão do Direito Latino. A generalização deste privilégio desencadeia a criação de vários novos municípios, em lugares onde se erguem já relevantes centros regionais. Por exemplo Flaviae (Chaves) ou Flavia Coninbriga.
* Sob os Flávios, com a generalização da concessão do Direito Latino por Vespasiano, e com a consequente multiplicação dos municípios, os privilégios da cidadania difundem-se largamente. Esta decisão tem consequências contraditórias. Por um lado a liberalização do acesso à cidadania corresponde ao reconhecimento da dignidade das elites locais. Por outro lado, acarreta também uma inevitável desqualificação do anterior privilégio e mesmo do papel desempenhado pelas mais altas magistraturas do Império, que passam a revestir progressivamente um carácter essencialmente honorífico.
Ano 76 (828) - Depois do assassinato de Domiciano, ascende ao trono, o Viejo Nerva.
* Nascimento de Públi Aulo Adriano, em Itálica, a actual Sevilha. Adoptado após a morte de seu pai, por Trajano, foi o seu lugar-tenente em todas as guerras que aquele empreendeu, vindo a desposar aos 24 anos, a sobrinha Víbia Sabina, por vontade da imperatriz Plotina.
Ano 79 (831) - Tito é Imperador de Roma, sucedendo a Vespasiano ainda vivo. Sob o domínio dos Flávios, o princípio de sucessão baseia-se na herança familiar; assim é que à morte de Vespasiano a 24 de Junho deste ano, sucede-lhe o filho, o popular mas malogrado Tito. Apesar de Vespasiano lhe ter legado um império consolidado e com renovado esplendor, o novo soberano pouco tempo reina tendo morrido no meio da consternação geral.
* Grande erupção do Vesúvio em 24 de Agosto deste ano..
* Programa de construção de Augusto em Roma, Coliseu dedicado.
Ano 80 (832) - Incêndio em Roma no reinado de Tito.
* A Domus Aurea (“casa Dourada”) é ocupada pelo Coliseu este ano.
* O circo Máximo situado no vale compreendido entre o Palatino e o Aventino; é inaugurado por Tito este ano. A princípio além das corridas de quadrigas, têm lugar também combates de cavaleiros entre gladiadores, assim como lutas entre animais selvagens. (na Idade Média vai receber o nome de Coliseu).
* O reinado de Tito é marcado pelas fortes somas despendidas sobretudo com a inauguração do Anfiteatro Flávio (o Coliseu) e com a reconstrução de Roma após um incêndio que assolou a cidade.
* O Anfiteatro Flávio (o Coliseu) é começado a construir por Vespasiano e terminado pelos seus filhos Tito e Domiciano. Com mais de 50m de alt., cobre uma àrea elipsóide com 188x156m. É inaugurado este ano. Tem a capacidade para cerca de 70 000 espectadores.
* Deste ano ao ano 115, sob o regime de Raban Gamaliel II, a décima segunda bênção ou birkat ha-minim l” Benção relativa aos heréticos) é reformada para se aplicar aos cristãos e isso parece ser o elemento pelo qual os adeptos judaicos de cristo são mandados para fora da sinagoga.
Ano 81 (833) - Em 13 de Setembro deste ano, morre Tito filho de Vespasiano. O sucessor e irmão de Tito, Domiciano (Titus Flavius, imperador deste ano, ao ano 96), não apresenta tão boa imagem. Parece ser uma pessoa desequilibrada, isolada, acabando vitima do que é chamado a “loucura dos Césares”, e fazendo-se chamar “Senhor e Deus”. Contudo não deixa de ter qualidades de governante e organizador. O seu carácter despótico manifestoa-se contra a aristocracia romana, que tem de suportar as consequências do temor sempre crescente de Domiciano pelas conspirações. Em contrapartida, a plebe das cidades e das províncias admiram-no e nomeia-o para as governar governadores competentes.
* Domiciano é uma personalidade complexa, em que o puritanismo moral e o arcaísmo religioso (manda sepultar viva uma virgem vestal adúltera) se combinam com uma intolerância tirânica.
Ano 86 (838) - Deste ano ao ano 92, guerras Dácias.
Ano 89 - Neste ano e seguinte, Domiciano tem de reprimir a revolta de António Saturnino na Germânia.
Ano 96 (848) - Domiciano, o imperador, tem uma intolerante tirania que faz com que os últimos anos do seu reinado degenerem uma perseguição sangrenta aos que expressam publicamente a sua oposição ao imperador, especialmente os filósofos.
* Domiciano acentua, a sua despótica atitude para com o Senado e a nobreza, é vítima de uma conspiração palaciana em que participa a sua própria esposa. Após o inesperado assassínio de Domiciano na conspiração palaciana de 18 de Setembro, aparece o atractivo Nerva como candidato imperial. Conspiradores e Senado agrupam-se, rapidamente, à volta do já septnagenário, senador Marco Coceio Nerva (Imperador deste ano ao ano 98), como pessoa geralmente apreciada e respeitada que é. Como não tem filhos sabe-se que o seu reinado será apenas uma espécie de transição. A dinastia Flávia termina com Domiciano, sob cujo império é conquistada a maior parte da Britânia, que passa a estar protegida por uma linha defensiva (limes), assim como a região decumana. Os Flávios trazem para Roma e para o Império numerosos benefícios. É uma época bem sucedida na defesa de todas as fronteiras do Império.
* Este ano S. Clemente, papa, escreve que Paulo veio ao extremo Ocidente.
