Ano 303 - "Grande Perseguição" aos cristãos, desde este ano até ao ano seguinte.
Em 23 de Fevereiro, na festa das Terminalia, há perseguição aos cristãos em Nicomedia, e a Igreja de Nicomedia é arrasada.
A perseguição à Igreja é baseada na acusação feita aos cristãos de terem tentado pôr fogo ao Palácio Imperial.
Na sua luta contra o cristianismo, Diocleciano subestima no seu cálculo doutrinário a eficácia das medidas persecutórias o que, em verdade, é a única vez que sucede. Deste modo a sua perseguição contra os cristãos este ano e seguinte, é inútil.
. As Comunidades cristãs peninsulares (Ibérica) reúnem-se no Concílio de Elvira (Granada), este ano, tendo já 19 bispos e 24 presbíteros. Três dos bispos são da Lusitânia: Libério de Mérida, Vicente de Ossónoba e Quinciano de Évora.
. Este ano, dá-se o Início da Perseguição aos Judeus.
Ano 313 - O Edicto de Milão, promulgado por Constantino Magno, proíbe a perseguição ao cristianismo no Império Romano.
Ano 314 - Este ano, Constantino manda reunir um Sínodo em Arles (Provença), com vista a dilucidar alguns aspectos internos da Igreja que ameaçam adquirir relevância política. Seja, por exemplo, a polémica Donastie (assim chamada pelo nome do bispo Donato de Cartago, que insiste na exclusão da Igreja de todos os pecadores).
. Ano do Édito de Milão; pelo qual o Imperador Constantino declara a protecção Oficial das Autoridades Romanas ao Cristianismo.
Ano 332 - Devido à Tradição que situa a sepultura de Pedro ao pé da colina do Vaticano, Constantino manda aí erguer uma Basílica, este ano.
. A partir deste ano os arrendatários, ficam vinculados à gleba. Os donos dos domínios passam a ter poder senhorial e de governo, muitas vezes por simples usurpação.
Ano 350 - Desde este ano, Tribos germânicas Ocidentais mais pequenas (por exemplo: Sálios, Camavos, Bructeros, Usípios, Ansivários), que no seu conjunto se chamam "Francos", estendem-se desde os rios Ems, Lips, Reno, Mosela, passando pelo Mosa e Escalda, até chegarem ao Soma; Dinastia Merovíngia.
Ano 354 - Santo Agostinho, desde este ano até ao ano 430, o mais influente de todos os teólogos latinos, argumenta que os judeus, por sua mera existência, são parte do Plano de Deus, de vez que são testemunhas da verdade do cristianismo, com sua falha e humilhação simbolizando o triunfo da Igreja sobre a Sinagoga.
Ano 366 - O Pagão Amiano Marcelino comenta este ano a mundanização do clero cristão: “Quem tiver a sorte de alcançar a dignidade de bispo de Roma tem o futuro garantido. Recebe prendas das matronas, anda de carro, veste esplendidamente e faz que lhe sirvam banquetes magníficos, de modo que a sua mesa ultrapassa em muito a de um rei!” (Amiano Marcelino, 27,3,14.)
Ano 373 - O século IV vê a heresia instalada na África do Norte (Santo Agostinho passa a ser maniqueísta desde este ano), Ásia Menor, Grécia, Ilíria e até na Gália e Espanha.
Ano 395 - Divisão do Império de Roma: Império do Ocidente e do Oriente.
. Invasão da Grécia pelos Visigodos.
. Ao morrer Teodósio I, este ano em Milão, deixa dois filhos de tenra idade, e confia a sua juventude ao Vandalo Stilicon, marido de sua sobrinha, e cujos talentos e serviços o elevaram à dignidade de Capitão General do exército. Segundo as intenções do príncipe Teodósio I, seus dois herdeiros devem exercer o Poder Soberano sem divisões, e reinar em capitais diferentes, sem romper a unidade do Império. O Governo do Ocidente cabe a Honório, mas Arcádio (o mais velho dos dois irmãos), coloca-o em Constantinopla de baixo da tutela do Galo Rufino, Prefeito do Pretório.
. Teodósio I, morre em Milão em Janeiro e foi no espaço de mais de meio século, o único Imperador que, com a sua habilidade militar e força de carácter, exerceu um controlo pessoal contínuo sobre o Império Romano. De certo modo é irónico que a sua morte deixe o Império nas mãos de duas nulidades como são seus filhos. Arcádio, que detém nominalmente o poder em Constantinopla, e Honório, Imperador em Milão. O controlo dinástico de Teodósio sobre o Império Portucalense, ainda mais com o seu casamento-após a morte da sua primeira mulher-com Gala, filha de Valentiniano I.
. Quando Teodósio morre repentinamente em Milão, este ano, o "renascimento" teodosiano acaba. Os seus dois filhos, Arcádio e Honório, vão dividir o Império Romano, entre si. Arcádio passa a Imperador do Oriente; Honório, a Imperador do Ocidente. Como governantes, serão incompetentes, meros joguetes das suas cortes.
.Átila, nascido por volta deste ano, vai-se impor como senhor de um vasto Império Bárbaro e tentar impor a sua autoridade a todos os Germanos. Por uma incursão até aos muros de Constantinopla, vai impor a sua suserania ao Império do Oriente, depois voltar-se-á para o Ocidente.
