Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008

1000 a.C. (144 a.c. a 136 a.c.)

 

Ano 144 a.C. - A manutenção de Fábio no governo da província Ulterior e a nomeação de G. Lélio Sapiente, amigo dos Cipiões, para a H. Citerior tornam a ofensiva mais coordenada e resoluta. Derrotado por Lélio e Fábio em diferentes recontros, Viriato perde duas cidades e retira.se para Baecula (hoje Bailén). Perde por conseguinte as posições que tem na região do Guadalquivir embora conservando a passagem para aquelas terras pelo desfiladeiro de Despeñaperros.

Ano 143 a.C. -Uma revolta final dos Celtiberos este ano, leva a uma longa e brutal guerra. O governo da H. Ulterior e da H. Citerior é atribuído ao pretor Q. Pompeio e ao pretor Quíncio, respectivamente. As tribos dos Arevacos, Belos e Titos sublevelam-se contra os Romanos, e este reacender das guerras celtibéricas favorece Viriato pela dispersão das tropas romanas. Derrotado por Quíncio, Viriato foge para Mons Veneris a recobrar forças, mas logo volta a atacar, derrotando o mesmo pretor. Descendo ao sul, obtém nova vitória contra Q. Pompeio, ocupa a cidade de Tucci (hoje Martos, perto de Jaén) e estende as suas correrias à Bastetânia (região de Granada).

 

Ano 142 a.C. -Este ano, eles reconhecem virtualmente a independência de Judá, isentando-a de tributos, de forma que Simão macabeu, que havia sucedido a seu irmão como sumo sacerdote. Torna-se etuarca e governante. “E o povo de Israel começa a redigir seus documentos e contratos”. No ano de Simão, grande sumo sacerdote, comissário militar e lider dos judeus. Assim Israel tornas-se independente novamente depois de 440 anos.
* Os macabeus, uma vez conseguido o livre exercício da sua fé, pretendem conseguir também a liberdade política. Os sucessores de Judas Macabeu, os seus irmãos Jónatas e Simão, recomeçam de novo a luta, que termina com Simão este ano, concedendo à Síria também liberdade política.
Simão Macabeu inicia este ano a sua revolta.
* Derrota de L. Cecílio Metelo, governador da H. Ulterior.


Ano 141 a.C. -
Viriato, derrotado por Q. Fábio Máximo Serviliano, irmão adoptivo de Fábio Máximo Emiliano. Após um contra-ataque vitorioso, no qual morrem 3 000 Romanos, Viriato é finalmente repelido e cinco cidades caiem em poder de Serviliano. Avançando, este pretor entra no país dos Cónios e no Alentejo. Aqui porem sofre um desastre contra um grupo de guerrilheiros lusitanos comandados por Cúrio e Apuleio.

Ano 140 a.C. -Acordo entre o Senado Romano e o chefe dos lusitanos, segundo o qual Viriato passa a ser considerado amigo de Roma (amicus populi Romani). Viriato reclama o reconhecimento da independência das suas terras e o título de amians populi romani.
* Portugal é submetido pelos romanos este ano, quando as guerrilhas dos Lusitanos, lideradas por Viriato, são vencidas.
* O Oriente, vencido na aparência pelo factor grego e reduzido a uma vida subterrânea, começa a infiltrar-se na cultura e na religião gregas. Esta penetração produz, na camada superior e nalguns sectores das classes médias, a “cultura mundial helenísta” (Doysen), que, vindo do Próximo Oriente, penetra profundamente em Roma, a partir deste ano.
*Verificam-se estranhas aparições em Roma, Caiem do céu figuras esculpidas.
* Viriato obtém a sua maior vitória. Cerca o exército de Fábio Máximo Serviliano, que continua com o governo da H. Ulterior, Viriato poderia tê-lo aniquilado. Aceita todavia negociar, ele que tanta desconfiança tem dos tratados dos romanos. Viriato é reconhecido como amicus populi romani e a Lusitânia como território independente. Nas terras baixas da Lusitânia existem ricos proprietários declaradamente dispostos a negociarem com os romanos. Um deles Astolpas, cuja filha desposou Viriato.
* O tratado entre romanos e lusitanos dura pouco, não obstante ter sido ratificado pelo senado.


Ano 139 a.C. -O novo procônsul da H. Ulterior, Q. Servílio Cepião, irmão de Fábio Serviliano, com autorização do Senado, tenta levar Viriato a quebrar a paz, e como o não consegue toma a iniciativa de declarar-lhe guerra, tendo um avanço surpreendentemente rápido. Tendo estabelecido um acampamento a norte do Tejo (Castra Servilia, nas vizinhaças de Cáceres), avança até território dos Vetões e dos Calaicos, contornando a Lusitânia por nascente e norte. Viriato não pode sustentar a guerra e é mais uma vez obrigado a negociar. O cônsul M. Popílio Lenate, exige-lhe a entrega dos desertores romanos, Viriato mata o seu sogro Astolpas para não ter de entregá-lo. Recebendo os homens entregues por Viriato, Lenate decepa-lhes as mãos e não contente, exige ainda dos Lusitanos a entrega das armas. Viriato rompe negociações com o cônsul e dirige-se a Cepião. Da cidade de Urso, Viritato envia três homens da sua confiança ao governador da H. Ulterior: Áudax, Ditalco e Minuro. Regressados ao acampamento de Viriato, estes assassinam o chefe Lusitano. Assim os romanos traiçoeiramente chegam ao fim de uma guerra que Táutalos, aclamado pelos Lusitanos, tenta prosseguir, mas sem êxito.