Ano 97 (849) - Após um motim da guarda pretoriana, neste ano, Nerva adopta Marco Úlpio Trajano, comandante das legiões da Germânia Superior, personalidade de grande competência e a quem transfere os privilégios tribunicos e o direito de comando das províncias e do exército (imperium proconsulare maius). Além disso, outorga-lhe o título de César e nomeia-o oficialmente co-regente e sucessor. Trajano nasceu em Itálica, a mais antiga colónia romana na Hispânia, na actual Andaluzia.
Ano 92 a.C. - Este ano, P. Rutílio Rufo, é condenado por extorsão, por um júri de cavaleiros, após ter tentado pôr cobro, aos abusos dos publicanos, na província da Ásia. Este caso é muito conhecido e o primeiro deste tipo.
* Impetuosos e inexperientes nas negociações com o Velho Mundo, os romanos rejeitam este ano, a oferta de aliança de Mitridates II, um monarca cujo império se estende para além do Indo e que, 20 anos antes, fez um acordo comercial, com o imperador da China.
Ano 91 a.C. - A causa da emancipação dos habitantes da Itália é tomada em consideração pelo tribuno M. Lívio Druso, como parte de um programa mais vasto que inclui propostas de colonização agrária em Itália e nas províncias e uma reforma dos tribunais. As tentativas de Druso para obter um amplo apoio são absurdas, conseguindo apenas, despertar uma hostilidade generalizada. A proposta de estender a cidadania romana não tem qualquer hipótese. A morte do seu apoiante mais influente, o orador L. Crasso, deixa Druso politicamente isolado; as suas leis são anuladas pelo senado, com base num pormenor técnico legal, e, no final deste ano, é, assassinado, em circunstâncias misterioras. Para os aliados que tinham posto todas as suas esperanças em Druso, esta é a última gota. Antes do fim do ano, estala uma revolta armada.
* O conflito, conhecido por Guerra Social ou Mársica, é feroz e os romanos só conseguem a vitória militar reconhecendo a derrota política.
* A Guerra Social (Guerra dos Aliados) começa este ano. No seguimento da recusa persistente, por parte de romanos, de atribuir o direito de cidadania aos seus aliados italianos.
* Os insurrectos constituiram-se em Estado independente chamado Itália, com a capital em Corfinium. A revolta centrou-se nas regiões meridional e central da peninsula, e envolveu povos de língua osca dos Apeninos Centrais. Especialmente os Marsos), os Samnitas e os Lucanos, e a cidade de Asculum, em Piceno. À excepção de Venúsia, as colónias latinas, assim como as cidades gregas, permanecem fiéis a roma. Os Etruscos e os Úmbrios abstêm-se até à fases finais da guerra e são os primeiros a aceitar a cidadania romana nos termos da lex julia.
Ano 90 a.C. (664) - O cônsul L. Júlio César aprova uma lei concedendo cidadania romana a todas as comunidades legais e a quaisquer outras que deponham as armas.
* Júcio César, é cônsul este ano.
* As cidades da Apúlia passam para o lado dos insurgentes este ano.
* A Campânia Camplânios (Itália), é invadida por forças insurgentes este ano, mas é em grande parte retomada por Sila, que cerca Nola e chefia uma marcha vitoriosa para Salermo.
* P. Licínio Crasso não consegue conquistar a Lucrânia, que se junta aos revoltosos este ano.
Ano 89 a.c. (665) - Este ano um Pretor romano, imprudentemente, provoca um ataque a Mitridates, que retalia invadindo a província da Ásia e ordena o massacre de todos os romanos ali residentes. A guerra já está quase terminada, com exepção de alguns focos de resistência no sul.
* Mal é resolvida a crise italiana quando chegam notícias de um desastre nas províncias orientais.
* O poderoso rei Mitridates é do reino do Ponto
* Os Etruscos e os Úmbrios abstêm-se na Guerra Social até esta fase final e são os primeiros a aceitar a cidadania romana nos termos da lx julia.
* O governo romano invocado pelos reis Ariobarzanes e Nicomedes em pessoa, manda à Ásia Menor, para ajudar Lúcio Cássio que ali governa, o consular Mânio Aquílio, oficial que deu provas de capacidade nas guerras dos Cimbros e da Sicília, não como general no comando de um exército, mas como embaixador. Embora nem o senado romano, nem o rei Mitridates, nem o rei Nicomedes tivessem desejado um rompimento, Mânio Aquílio procura-o e a Guerra estoura, no fim do ano.
* Desde a guerra dos persas jamais houve forças comparávceis às de Mitridates. Sem contar o exército Armênio auxiliar, entra em campanha com duzentos e cinquenta mil infantes e 40 000 cavaleiros, e trezentos navios e 100 embarcações menores, cruzam o mar.
* Este ano, o privilégio das concessões daddas pelos romanos a todos os seus aliados que se permanecerem fieis, é alargado às cidades que deponham as armas no prazo de dois meses. Roma abre assim uma brecha nas fileiras rebeldes o que lhe permite reprimir a revolta. No entanto os italianos do sul nem querem ouvir falar numa reconsiliação com Roma, arranjando um aliado a oriental.
* Q. Pompeio Estrabão, cônsul, captura e destrói o centro rebelde de Auscultum após um longo cerco nos finais deste ano, e invade então o território Pelignio, os insurgentes abandonam Corfinium na Itália e retiram-se.
Ano 88 a.c. (666) - O rei Mitridates VI, ordena um massacre de todos os romanos da província da Ásia ali residentes. 80.000 pessoas são mortas.