. Neste ano nasce Átila, vai suceder a seu tio Rugas no trono dos Hunos. Vangloriando-se de ter recebido a sua espada directamente do Deus dos Hunos. Considerar-se-á que é designado para assegurar "O Império do Universo" e vai apresentar-se como o "Punho de Deus, do qual o céu se serve para castigar as nações". avançara primeiro sobre o Império do Oriente, forjando um imenso reino desde o mar Cáspio ao Reno. Em seguida porá o Império do Ocidente a ferro e fogo, reclamando metade das suas terras como dote pelo seu casamento com Honória, irmã do Imperador, que lhe envia o seu anel. Com os Francos e os Vândalos, invade a Gália. Saqueia Metz, mas vai poupar Paris, onde Santa Genoveva persuadira os habitantes a permanecer na cidade. Atingindo o Loire, Átila cerca Orleães e o assalto final estará já decidido quando, a 24 de Junho, surgem os exércitos coligados de Valentiniano, sob as ordens de Aécio e de Teodorico I, rei dos Visigodos. Obrigado a levantar cerco, Átila retira-se para Troyes, nos Campos Cataláunicos, onde recomeça o combate. Será uma autêntica carnificina para ambos os lados e Átila, vencido, reagrupa as suas forças para lá do Reno.
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. Este ano Teodósio partilha o Império entre os seus dois filhos, ninguém tem consciência de que se trata de uma ruptura definitiva, entre o Oriente e o Ocidente. Não é a primeira vez que uma tal medida é tomada por razões de eficácia administrativa de resto, a língua e as instituições permanecem romanas. Não obstante, a divergência de interesses surge rapidamente, tanto no domínio económico como no cultural e religioso. Constantinopla prospera e afasta-se de Roma, submersa pelos bárbaros.
. Esteano, Alarico I, à cabeça dos Godos, arrasa a Trácia, a Macedónia, a Tessália e o Peloponeso, até que Estilicão o derrota em Foloé. Alarico dirige-se então contra Honório. Em duas investidas invade a Itália do Norte, mas Estilicão vence-o em Plaisance e em Verona. Alarico lança-se sobre Roma, onde entra de surpresa a 24 de Agosto.
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Ano 61 (813) - No Ocidente, o culto do imperador não só foi encorajado pelo Estado como até se tornou popular. A organização podia ser deixada ao cuidado dos próprios provincianos, e os funcionários locais tinham todo o gosto em se tornarem sacerdotes de Augusto (flamines Augusti) e em serem reconhecidos como bons amigos de Roma. É significativo o facto de o Templo de Cláudio em Colchester ter sido arrasado como gesto simbólico de desafio, quando a rainha britânica Bodícia se revoltou contra Roma, este ano, provocando um revês romano na e.
* Assalto a Mona pelas tropas romanas. (liv. Os Celtas)
Ano 60 (812) - Estabelecem-se colónias aqui e além, pela Itália.
* Desenvolve-se a política de Nero.
* Nasce Trajano, de uma família nobre da província da Bética na Espanha.
* A subjugação da Britânia prossegue com dureza, o que leva à rebelião da Boudicea, neste ano e ano seguinte, sendo a ira dos Bretões dirigida em particular contra a colónia de veteranos de Camulodunm (Colchester) tida como símbolo de opressão romana, e contra a capital provincial, Londres.
Ano 62 (814) - Ano das leituras das poesias.
* Consules: P. Marius e L. Asinnius.
Ano 63 (815) - Não se respira durante os primeiros anos do reinado de Nero, mas para sentir com mais força o horror dos últimos nove anos. Nero poeta de talento, não é estranho à virtude.
* Incorporação da Palestina no Império Romano, por Pompeu.
* Numerosos Judeus pensaram chamar um árbitro. Constitui-se um “terceiro partido” que envia uma delegação a um poderoso estrangeiro que se encontra então, na Primavera deste ano, em Damasco. Pouco depois, cada um dos dois irmãos inimigos vai junto do mesmo para que, mediante moeda sonante, aceitasse a ajudá-la. O estrangeiro a quem essas rãs oferecem tão ingenuamente um ceptro, não é outro senão Pompeu.
* Os convites dos Judeus para intervirem em sua casa não deixaPompeu indiferente.
Ano 64 (816) - A Roma imperial é um enorme complexo, com uma população que talvez exceda o milhão, vivendo em grande parte em condições assustadoras. A miséria dos bairros pobres contrasta com a magnificência dos edifícios públicos construídos por sucessivos imperadores, a começar por Augusto: “Augusto embelezou tanto a cidade que se justifica o seu alarde:” Encontrei uma cidade de tijolo e deixei uma cidade de mármore”. Uma nova transformação tem lugar no tempo de Nero, no seguimento do desastroso incêndio deste ano. Das 14 regiões em que Roma estava dividida, apenas 4 ficam intactas. Três são totalmente destruídas e nas outras sete, algumas casas sobrevivem ao incêndio, embora muito danificadas”.
* Em Julho, um grande incêndio destrói um terço de Roma e faz milhões de vítimas. O imperador Nero reconstrói a cidade, segundo um plano moderno. A cólera popular volta-se para os cristãos, que são submetidos a atrozes suplíci-os; revestidos de resina, servem para iluminar os jardins de Nero.