Ano 138 a.C. -
Sila, começa a reinar este ano, mas vai renunciar ao poder porque lutou.
* Décimo Júnio Bruto sucede, a Quinto Cepião como procônsul da Hispânia Ulterior. O Alentejo está dominado e Bruto estabelece as suas bases na margem direita do Tejo, fortifica Olisipo e estabelece um acampamento em Moron, cidade bem situada junto ao rio e distante uns 500 estádios do mar.
* Aníbal refugiado junto ao rei prúsias da bitínia, na costa setentrional da ásia menor, vê aparecer flamínio, o vencedor dos macedónios, enviado como embaixador, e prúsias, o mais lamentável de todos os lamentáveis soberanos da ásia apressou-se a trair aquele que tanto o ajudou. como Aníbal conhece o carácter do seu “protector”, instalara em sua casa, como medida de precaução, passagens secretas, mas, quando quis utilizar uma delas para fugir, encontra-a obstruída pelos guardas do rei. não vendo outra saída, Aníbal toma o veneno que traz sempre consigo, debaixo da pedra do anel. “vou libertar os romanos do seu terror” disse, visto que não querem deixar um velho morrer em paz, isto este ano, no mesmo ano em que morre o seu grande adversário.

Ano 137 a.C. -
A Sicília é o celeiro da Itália. Graças ao solo fértil, os grandes capitais romanos foram aí aplicados na agricultura. Os grandes latifúndios sicilianos usam basicamente a mão-de-obra escrava. O tratamento a esses escravos é o pior possível. Por falta de alimentação, os escravos são obrigados a roubar. E este ano, os escravos revoltam-se e tomam o poder. Algumas legiões romanas, contra eles enviadas, são derrotadas.
* A moeda de T. Vetúrio deste ano, recorda o acordo com os Samnitas, estabelecido pelo seu antepassado T. Vetúrio Calvino. Esta cena representa dois guerreiros prestando juramento, tocando com as duas espadas num porco, seguro pela figura de joelhos, ao centro.
* As reformas agrárias dos Gracos tiveram lugar num cenário de crise militar, de empobrecimento rural e de crescentes distúrbios urbanos. Os camponeses livres da Itália estão a ser expulsos das suas terras e substituídos por mão-de-obra escrava em grandes propriedades: Tibério Graco constata os resultados deste processo numa viagem através da Etrúria este ano.
* M. Emílio Lépido, castiga os Vaceus, por terem fornecido provisões a Numância. (Portugal)


Ano 136 a.C. -Dá-se na Sicília, uma importante revolta de escravos em que estão implicados dezenas de milhares de fugitivos e que só com bastante dificuldade foi esmagada. Iguais distúrbios têm lugar na Itália, nesta altura, e Roma vê-se perante a ameaça de uma ruptura geral da lei e da ordem.
* Rendição da cidade de Talabriga, entre o Douro e o Vouga. Tendo os Talabrigenses capitulado diante do cerco que os romanos haviam posto à cidade, Bruto exige a entrega de reféns e de soldados romanos desertores que ali se tinham acolhido. Reclama ainda que os talabrigenses abandonem a povoação, com mulheres e filhos e entreguem as armas. Quando porem os achou fora da cidade contentou-se em tomar-lhes os cavalos, alguns mantimentos e bens, mas autoriza-os a voltarem aos seus lares. Atravessando o Douro percorreu combatendo muitas terras exigindo muitos reféns aos que se vão submetendo. Deste modo chega ao rio Letes, (rio Lima ou rio do Esquecimento)  cujas águas fazem esquecer pátria e amigos a quem as cruze. Negando-se os soldados a atravessar o rio do Olvido, Bruto arrebatou o estandarte ao que o leva e atravessou-o ele mesmo, persuadindo-os a passarem. E, é o primeiro romano que se propôs atravessá-lo. Partindo daqui chega ao rio Nímio, (rio Minho) e como os Brácaros, tomaram as suas provisões, dirigiu-se contra eles. Décimo Júnio Bruto, derrota um exército de 60 000 Calaicos que acudiram em auxílio dos Lusitanos e fica com o cognome de Calaico.

 

 

 

* Ataque a Numância

*Judas Macabeu

* Guerreiro Lusitano

 

 



PublicadoPor lazulli às 18:20
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Os Lusitanos - No contexto Peninsular História de Roma Estrabão, III, 3,7 Polibio, XXXIV

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