* Por esta altura romanos e italianos estão espalhados pelas províncias romanas na qualidade de cobradores de impostos, comerciantes, prestamistas e preoprietariuos de terras. Na própria província da Ásia muitos dos italianos residentes têm empregos nas Companhias Publicanas, a que a lei de Caio Graco concedera o direito de cobrar os impostos directos. As depredações são notórias e provocam o ódio da população autóctone, que de boa vontade colabora com Mitridates desta matança.Este consegue desempenhar o papel de libertador dos gregos contra os odiados romanos “inimigos comuns de toda a humanidade”. No fim deste ano, as suas forças tinham já tomado o Egeu e invadido a Grécia.
* A tarefa de comandar um exército romano para lutar contra Mitridates é atribuida a um dos cônsules deste ano, L. Cornélio Sila, nobre sem principios nem escrupulos, originário de uma antiga família patrícia (um dos seus antepassados foi o célebre Rufino). Sila mostrou s suas capacidades como um dos lugar-tenentes de confiança de Mário nas campanhas de África e da Germânia e ganho reputação como comandante na Guerra Social. Está portanto qualificado para a tarefa de defrontar Mitridates. Esta decisão é uma decepção para Mário, que ainda é influente e esperou que lhe fosse atribuido o comando. A opinião generalizada é de que a vitória sobre Mitridates será ao mesmo tempo fácil e lucrativa, e Mário fica irritado por o prémio ir para Sila, com quem se tinha desavindo uns anos antes.
* Os descontentes chamam à frente do Estado, Lúcio Cornélio Cina, até aqui praticamente desconhecido: sabe-se somente que ele se distinguiu como oficial na Guerra Social.Quando Sila, cedendo não às Colégio dosTribunos, propõe imediatamente os projectos de lei que foram combianados no propósito de uma reacção parcial contra a restauração imaginada por Sila este ano. Estas propostas compreendem a igualdade política dos novos cidadãos e dos libertos, tal qual Sulpício quisera, e o restabelecimento dos que haviam sido reduzidos, em consequência da Revolução Sulpiciana, a seu primeiro estado.
* Este ano Mitridates VI do Ponto, consegue avançar pela província da Ásia e ocupar as ilhas do Egeu, apresentando-se como libertador e explora o ódio que os gregos têm aos romanos.
*Este ano massacre dos romanos na Ásia.
* As cidades de Apúlia são reconquistadas por Q. Metelo ste ano. Entre elas está Venúsia, única colónia latina que se uniu à causa italiana de sua livre vontade.
* Mitridates organiza secretamente uma insurreição de todo o Próximo Oriente, e num dia deste ano, em todas as cidades romanas e outros Itálicos residentes foram massacrados em condições atrozes.
* Este ano o tribuno do povo Públio Sulpício Rufo faz aos cidadãos as seguintes propostas: estipular-se que qualquer senador que deva mais de 2.000 denários perde sua cadeira no Senado; conceder-se a liberdade aos cidadãos condenados por outras cortes que não as dos jurados; distribuir os novos cidadãos em todas as tribos, e conceder aos libbertos o direito de votar em todas elas. Estas propostas encontram resistencia na maioria do Senado. Sulpício responde por um tumulto violento. O senado é obrigado a ceder e as propostas de Sulpício passam sem oposição. Para evitar o golpe que previa, concebe Sulpício o propósito de tomar de Sila o Comando Supremo. Por seu designio Caio Mário é por decreto do povo, investido do poder supremo extraordinário (proconsular) obtendo assim o exército da Campânia e a direcção da guerra contra Mitridates. Sila não se rende a esta intimidação.
* No começo da primavera Mitridates toma a ofensiva. A cavalaria Bitínia, vencida, debanda. Uma divisão romana é derrotada em Capadócia. Os helenos e os asiáticos, juntam-se para acolher com alegria o libertador. De Éfeso, o rei manda a todos os governadores e a todas as cidades colocadas sob seu domínio a ordem de matar, no mesmo dia, a todos os italianos que se encontrem dentro de suas muralhas, livres ou escravos, sem distinção de sexo nem de idade. Este crime prejudica os intereses do rei, pois obriga o senado romano a prosseguir energicamente a guerra. Mitridates dirige ainda um ataque contra a Europa. Seu filho Ariarates penetra na Trácia, na Macedónia fracamente defendida, subjugando a região, dividindo-a em satrapias do reino do Ponto. A Eubéia sofre destino semelhante. Na Grécia propriamente dita Mitridates prossegue suas operações não só pelas armas mas também pela propaganda Nacional. Desde que as tropas de Mitridates põoem os pés no ContinenteGrego, a maior parte dos pequenos estados livres, os Aqueus, os Lacônios, os Beócios e até a Tessália, juntam-se a ele.
PovosQueLutaramContraOsRomanosNestaFase
Ano 256 a.C. (498 a.C.) - O Senado resolve mudar de sistema e atacar Cartago na África.
* Na Primavera, Roma resolve atacar Cartago na África e uma frota de 330 naves de linha, rumam para as costas da Líbia. Os Romanos encontram a frota Púnica em ordem de batalha na altura de Ecnomos para proteger a Pátria contra a invasão. Raramente se viu combate no mar com massas maiores do que estas que se encontram nesta Batalha. A frota Romana, de 330 velas, leva pelo menos 100.000 homens de tripulação, além do exército de terra, de aproximadamente 40.000 soldados. A frota Cartaginesa de 350 velas, é constituída de um número igual de combatentes, de maneira que perto de 300.000 homens foram postos em linha este dia, para decidir a luta entre os dois poderosos povos. Da frota Romana, 24 naves são postas a pique. Da frota Cartaginesa, 24 afundam-se e 64 são tomadas. Os Romanos, em vez de desembarcarem na costa Ocidental da Península que forma o Golfo, descem mais para Leste, onde a Baía de Clúpia , lhes apresenta uma larga enseada para a protecção de suas naves contra quase todos os ventos. Em pouco tempo, um campo naval fortificado é ali construído, e o exército de terra tem a liberdade de começar as suas operações.