* O Grande incêndio de Roma começa a 18 de Junho deste ano e dura nove dias. Muitos pensam que tenha sido o próprio imperador que o inicia por isso; para afastar os rumores, Nero leva a tribunal e sujeita às suas refinadas torturas aqueles que o povo odiava, pelos seus crimes e chamava cristãos.
* Em 18/19 de Junho/Julho durante a lua cheia começam grande incêndio de Roma, que dura nove dias, no tempo de Nero (Lúcio Domicio), que é acusado do incêndio e que por sua vez acusa os cristãos e tortura-os. O povo odiava-os pelos seus crimes.
* Nero, para desviar a cólera do seu povo, acusa os cristãos de serem os autores da grande catástrofe deste ano que destruiu com o incêndio grande parte de Roma e leva a cabo a primeira perseguição sangrenta contra eles, durante a qual muitos cristãos são torturados e queimados, atados e postos, como tochas festivas. A multidão enfurece-se contra eles, mas esta perseguição não se repete. É difícil saber se a actuação de Nero é ou não popular. O espectáculo público que a morte dos cristãos no circo proporciona, entusiasma escumalha romana. Por outro lado a violência é praticada sobre uma minoria que se encontra em oposição absoluta com o Estado antigo, dado que, além de rejeitar o culto ao imperador (honras litúrgicas ao imperador divinizado) nega o politeísmo de tal modo que em vez do panteão greco-romano, considera que a crença num só Deus, no âmbito de uma crença que aspira à universalidade tende a estabelecer a unidade do homem e da natureza de um modo completamente novo.
* Aquando do incêndio que devasta a maior parte da cidade de Roma, os cristãos são acusados de o ter acendido voluntariamente, levados a isso pelo seu “ódio ao género humano”.
* A expansão do cristianismo foi obra dos discípulos de Jesus, os apóstolos, que, através de suas pregações, difundem o cristianismo pelo mundo romano. Papel destacado no processo de difusão da nova religião têm os apóstolos Pedro, considerado o fundador da igreja cristã e primeiro bispo de Roma, e Paulo, realiza a conversão dos gentios. Ambos são mortos pelos romanos este ano.
* A actividade missionária de Pedro, leva-o a Roma. Não muito depois do incêndio, S. Pedro e S. Paulo são martirizados em Roma. Pedro é crucificado no Monte Vaticano, durante a perseguição de Nero.
* Após o grande incêndio de Roma, este ano, Nero percorre toda a Grécia em busca de obras de arte para embelezar a cidade restaurada, e é voz corrente entre os romanos que ele próprio tem alguma coisa a ver com o incêndio de Roma, que lhe permitiria construir uma grandiosa capital sobre as ruínas. Ao escolher os cristãos, seita nova e impopular, como incendiários plausíveis (acreditam no fim iminente do mundo pelo fogo), Nero verifica que os terríveis castigos que lhes impõe (morte pelo fogo na arena) lhes angaria simpatias e o torna a si próprio mais impopular.
Ano 65 (817) - A Síria torna-se província romana.
* A conspiração contra Nero é cruelmente reprimida. É o prenuncio do declínio dos últimos anos do seu reinado e o fim da linhagem Júlio-Claudiana.
Ano 66 (818) - Insurreição entre este ano e o ano 135 dc. Finalmente há as grandes revoltas na Palestina em grau superior e que agitam o império Oriental. Não há paralelismo a esta sequência de eventos em qualquer outro território governado por Roma. Após alguns anos de descontentamento, a Judeia revolta-se, sendo tal revolta reprimida por Vespasiano e por seu filho Tito. A grande revolta e o cerco de Jerusalém, constitui um dos eventos mais importantes e aterradores na história judaica. No fim deste ano, a revolta na Palestina, perturba também a calma do mundo Ocidental. Vespasiano, manda reprimir a Revolta, a um general mais poderoso que Corbulon.
. Ergue-se na Palestina uma Revolta contra o jugo romano.
* Nero empreende uma espectacular viagem pela Grécia, regressando a Roma com mais de 1600 coroas de vitórias teatrais e atléticas, mas a sua posição começa a detiorar-se.
* Séneca suicida-se.
* A comunidade é ameaçada pelos romanos na rebelião deste ano.
* Deste ano ao ano 70: “Fim dos tempos”
* O esquema de seu acampamento é defensivo e este é suprido com uma torre de observação e verdadeiramente, parece ter sido atacado e destruído pelos romanos quando o fim dos tempos adveio nestes anos.
* Os monges de Qumram, são Essênios
* Catástrofe
* A revolta começa na Cesaréia, não em Jerusalém, seguindo-se a um processo greco-judaico em que os gregos ganham.
* Primeira revolta judaica, deste ano até ao ano 73. A confrontação imediata com as tropas de ocupação romana (que na Palestina, são sobretudo, constituídas por gente de baixíssima extracção social), levou a duas terríveis guerras. Delas resulta que a Judeia fica praticamente transformada num deserto. Os judeus deixam de poder dispor do território do seu Estado. Uma destas guerras é a deste ano ao ano 70, sob Vespasiano e Tito. Contemporânea desta confrontação militar romano-judaica está a resistência dos cristãos à atitude dos romanos para com eles.
* Este ano há a primeira revolta judaica. A título de represália, os romanos destroem mais tarde Jerusalém e o seu templo.
* Após o massacre da guarnição em, Jerusalém, o embaixador romano na Síria, Céstio Galo, reúne uma grande força em Acre e marcha contra a cidade. Quando alcança os arrabaldes, fica aterrorizado com a força de resistência Judia e ordena uma retirada com uma força enorme, não menos de quatro legiões: a 5ª e 10ª, a 12ª e a 15ª, estando concentrada na Judeia, e um dos generais mais experientes do império, Tito Flávio Vespasiano, recebe o comando.
Ano 67 (819) - Nero passa na Grécia todo este ano.
* Principia a revolta geral contra os romanos, que leva à destruição de Jerusalém e do seu templo. Porém a rebelião não é completamente esmagada.
* Um grupo de rebeldes fanáticos, fixa-se em Masada, sob o comando de Eleazer Ben Ya’ir, e era uma questão de prestígio para Roma liquidar também este último ninho de resistência.
* Masada é um dos lugares altos da história do povo de Israel. É lá que no fim da revolta de (67-73) algumas centenas de Judeus se opõem numa derradeira e heróica resistência ao ocupante romano. Masada representa, por outro lado, uma das obras-primas arquitecturais e artísticas da Judeia da época herodiana, ao mesmo tempo que testemunha a fria determinação dos sitiantes romanos.
* Nos fins do mês de Outubro, a Galileia fica inteiramente dominada. Entre os prisioneiros conta-se também Josefo, o Generalíssimo. Amarram-no com cadeias e a partir deste momento ele contempla por ordem de Vespasiano e do quartel-general deste, todo o desenrolar da Campanha. Seis mil judeus são levados como escravos para Corinto, para a construção do canal.
Ano 68 - A 9 de Junho deste ano, Nero suicida-se (?) faz-se(?) matar por um liberto e ao expirar, murmura: "Que artista perde o mundo!" Deixando de ser imperador e ascende ao Poder Galba.
* As guerras civis deste ano e do ano seguinte, põem fim à dinastia Júlio-Claudiana, que vem desde o ano 14. Até esta data, o exército manteve a sua lealdade para com os herdeiros de Augusto. Com a morte de Nero, extingue-se a “dinastia” dos Augustos.
* Corte profundo na história do Principado. No entanto, este princípio político está tão arreigado em todo o Império que não volta a dar-se por qualquer acto em favor da República, embora o espírito republicano de modo algum tenha desaparecido como projecto. Mas a única verdadeira questão consiste em saber quem deve ser o novo príncipe e onde deve ele ser recrutado. No baixo Reno é preciso reprimir a perigosa sublevação dos Batavos, que quase leva à criação de um reino galo-romano que se estende por ambas as margens do rio. Vespasiano tem de levar a cabo esta acção com um exército que, desde as desordens deste ano, se transforma numa soldadesca indisciplinada, mais perigosa para os seus próprios concidadãos que para os inimigos externos.
* O período de guerra civil que se segue ao reinado de Nero, este ano, volta a trazer a Península Ibérica para a primeira linha dos acontecimentos da história do Império Romano. Este ano, Sulpício Galba, legado da Tarraconense, ergue-se contra Roma, com o apoio do seu amigo Sálvio Otão, legado da Lusitânia, e faz-se proclamar imperador na Hispânia. Galba instala-se em Roma e proclama Pisão seu herdeiro político, desprezando, portanto, o seu amigo Otão. Este promove uma rebelião palaciana, que vai culminar no assassinato de Galba e na sua proclamação como imperador de Roma. Enquanto estes acontecimentos têm lugar, Vitélio, um general da fronteira germânica, rebela-se por seu turno, e marcha com um poderoso exército sobre Roma.
* Há uma crise; a rebelião de Vindice. Na primavera, um senador gaulês chamado Júlio Vindex, que governa a província da Gália Lugdunense, contacta os comandantes provinciais, numa tentativa de os levar a revoltarem-se. O seu apelo é ouvido por Galba o velho governador da Hispânia Tarraconense, que acede a ser proclamado imperador com o apoio de Vindex e da pequena guarnição Hispânica, a que se junta uma outra legião, recrutada por ele próprio. Vindex é eliminado em Vesanção (Besançon), pelo governador da alta Germânia, Virginio Rufo, que é ele próprio proclamado imperador pelo seu exército, mas que se recusa a aceitar. Rufo apoia Galba, mas é substituido no cargo de governador.
* Deste ano ao ano seguinte; de Tácito, chega o conhecimento de Veleda, descrita como a profetisa e inspiração dos Brúcteros, uma tribo transreana que toma parte na revolta de Civilis estes anos. Veleda é uma palavra céltica que induz a função de vidente, mas o mais natural com os Brúcteros é que se trata mais de uma das antigas tribos celtas transrennas, nesse sentido germanicas, do que um povo de língua teutónica com um titulo adquirido fora, para o seu oráculo.
* Na Primavera, os Gauleses e Germanos da 10ª legião de Tito fazem no mar Morto, uma limpeza terrível. O mosteiro é parcialmente destruído, depois ocupado pelos soldados; os monges fogem ou são massacrados. Não sem esconderem nas grutas da falésia vizinha os seus mais preciosos tesouros, os seus livros sagrados.
* Após o suicídio de Nero (9 de Junho) Rufo apoia Galba mas é substituído no cargo de governador.