* A energia dos Cartagineses está quebrada. Pedem paz. Mas as condições propostas pelo Cônsul são inaceitáveis.
* Roma inflige uma derrota aos Cartagineses no Cabo Ecnomo .
Ano 255 a.C. (499 a.C.) - Amílcar, que fez com tanto sucesso a guerra de guerrilhas na Sicília contra os Romanos, aparece na Líbia com a elite das tropas da Sicília, que fornecem um precioso núcleo para o novo recrutamento. Ao chegar a Primavera, as coisas já mudaram de tal forma que são os Cartagineses os primeiros a abrir Campanha e a oferecer a batalha aos Romanos. A massa principal dos Romanos atacada na frente pelos elefantes, dos dois lados e por trás pela cavalaria, por mais que se esforcem em quadrado e procurem defender-se heroicamente, têm no final as suas massas compactas quebradas e dispersas. No pequeno número de prisioneiros, está o próprio Cônsul, que vai morrer mais tarde em Cartago. Uma frota Romana de 350 velas parte imediatamente e após ter ganho no Promontório de Hermes, uma brilhante vitória na qual os Cartagineses perdem 114 naves, chega a Clúpea bem a tempo de tirar de sua posição crítica os restos do exército desfeito, que ali estava entrincheirado. Mas os Romanos perdem a cabeça de tal forma, que após o combate feliz em Clúpea , embarcam todas as suas tropas e rumaram para a Itália. Três quartos da frota sucumbe com as suas tripulações, numa tempestade violenta. Apenas 80 naves chegam ao porto em Julho deste ano.
* Numa tentativa dos Romanos atacarem directamente Cartago, por meio de uma força invasora comandada por M. Atílio Régulo, fracassa, transformando-se em catástrofe total quando a frota enviada para evacuar o exército, naufraga numa tempestade na sua viagem de regresso, este ano.
Ano 251 a.C. (503) - Batalha de Palermo. O exército Romano esmaga o exército de elefantes, os animais cercados, desorientam-se e voltam-se contra os Cartagineses.
* O cônsul Gaio Célio Metelo ganha no verão, sob as muralhas de Panormo (a cidade mais importante da Sicília cartaginesa), uma brilhante vitória sobre o exército dos elefantes.
Ano 250 a.C. - Em Roma, a prática impiedosa da lei dos devedores, excita a indignação de toda a classe de fazendeiros. Quando, este ano, são convocados os recrutas para uma guerra perigosa, os homens obrigados a servir, recusam-se a obedecer a este comando, de maneira que o Cônsul Públio Sérvio, suspende por algum tempo a aplicação da lei dos devedores, e dá ordem para pôr em liberdade as pessoas já encarceradas por dívidas, e para impedir novas prisões. Os fazendeiros tomam seus lugares no exército e contribuírem para garantir a vitória.
* O rei Asoka, o Grande; levanta em Lumbini, uma coluna com a inscrição “aqui nasceu Buda Sakya Munif.”
Ano 249 a.C. (505 a.C.) - Nascimento de Aníbal, filho mais velho de Amílcar.
Ano 244 a.C. - Fundação de uma colónia em Brundisium.
Ano 242 a.C. - Os Romanos reunem as suas últimas forças para alcançarem a decisão no mar contra os Cartagineses. Os cofres do Estado estão vazios mas os cidadãos mais ricos dão provas de generoso patriotismo, oferecendo fundos necessários para a construção de navios. Cada um, toma sobre si, o encargo de financiar o equipamento de um navio, ou se os seus meios não são suficientes, junta-se-lhe um ou outro cidadão. Este esforço surpreende completamente o inimigo, que sofre uma dura derrota ao largo das costas ocidentais da Sicília, este ano. Os Cartagineses, perdem toda a sua esperança de vitória e propõe a paz. Estabelece-se um pacto de paz e Cartago perde a Sicília e deve pagar 3200 talentos à maneira de reparações.
Ano 241 a.C. (513) - O Ocidente tem a paz este ano. O Tratado concluído com Roma este ano, dá a paz a Cartago, mas custa-lhe caro. O remorso que mais fere os Cartagineses, é ver destruído todo o seu sistema de política comercial.
* Novo Tratado entre Romanos e Cartagineses, decorrente do triunfo dos Romanos na Primeira Guerra Púnica.
* A expedição do Cônsul Régulo a África, fracassa e os combates recomeçam. Em terra, as Legiões Romanas, são derrotadas na Sicília pelo jovem general Amílcar Barca. É no mar que o Procônsul Lutácio Catulo domina os Cartagineses, interceptando diante das ilhas Égatas um importante comboio de abastecimento. Cartago, tem de abandonar a Sicília e pagar uma pesada indemenização. E, ao mesmo tempo fazer face a uma crise interna grave. O seu exército, recrutado entre os indígenas Númidas, não é de grande qualidade. Logo que aparece a trégua com os Romanos, estala uma terrível revolta dos mercenários, aos quais o Governo havia recusado pagar os soldos. Esta revolta é reprimida por Hanão; o Grande e Amílcar Barca; mas os Romanos aproveitam estas perturbaçãos para ocupar a Córsega e a Sardenha.
* Os cidadãos Romanos beneficiam directamente da fundação das Colónias Latinas, que este ano ocupam mais de 10 Km2 de terras confiscadas. Simultâneamente a população de cidadãos Romanos vai crescendo. A Sicília é o principal ganho inerente à vitória deste ano. Para além de alguns casos priveligiados, tais como Messana e o reino de Siracusa, as várias comunidades da Sicília passam a pagar tributo a Roma, sob a forma de dízimo.