* Qumran, em cujas proximidades foram descobertos os manuscritos do mar Morto: A localidade de Qumran não é mencionada na Bíblia, pelo menos com este nome. Quanto à comunidade que aí se tinha instalado, e que está certamente na origem dos célebres manuscritos, parece que terá permanecido lá desde o ano 4 antes de Cristo até este ano. Este período corresponde ao da vida de Jesus e aos inícios da Igreja cristã. Nada sabemos sobre os inícios da comunidade do mar Morto, a não ser que ela, provavelmente, era constituída por Essénios.
Ano 2 - Júlia, única filha do Imperador, é exilada para uma ilha, por ter uma conduta sexual ascandalosa. Caio, seu filho e de Marco Agripa amigo de Augusto, morre.
* Tibério regressa a Roma e é adoptado por Augusto.
Ano 4 - Lúcio, filho de Júlia e Marco Agripa e irmão de Caio, que morreu no ano 2, também morre. Depois da morte de Caio e Lúcio, Tibério que regressara a Roma, é adoptado por Augusto e persuadido por sua vez a adoptar Germânico, o qual adopta.
* Nascimento de Jesus de Nazaré, sob o reinado de Herodes, o Grande e ano da morte do rei.
Ano 6 (758) - O exército converte-se numa instituição regular admitindo constantemente mais recrutas, que tenham prestado serviço nas legiões durante um período fixo de 20 anos. Terminado este, recebem terras ou pagamentos em moeda. Este ano, este sistema é institucionalizado pela formação de uma tesouraria militar, fundada em primeira instância por uma dádiva do próprio Imperador e subsquentemente reabastecida pelo rendimento proveniente de dois impostos lançados sobre os cidadãos romanos; uma taxa de vendas de 1% e direitos sucessórios de 5%. Este novo sistema faz com que o exército se afaste da política e seja fiel ao Estado e ao Imperador, que continua a ser comandante-chefe e nomeia pessoalmente os oficiais.
* Quirino é nomeado governador da Síria e chega à Síria, este mesmo ano na qualidade de legado. Com ele Roma manda Copónio como primeiro procurador para a Judeia. Entretanto levam a cabo um recenseamento. Este census era apenas um census provincial.
* A Judeia torna-se Província Imperial.
* A partir daqui a Judeia e a Samaria, são governadas por procuradores romanos.
* Submissão da Judeia a Roma.
* Depois da morte de Herodes-o-Grande (Palestina: Arquelau, para quem Herodes, o Grande, deixa a Judeia, é acusado e desterrado num exílio para Viena na Gália onde morre deposto pelos romanos este ano, e é substituído por procuradores, nomeadamente, Poncio Pilatos. O seu território torna-se província romana. Arquelau, apenas instalado, entra em conflito com quase todos os súbditos. Depõe dois sumos sacerdotes. Irrita os Fariseus, contratando com a cunhada Glafira, viúva de Asmoneu Alexandre, um casamento que a lei condena. As suas exigências fiscais, tornadas necessárias para a reconstrução sumptuosa do palácio de Jericó e a criação duma cidade a que deu o seu próprio nome, acabam de exasperar os Judeus. As perturbações recomeçam, os métodos policiais e as repressões. Uma delegação parte de novo para Roma, este ano, para suplicar a Augusto que mande comparecer o pequeno tirano perante ele. Sendo acusado, é deposto e desterrado, pelos romanos).
* Cesareia torna-se capital da província romana da Judeia e residência dos seus governadores. A cidade dispõe de um notável sistema de adução de água. Quanto ao porto em si, era protegido, a norte e sul, por dois molhes em arco de circulo, com o comprimento de 600m e 250m, respectivamente. A água potável transportada até à cidade por dois aquedutos, o maior dos quais, com o comprimento de 9km, foi edificado sob o governo de Herodes.
* É fundado um movimento por Judá-o-Galileu ou Judas de Gamala, quando ele organiza um levante liderado por ele próprio, em protesto contra o governo directo imposto por Roma e sua tributação. É o tipo de um rabino primitivo e ensina a antiga doutrina de que a sociedade Judaica é uma teocracia, reconhecendo o governo por mais ninguém senão por Deus. Judas de Gamala, dito o Galileu, e um fariseu chamado Sadduk, arrastam os seus fiéis contra os romanos, por ocasião dum recenseamento; a revolta é esmagada, mas os Zolotes, como todos os extremistas, têm a simpatia do povo. Sem poder para recomeçar os levantamentos em massa, recorrem ao terrorismo individual. Armados de curto punhal que os latinos chamam sica, feriam mais ainda que os ocupantes, os considerados infiéis ou traidores.
* Execução de Judas de Gamala.
* Monges das cavernas, grupos batistas, que moram próximo ao Jordão, dos quais João Batista e seus adeptos são os mais conhecidos. Mora e trabalha na maior parte na Galileia e na Péreia, território esmagadoramente judeu, mas que foi anexado à Judeia pelo fogo e pela espada, e muitas vezes mediante conversão forçada nos tempos macabeus. É uma área tanto de ardente ortodoxia como de multiforme heterodoxia e de efervescência religiosa e política. Boa parte dela é devastada com as revoltas imediatamente após a morte de Herodes e neste ano; e o filho do grande homem, Herodes Antipas, que os romanos fizeram governador, tentou reconstruí-la implantando novas cidades nas fronteiras gregas.