* Os recursos de Roma são superiores aos dos Cartago, e após a vitória Romana nas ilhas Égates, este ano, os Cartagineses rendem-se. Os romanos ocupam a Sicília que se torna a sua Primeira Província.
* Fundação, pelos Romanos duma colónia em Spoletium; esta tem lugar no seguimento de uma revolta da cidade de Falerii, gesto isolado de desafio que os Romanos esmagam com violência, numa campanha de 6 dias.
Ano 240 a.C. - Livius Andronicus, escravo de Tarento, alforriado, torna-se Professor, profissão de escravo ou de liberto. O Tarentino, contribui para a helenização das élites Romanas, mas, paralelamente, esforça-se por aperfeiçoar a Língua Latina. Este ano escreve a primeira tragédia romana que é apresentada nos Ludi Romani.
Ano 238 a.C. - Ocupação do litoral Ibérico pelos Cartagineses.
* Os Romanos escutam as propostas dos revoltosos da Sardenha que está nas mãos dos Cartagineses. Assim adquire Roma sem esforço a Sardenha, à qual junta a Córsega, antiga possessão Etrusca, onde, talvez depois da última guerra, haviam ficado algumas guarnições Romanas.
* Aperfeiçoamento, do calendário egípcio, com o “Decreto de Canopo”, que introduz o ano bissexto.
* Depois dos acontecimentos de Sicília, os Cartagineses compreendem que a paz de 241 a.C. não passa de um Armistício. Ninguém está mais a par da situação do que Amílcar e seu genro Asdrúbal. Decidem procurar na Península Ibérica compensações para as perdas sofridas pela sua cidade natal. A Península Ibérica possui ricas minas de prata que exploradas de maneira racional, podem pagar as reparações devidas pelos Cartagineses e financiar as suas guerras futuras. Além disso os habitantes da Ibéria são excelentes soldados. E, Cartago, acaba de enfrentar uma revolta de mercenários a quem a assinatura da paz em 241 a.C. deixou sem trabalho e sem dinheiro. Amílcar, este ano, leva as tropas para a Ibéria, onde os Cartagineses já possuíem Cades e alguns postos comerciais dispersos. Apoiando-se nessas possessões, Amílcar, aplica todo o seu talento de estratego e a sua inteligência política, na criação de um Estado Cartaginês homogéneo que agrupa as regiões férteis do Litoral Mediterrânico e se estenda a Norte, até ao Ebro. Na costa Sul funda Nova Cartago (a actual Cartagena) capital do Novo Império.
General Romano Espición
1ª Guerra Púnica
Rotas da 2ª Guerra Púnica... Península Ibérica
Aníbal Barca
(fotosdanet)
2ª Guerra Púnica guerreiro Lusitano
Ano 295 a.C. - Os acontecimentos da Terceira Guerra Samnita culminam este ano, quando os Samnitas conseguem fazer entrar um exército no Norte da Itália para se unir aos Etruscos e aos Úmbrios , que estão ainda em guerra com Roma. Ao mesmo tempo aproveitam-se da presença dos Gauleses. Forma-se então uma importante coligação cujas forças conjuntas enfrentam o exército Romano numa grande batalha, em Sentinum , na Úmbria, no Verão deste ano. A vitória cabe aos Romanos.
Ano 294 a.C. (460) - A Etruria pede a paz. Os Samnitas agem de outra forma; preparam-se para uma resistência desesperada, com a energia de homens livres, que não podem mandar na sorte, mas podem desafiá-la. Contudo, Roma triunfa e arrebata de assalto as fortalezas onde os samnitas se refugiam com seus bens.
Ano 293 a.C. - A ilha do Tibre está há muito tempo relacionada com a arte da cura. Um Templo dedicado a Esculápio, o deus grego da medicina, é ali erigido após uma praga este ano.
Ano 291 a.C. - É fundada na vasta região do sueste de Sâmnio, a colónia latina de Venúsia.
Ano 290 a.C. - Invasão do território dos Samnitas este ano, pelos romanos, e chegam a um acordo. São obrigados a aliar-se a Roma, perdendo assim, a independência, e vêem-se despojados dos seus territórios para além do rio Volturnus, que passaram a ser a nova fronteira.
* Este ano, o cônsul M. Cúrio Dentado subjuga os Sabinos e os Petrúcios que passam a ser cidadãos romanos sine suffragio e algumas das suas terras são confiscadas e distribuidas por romanos pobres.
* A trégua de guerra, que a paz com os Samnitas este ano, deu à Itália, é de curta duração.
* As guerras Samnitas terminam com a derrota dos Samnitas que se rendem aos romanos este ano.
Ano 287 a.C. - Fase final do processo das instituições plebeias, quando é atribuida às resoluções da assembleia plebeia (Plesbiscita) força de lei.
* A igualdade das diferentes ordens sacerdotais, é finalmente estabelecida, quando os plesbiscitas adquirem força de lei. As resoluções das assembleias plebeias, tinham um cumprimento obrigatório para toda a comunidade.
* Até este ano foi usada pelo menos cinco vezes, a arma suprema da plebs “secessão”, forma extrema de desobediência civil.