* Toda a política da fronteira setentrional se desmorona, porque a Ilíria se revolta e a campanha contra Maroboduns é abandonada.
Ano 7 - Quirino, legado da Síria, investe Anás na função, que conservou até ao advento do imperador Tibério.
Ano 8 (760) - É banido de Roma o poeta erótico, Ovídio, por desagradar ao imperador; especialmente por ter escrito o poema sobre a arte do amor.
Ano 9 (761) - Lei Consular.
* São modificadas por uma Lei Consular, as leis que Augusto introduziu nos anos 18 e 17, antes de cristo, contra delitos sexuais. Não passa despercebido o facto de ambos os cônsules que aprovam esta lei serem solteiros.
* À Cidade Santa, na festa semanal, acodem milhares de peregrinos, porque se dá um choque sangrento na praça do templo, desenrolando-se uma luta encarniçada. As tropas romanas, penetram no templo, incendeiam as galerias e roubam tudo o que apanham à mão. O próprio Sabino, apodera-se de quatrocentos talentos pertencentes ao tesouro. A rebelião de Jerusalém, propaga-se como um incêndio a todo o país. Os romanos são apedrejados e entrincheiram-se apressadamente no palácio. Estes na Judeia, depois de saqueados, convertem-se em pasto para as chamas.
* O governador de Roma, na Síria, Quintílio Varo, ocorre com um poderoso exército romano, reforçado com tropas de Beirute e da Arábia. Logo que as suas forças aparecem diante de Jerusalém, os rebeldes fogem, mas são perseguidos e feitos prisioneiros em massa. 2 000 homens são crucificados.
* As três legiões de Quintílio Varo, (que é quem dá a ordem) já depois da revolta ter sido reprimida, são destruidas pelo chefe germano Armínio, num lugar conhecido da floresta de Teutaburgo. Depois da perda das três legiões, são abandonados os territórios situados na margem direita do Reno, no seu curso médio e inferior. Ora o estabelecimento da fronteira romana no Elbo, fica comprometido com a derrota de QUINTÍLIO Varo, daí que Roma contenta-se com a conquista dos chamados agridecumates, àrea situada na margem direita do Reno junto ao Neckar e aos Alpes Suábios, assim como o domínio do território junto à fronteira germânica e réctica.
* Neste ano já a revolta foi reprimida, mas neste mesmo ano as três legiões de Quintílio Varo são destruidas pelo chefe germano Armínio, num lugar desconhecido da floresta de Teutaburgo.
* Quando o estabelecimento da fronteira romana no Elba fica comprometido com a derrota de Varo na floresta de Teutoburgo, este ano. Roma contenta-se com a conquista dos chamados agri decumates, área situada na margem direita do Reno junto ao Neckar e aos Alpes Suábios, assim como com o domínio do território junto à fronteira germânica e réctica.
* Depois da perda de três legiões na floresta de Teutoburgo, este ano, são abandonados os territórios situados na margem direita do Reno no seu curso médio e inferior.
* As tropas romanas são apedrejadas. Estas incendeiam as galerias, penetram no templo e roubam tudo o que apanham à mão. O próprio Sabino apodera-se de quatrocentos talentos pertencentes ao tesouro. Depois, entrincheira-se apressadamente no palácio. A rebelião de Jerusalém propaga-se, como um incêndio, a todo o país. Os palácios reais da Judeia, depois de saqueados, convertem-se em posto das chamas. O governador da Síria ocorre com um poderoso exército romano, reforçado com tropas de Beirute e da Arábia. Logo que as forças aparecem diante de Jerusalém, os rebeldes fogem. São perseguidos e feitos prisioneiros em massa. O governador de Roma, na Síria, que foi quem deu a ordem, sofreu uma derrota sofrida este ano. Chama-se Quintílio Varo.
* Perda de três legiões na Germânia, na floresta de Teutoburgo, este ano.
Ano 10 (762) - Morte do grande rabino Hillel.
Ano 87 a.C. -Sila organiza na Grécia um exército para invadir a Itália. Em Apolónia, na Ilíria, os seus soldados encontram um estranho humanóide adormecido.
* Mário contrata os serviços de um tribuno, P. Sulpício, que ocupou o cargo como apoiante dos optimates (elementos conservadores do senado) mas que por qualquer razão se tornou amargo. Sulpício propõe uma série de leis, incluindo uma que dá igualdade de direito de voto aos italianos recém-emancipados (de que tinham sido defraudados, por estarem confinados a um número restrito de tribos) e outra para nomear Mário, em vez de Sila, para o lugar de comandante na campanha seguinte ao Oriente. Os acontecimentos precipitam-se e as leis de Sulpício são aprovadas no meio de violentas cenas de lutas de rua. Sila parte para se juntar ao seu exército Nola, na Campânia, onde faz um apelo pessoal às tropas e marcha imediatamente sobre Roma que cai sem violência. Mário é apanhado de surpresa mas consegue fugir para África, Sulpício é morto e as suas leis canceladas.
* Depois de promulgar algumas medidas constituicionais que anunciam as da sua ditadura, Sila parte para o Oriente. Mal vira as costas, estalam novas dissenções. Um dos consules dste ano, L Cornélio Cina, tenta restabelecer a lei de Sulpício, sobre os novos cidadãos, mas é impedido pelo seu colega Cn. Octávio, apoiante de Sila. Seguem-se vários tumultos e Cina é forçado a fugir, mas encontra um bom aliado em Mário, que regressa de África e procura mobilizar os seus apoiantes.