Ano 285 a.C. - Sobe ao trono dos faraós Ptolomeu II, com 25 anos, altivo, amante do luxo e das belas mulheres, vaidoso, não propriamente dedicado às armas. Educado pelo físico Estrabão e pelo sábio Fileto de Coós, formidável homem de negócios culto e inteligente. Estas qualidades levam-no a dedicar-se com ávida paixão às duas grandes fundações de seu pai, a Biblioteca e o Museu. Envia a diversos lugares uma série de pesquisadores com a missão de adquirir através de todos os meios, lícitos ou não, todas as obras literárias que encontrassem, onde quer que fosse. Nisto foi empreendido um grande património, os papiros são muito caros, e desde então a Biblioteca é a mais importante do mundo. A biblioteca de Alexandria.
* Demétrio é finalmente capturado por Seleuco.
Ano 284 a.C. (470) - A liga etrusca subleva-se e convoca numerosos mercenários gauleses; o exército romano, que o pretor Lúcio Cecílio conduz em socorro dos Aretinos fiéis, é aniquilado sob os muros da cidade pelos mercenários Sênones, e o general sucumbe com treze mil soldados, este ano. Todo o norte da Itália, com Etruscos, Umbros, Gauleses, levanta-se em armas contra Roma.
Supressão dos tectos de palha, em Roma. A nova capital da Itália perde o seu aspecto de aldeia, e começa a ser adornada.
Ano 283 a.C (471 a.c.) - O cônsul Públio Cornélio Dolabela volta com um poderoso exército à terra dos Sênones; tudo o que não foi passado no fio da espada acaba expulso da região, e esta povoação é riscada do número das nações itálicas, este ano. Um considerável exército etrusco-gaulês dirige-se para Roma, a fim de vingar na capital o aniquilamento da nação Sênone, e riscar o nome de Roma da face da terra mais completamente do que o fizera antes um rei dos próprios senonianos. Mas, no momento em que atravessa o Tibre, nas vizinhanças do lago Vadimão, o exército unido é completamente derrotado pelos romanos, este ano.
Ano 280 a.C. (474) - Os Romanos começam por envolver-se nos assuntos da Grande Grécia, quando a cidade de Thuni lhes pede auxílio para fazer frente aos Lucanos. Dentro de poucos anos, Locri, Rehegio e Crotona, também se colocarão sobre a protecção de Roma. Esta situação alarma Tarento, a mais poderosa das cidades gregas, que já desconfiava há algum tempo do crescente poder Romano. Face a esta ameaça, os Tarentinos pedem auxílio ao rei Pirro, do Epiro, monarca ambicioso que espera ele próprio uma oportunidade para aumentar o seu poder. Pirro, desembarca este ano com um exército de 25 mil homens e 20 elefantes. Foi esta a primeira ocasião em que os romanos têm de fazer face a um exército helenístico bem treinado, que os derrota em Heracleia este ano. Embora tivesse infligido pesadas baixas nos seus opositores, Pirro, oferece-lhes um acordo de paz, cujos termos não são aceites pelos romanos, a quem o velho Ápio Cláudio convence a regeitar qualquer negociação com Pirro enquanto este permanecer em solo italiano. Pirro tenta então marchar sobre Roma, avançando até Anáguia antes de voltar para trás; Cápua e Nápoles fecham as suas portas e nenhum dos seus aliados se lhe reune.
* Pirro é o primeiro grego a medir-se com os romanos. Desembarca em Tarento, este ano. O seu exército conta 25 000 soldados de primeira qualidade e 20 elefantes. A travessia é realizada com transportes tarentinos, a frota tem de enfrentar uma tempestade e perde numerosos homens. O objectivo de Pirro é impôr-se aos gregos ocidentais e fundar um império grego que abranja as duas margens do Adriático. Mas depressa verifica que não se devia ter em grande conta a ajuda voluntária dos habitantes da Grande Grécia. Os tarentinos prometem grandes contigentes mas são poucos ou nenhuns os soldados que enviam. Pirro é obrigado a tratar duramente semelhantes aliados. É quase forçado a tratar Tarento como região conquistada para poder utilizar a cidade como base das suas operações. Nunca pode confiar inteiramente nos seus habitantes.
* A primeira batalha entre Romanos e Gregos é travada este ano perto de Heracleia, na Lucânia. A estratégia Romana ainda não atingiu a perfeição táctica macedónica. Os Romanos são ainda um povo de camponeses. As guerras que travaram até aqui não lhes exigiram grande talento estratégico. A batalha foi extremamente dura perto de Heracleia e o resultado esteve incerto durante muito tempo. Os elefantes de Pirro fazem pender a balança a seu favor. Quando do seu aparecimento no campo de batalha, semeiam o pânico nas fileiras romanas. Os cavalos espantam-se e os soldados que não se atrevem a proximar-se destes enormes animais e põe-se em fuga sendo esmagados pela cavalaria de Pirro e pelos seus elefantes. Mas Pirro paga a sua vitória com demasiadas baixas. Perde a maior parte dos seus melhores soldados e dos seus melhores quadros. Em Heracleia, Pirro, prova retumbantemente o seu talento de general facto que impressiona as cidades gregas da Itália meridional. Quase todas se aliam aos Epirotas. Os Samnitas agregam-se a este movimento. Depois da vitória Pirro penetra na Campânia. Esperando que os Etruscos e outros povos submetidos pelos romanos aproveitem a oportunidade de se juntar ao vencedor, como sucedia habitualmente no Oriente. Mas nenhum dos aliados de Roma na Campania e na Itália central abre as portas a Pirro, apesar das dificuldades nas suas relações com os Romanos, os aliados não têm nenhuma vontade de se colocarem sob um outro domínio, este agora estrangeiro.
* Pirro, para proteger a Colônia Tarentina de Heracléia, situada entre esta cidade e Pandósia, põe-se em marcha com suas tropas e as de Tarento este ano.
Ano 279 a.C. - Ratificado e corrigido o Segundo Tratado entre Romanos e Cartagineses, antes da Primeira Guerra Púnica.
* Os Celtas, saqueiam o Templo de Delfos, centro religioso do mundo. Com o nome de Gálatas espalham o terror na Ásia Menor.
* Pirro obtém uma segunda vitória em Ausculum, mas as perdas que sofre são ainda maiores do que as de Heracleia, e a Batalha custa-lhe mais do que aos romanos.
* Cartago e Roma transformam seus antigos tratados de comércio numa oliga ofensiva e defensiva contra Pirro.
* Êxito de Etolo.
Ano 278 a.C. - Tendo sido assassinado Asdrúbal, sucessor de Amílcar, os oficiais cartagineses do exército da Espanha chamam para suceder-lhe o filho mais velho de Amílcar, Aníbal. Jovem ainda, com 29 anos, mas tendo já vivido muito, seguiu seu pai por toda a parte e partilha de seus sentimentos sobre a paz de Catulo. Ainda criança, acompanhou seus pais nos campos, e ali, destinguiu-se cedo.
* Este ano, Pirro decide abandonar a Itália e tenta intervir na Sicília, onde as cidades gregas pedem auxílio contra os Cartagineses. O resultado é uma nova aliança entre Roma e Cartago.
* Pirro faz-se ao mar com o exército principal estabelecido em Tarento, na primavera, rumo a Siracusa.
Ano 276 a.C. - P. Cornélio Rufino, expulso do Senado, por possuir uma baixela de prata com 5 kg.
* Ao abandonar a Sicília, este ano, Pirro diz: “Deixamos atrás de nós um belo Campo de Batalha para romanos e cartagineses!”
* Na Primavera deste ano, retoma Pirro a ofensiva e penetra na Apúlia, onde encontra o exército romano. Os dois exércitos chocam-se perto de Ásculo (Ascoli di Puglia). Sob o estandarte de Pirro combatem, além das tropas Epirotas e Macedônias, os mercenários Italiotas, as milícias das cidades, os escudos brancos de Tarento, os Lucanianos, Brutianos e Samnitas aliados, ao todo setenta mil infantes, dos quais dezasseis mil Gregos e Epirotas, mais de oito mil cavaleiros e dezanove elefantes. Neste dia, os Romanos têm consigo os Latinos, os Campanianos, os Volscos, os Sabinos, os Úmbrios, os Marrucinos, os Polignos, os Frantanos e os Arpinantes; são mais de setenta mil infantes, dos quais vinte mil cidadãos Romanos e oito mil cavaleiros. Os Romanos para se protegerem contra os elefantes dispõem uma espécie de carros de guerra, que terminam em pontas de ferro, e aos quais adaptam uma espécie de mastros móveis e pontudos dirigidos para a frente.
* Pirrro nunca esteve tão perto do seu objectivo, quando no verão vê diante de si Cartago desencorajada, manda na Sicília, e conserva um pé na Itália com a posse de Tarento.
* Pirro, em vez de seguir para Lilibeu com sua frota, vai para Tarento. O embarque, cheio de consequências, tem lugar no fim deste ano. Em rota, a nova frota Siracusana tem que travar um combate no mar com os Cartagineses, e este combate custa-lhe um grande número de naves. O afastamento do rei e a notícia desta primeira desgraça são suficientes para derrubar a realeza Siciliana: Todas as cidades retêm o dinheiro e as tropas que devem dar ao rei, este brilhante Estado desaba mais rapidamente ainda do que surgiu.
(fotodanet)
Ano 612 a.C. - Este ano, os caldeus, sob o comando de Nabopolassar aliam-se aos Medos e destroem Nínive, a capital do Império Assírio.
Os Medos e os Neobabilónicos coligados, atingem a meta almejada: “depois de uma luta terrível a cidade é tomada”. Nínive sucumbe vítima da destruição. Nínive jaz, destruída e queimada, ela que foi a central donde saíram as ordens que tinham enchido o Velho Mundo de terror e de lágrimas durante séculos de expedições guerreiras e de ocupações com tormentos, terror e deportações em massa. O “Crescente Fértil” respira livremente. Nínive é destruída. O exército Assírio fiel até ao fim ao seu último rei, Sinsharishkun, perece na Nínive em chamas. A conquista de Nínive e a sua subquente destruição é obra de Ciaxares este ano, e põe ponto final à presença histórica da Assíria. Babilónia e a Média partilham entre si os despojos. Nabucodonosor II, o filho de Nabopolassar, incorpora no seu Novo Império Babilónico a totalidade das possessões mesopotâmicas da Assíria que vão até à fronteira egípcia. Ciaxares anexa a antiga Urartu até à fronteira clássica do Hális, na Anatólia Central.
Os Medos, que, juntamente com os babilônios, são herdeiros desde a queda de Nínive, este ano, ano do desgarrado império dos assírios, são dominados imprevistamente pelos seus vizinhos e vassalos, os persas. O rei Medo Astíages é vencido pelo seu próprio neto, Ciro (Cores).
Nabopolassar, alia-se a Ciassare, rei dos medas e organiza um grande número de mercenários scitas e este ano conquista Nínive, Os massacres são os mais hostis e as vinganças contra as atrocidades assírias ainda mais ferozes.
Ano 606 a. C. - Fim do reinado no sul da Mesopotâmia do príncipe caldeu Nabopalassar.
Ano 605 a.C. - Início do reinado de Nabucodonosor II, filho de Nabopolassar. Sob o seu reinado e o de seu pai a Babilónia transforma-se, mais uma vez no centro de uma grande potência.