* Apesar dos perigos que o afastamento de Sila, faz correr à sua Constituição e ao seu Partido, desembarca, na Primavera deste ano, na costa do Epiro. Deixa desde logo, após haver desembarcado, os postos do Epiro para ir à Beócia.
* Arrastada por um filósofo demagogo, Atenas junta-se a Mitridates. Mas os Ródios, opõem-lhe resistência encarniçada e conseguem salvar os mercadores Itálicos, que se tinham refugiado na sua ilha.
* Sila confia o comando do cerco de Nola, ao propretor Ápio Cláudio e embarca com suas legiões no começo do ano para o Oriente helênico.
* A posição do Governo de Romano, começa a ficar crítico. Precisa de três exércitos para reprimir a revolução em Roma, para esmagar completamente a Insurreição em Itália e para prosseguir a guerra na Ásia. Mas, só existe o exército de Sila. Este, apesar dos perigos que seu afastamento fará correr à sua Constituiçao e ao seu Partido, desembarca na Primavera deste ano na costa do Epiro, deixa logo após haver desembarcado, os portos do Epiro para ir à Beócia e, ali derrota os generais inimigos, Arquelau e Aristião, no monte Tilfosiano. Após esta vitória, apodera-se quase sem resistência de todo o Continente Grego e prossegue o cerco da cidade e do porto de Atenas.
Ano 86 a.c. (668) - Cina e Mário marcham sobre Roma, tomam a cidade e massacram os opositores, num novo reino de terror.
* Mário inicia o seu 7º Consulado, mas morre poucos dias depois, ainda neste ano. O seu colega Cina, tenta restabelecer uma certa normalidade: os novos cidadãos obtêm um acordo justo, Sila é proscrito e um exército “oficial” é enviado para a Ásia, sob o comando de L. Valério Flaco.
* Neste período em Roma o governo é controlado por Cina, que é Cônsul e dispõem de um forte apoio. As classes mais importantes parecem estar de acordo; nesta faze nenhum Senador importante, está disposto a passar-se para o lado de Sila.
* No Oriente, Sila consegue expulsar da Grécia as forças de Mitridates, após uma vitória em Queroneia, este ano. Neste mesmo ano, Valério Flaco aparece com o seu exército e começa uma Campanha contra Mitridates na Ásia Menor. Flaco é assassinado pelo seu próprio legado, C. Flávio Fímbria, mas a guerra continua e Fímbria obtem alguns êxitos dignos de nota.
* Na Beócia, Sila, derrota os generais inimigos Arquelau e Aristião, no monte Tilfosiano, e após esta vitória, apodera-se quase sem resistência de todo o Continente Grego, prosseguindo o cerco da cidade e do porto de Atenas. A cidade é tomada de assalto em 1º de Março deste ano. Mas a situação de Sila continua difícil no mais alto grau e mesmo desesperada. A Ásia está completamente entregue a si mesma e a conquista da Macedónia pelos tenentes de Mitridates acaba de ser completada pela tomada de Anfípolis. Mas há algo mais grave do que os embaraços militares e financeiros. A revolução é dona da capital. Sila é deposto, seu comando da Ásia fora confiado ao cônsul democrático Marco Valério Flaco, que é esperado a cada instante na Grécia.
* Antonino, “O Pio”, nascido em Lancívio este ano, numa aldeia romana de província, é, por sua mãe, membro de uma das famílias mais ricas e ilustres de Roma. A gens Aurélia, originária de Nimes.
* Com a morte de Mário, este ano, o general Sila, aristocrata apoiado pela nobreza e pelo Senado, assume o poder.
* No Oriente, Sila consegue expulsar da Grécia as forças de Mitridates, após a vitória em Queroneia, este ano, e neste mesmo ano, Valério Flaco aparece com o seu exército e começa uma Campanha contra Mitridates na Ásia Menor.
Ano 85 a.c. (669) - Sila assina um Tratado de Paz com Mitridates - em termos generosos - e volta-se contra Fímbria cujas tropas o abandonaram.
* O acordo de Sila na Ásia é extremamente duro, autoriza as suas tropas a saquearem mais ou menos à vontade e insta-la-as em aquartelamentos nas cidades.
* Na Primavera, Mitridates põe em acção um exército pouco inferior ao que foi exterminado em Queronéia.
Ano 84 a.c. - No início do ano, Cina é assassinado, num motim, vítima duma Revolta entre as tropas já descontentes, do quartel general de Ancona.
Ano 83 a.c. (671) - O Tabularium, edifício belo da época Republicana que fica no extremo Oeste do Fórum, de costas para o Capitólio e é utilizado como Registo e Arquivo Oficial, é destruído pelo fogo.
* O templo arcaico de Júpiter, Juno e Minerva, intacto até aqui, é destruído pelo fogo.
* O templo de Júpiter, no Capitólio, centro religioso de todo o Império Romano. Júpiter capitolino, o melhor e o maior, representado segurando o ceptro numa das mãos e na outra o raio. Minerva e Juno têm as suas estátuas nas salas laterais. Santuário construído de má pedra vulcânica e coberto de gipso e terracota (as próprias estátuas dos deuses também são de terracota), é destruído por um incêndio.