No Eufrates, exércitos egípcios e babilónicos travam a batalha de Karkemish, decisiva para a posse da Palestina e da Síria. O combate começa em frente das muralhas da cidade antiga e prossegue com violentos combates de rua. O exército egípcio é aniquilado até aos últimos restos e o território da Síria setentrional fica assegurado para a Babilónia até à clássica linha de Gaza. A Babilónia ganha a batalha decisiva de Karchemish, destruindo o exército do Egipto, o “junco partido”.
A luta é travada em Carchemish e os egípcios derrotados, postos em fuga e impiedosamente perseguidos.
Ano 602 a.C. - Na Palestina, Joaquim, posto por Necho no trono de Judá, faz acto de submissão a Nabucodonosor. Apesar da presença de tropas babilônicas, não obstante, os conselhos aflitos do sábio Jeremias, Joaquim revela evidentes sinais de querer libertar-se da nova opressão e contando com a promessa de apoio de Necho , p e em prática a primeira tentativa de revolta automaticamente dominada pelo ocupante. Mas Joaquim, despótico tirano, não entende a lição e este ano, revela-se pela segunda vez, mas teve sorte porque Nabocodonosor está ocupado com outros empreendimentos
Ano 599 a.C. - Joaquim, na Palestina consegue manter uma fraca independência até este ano, ano em que morre.
Ano 597 a.C. - Queda de Jerusalém. Após a primeira conquista de Jerusalém, Nabucodonosor deixa Judá como Estado vassalo. No meio do primeiro grupo da elite obrigada ao exílio babilónico está, Ezequiel, o mais antigo e erudito sacerdote.
Rebenta em Judá uma clara insurreição. O rei Joaquim, segundo a Bíblia, e todos os seus foram feitos prisioneiros e levados para a Babilónia.
Como herdeiro de Joaquim, que se encontra no cativeiro, sobe ao trono seu tio Matanias, com o nome de Sedecias, como rei da Caldeia.
Crônica Babilônica : “No sétimo ano, no mês de Kislev , (Nabucodonosor) revistou suas tropas e, havendo marchado para a terra de Hatti , sitiou a cidade de Judá, e no segundo dia do Mês de Adar tomou a cidade e capturou o rei. Designou ali um rei de sua própria escolha, recebeu seu pesado tributo e (os) enviou para a Babilônia ” 16 Março. O rei de Judá, Joaquim, foi levado para a Babilónia em “toda a Jerusalém e todos os príncipes, e todos os poderosos homens de valor, dez mil cativos, e todos artificies e todos os ferreiros”; ninguém restou, exceto “as pessoas mais pobres da terra”. Os vasos de ouro do Templo são, do mesmo, modo “feitos em pedaços” e levados!
Nabucodonosor envia um exército e intimida Jerusalém o redde rationem. Joaquim, filho de Joaquim, recusa a rendição e fecha as portas. Depois de um breve cerco, a cidade é tomada e saqueada no dia 16 de março.
Ano 595 a.C. - Psamético II, filho de Necho, começa a reinar. Renuncia qualquer intervenção na Síria e transfere o exército para o lado oposto, contra a Núbia que há séculos fugiu ao controle egípcio.
Na Babilónia, Ezequiel vê junto ao Eufrates a.c. lebre “roda flamejante”.
Ano 594 a.C. - Drácon é um personagem semitíco a quem a tradição atribui o primeiro código de leis escritas da Grécia, o Código de Drácon, o qual pune com a pena de morte os delitos contra a propriedade. As leis escritas são uma solicitação do Demos que não quer ficar à mercê dos Eupátridas nos julgamentos baseados nas velhas tradições. Mas, apesar das leis escritas, a situação do Demos continua ruim. As agitações continuam e este ano, Sólon é nomeado primeiro Arconte e encarregado de promover a paz social entre os Eupátridas e o Demos. Sólon, magistrado e poeta, é nomeado legislador com poderes ditatoriais para promover reformas. Eupátrida por nascimento e comerciante por profissão, descende de uma família aristocrática arruinada economicamente e acumula grande fortuna dedicando-se ao comércio. Vai realizar reformas populares, abolindo a escravidão por dívidas e suprimindo as hipotecas sobre a terra. Não promove a redivisão do solo, mas limita a extensão das grandes propriedades rurais e adopta medidas incentivando a indústria e o comércio. Substitui o critério de nascimento pelo de riqueza para o acesso aos cargos públicos, o que debilita a nobreza e permite aos comerciantes maior participação no Governo. Com base na riqueza dos cidadãos, redivide em quatro classes a sociedade ateniense. Os membros da primeira classe participam do arcontado e do areópago. Cria também a Bulé (Conselho dos 500) integrado pelos representantes das três primeiras classes. A última classe, composta por cidadãos de menor renda, participa da assembléia popular, a eclésia, e do tribunal ateniense, a heliéia.
Necho morre.
Ano 592 a.C. - Ezequiel vê pela primeira vez naves espaciais. Após cinco anos de ter sido deportado para a Babilónia, casado e com trinta anos, sacerdote oriundo de uma família da alta sociedade. Fica completamente aterrado e fortemente emocionado.
Ano 589 a.C. - Psamético II, morre e deixa a seu sucessor Apires, uma óptima situação financeira. Apires encontra um formidável poderio marítimo e fica tão envolvido pela nostalgia das glórias passadas, que não resiste às hostilidades no Retenu.
Cartas de Lachish, datadas deste outono, são despachos de um posto avançado para um oficial do estado-maior de Lachish e abrangem a última fase da liberdade de Jerusalém. um dos despachos tem uma referencia a um profeta. Outro despacho, declara que Jerusalém, Lachish e Azeká são os únicos enclaves israelitas que restam.
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