* Sila regressa a Itália, onde se lhe juntam jovens oportunistas, como M. Crasso e Q. Metelo Pio e principalmente o jovem Pompeu, que recrutou três legiões por sua própria iniciativa. A oposição está desorganizada e mal dirigida e o apoio de Sila cresce, à medida que se trona óbvio que vai ganhar. Há duras lutas em Itália, onde os Samnitas se unem aos partidários de Mário, nas provincías, onde têm bastantes seguidores.
* Q. Sertório, retira-se de Itália, quando as tropas de Sila se aproximam e vai para a sua Província da Hispânia.
* Na Primavera, Sila desembarca com suas legiões no porto de Brundísio. O Senado, recebendo a notícia, declara a Pátria em perigo, e dá aos Cônsules poderes ilimitados; mas estes chefes incapazes, não estão prevenidos, e são surpreendidos por um desembarque.
* Com o terror reina a tirania. Não somente Cina fica 4 anos como Cônsul à cabeça dos negócios, mas nomeia regularmente a si próprio, assim como a seus colegas, sem consultar o povo. A lei proposta por Sulpício, e, mais tarde, pelo próprio Cina, que promete aos novos cidadãos e aos libertos a igualdade de sufrágio com os antigos cidadãos, é naturalmente restabelecida. As restrições às distribuições de trigo estabelecidas alguns anos antes, são suprimidas: o projecto de colônia em Cápua, imaginado por Caio Graco, é executado na primavera deste ano. Lúcio Valério Flaco, o jovem, fez passar uma lei sobre as dívidas, que reduz todos os créditos particulares ao quarto do capital nominal e remete os 3/4 aos devedores.
* Sendo cônsul em Roma Gneu Papírio Carbão, este ano, Sertório é nomeado pretor da H. Citerior.
* No início do ano, a Guerra Civil que por toda esta decada divide e opõem partidários de Mário e Sula, toma novo alento com o desembarque de Sula em Brundísio. Sertório parece mais útil a Carbão na Itália do que na Província Hispânica. Avançando o ano, quando Sula consegue vencer os exércitos de L. Cornélio Cipião e G. Norbano, Carbão duvida da fidelidade dos Pretores que até aqui têm sido mantidos no Governo das duas províncias hispânicas. Sertório vem para evitar que as tropas acantonadas na Hispânia, se declarem por Sula.
Ano 82 a.c. - Um incidente muito curioso verifica-se este ano, um grande estrondo de armas, com gritos espantosos, foi ouvido entre Cápua e Volturno, como se dois exércitos se batessem numa terrível batalha. Quando as pessoas examinaram de perto este assombro, verificaram que a erva e o mato estavam espezinhados.
* Em finais deste ano, Sila está já instalado em Roma, após ter derrotado os Samnitas na batalha de Porta Colina, e após o filho de Mário ter sido derrotado e morto em Praeneste.
* Em finais do ano, Sila é designado ditador, com a especial incumbência de “decretar novas leis e de elaborar uma nova ordenação do Estado”. Concedem-lhe todos os poderes, pondo-se assim fim ao conceito que, na antiga Roma, defenia a ditadura: a partir de então já não se trata de uma função de emergência para épocas de crise. Nunca até então, nenhum romano acumulou na sua pessoa tantos poderes. Muitas dezenas de milhares, protegem o poder de Sila na Itália, as dez mil pessoas que foram postas em liberdade e que doptaram, para seu apelido, o nome Cornélio, como expressão de reconhecimento, estão dispostas a defender com a sua própria vida a segurança do seu chefe. A legislação de Sila pretende restabelecer, por completo, a soberania do Senado e acabar com o poder dos “capitalistas” (cavaleiros) e do Partido Popular.
* Sila proclama-se ditador perpétuo de Roma.
* Quando Sertório sabe que Sula toma este ano, Roma, Sertório estabelece nos Pirinéus uma legião sob o comando de L. Lívio Salinátor, para tolher o passo às tropas sulanas.
* Em Roma, o filho de Mário, Mário-o-Jovem, continua a obra do seu progenitor. Tem apenas 25 anos, mas nada fica a dever a seu pai no que respeita a coragem e persistência. No entanto, é desprovido de experiência militar e não dispõe, como outrora seu pai, de tropas disciplinadas. Resiste, o mais que pode, com outros chefes do Partido Popular, mas não tem qualquer possibilidade de vencer as legiões de Sila. A batalha decisiva trava-se este ano, diante das muralhas de Roma. O combate começa pelo meio-dia e prossegue durante toda a noite. De manhã Sila tinha vencido e pode tomar posse de Roma. Três dias depois da sua vitória manda convocar o Senado, e dá-lhes a conhecer as suas decisões. Ao mesmo temo manda executar no Campo de Marte os inimigos capturados três dias antes, os quais somam alguns milhares de homens. Os gritos das vítimas chegam ao templo onde os pais do Estado estão reunidos e enchem-nos de terror. Sila pretende restabelecer a ordem por meio de um regime ditatorial que abata todos os adversários da República aristocrática. Nestas condições o morticinio recomeça por toda a parte onde se ouse resistir a Sila. Este lança uma expedição punitiva contra os Samnitas, que tinham ficado ao lado de Mário, sendo destruídos todos os seres vivos. Esta fértil região torna-se no deserto que ainda é hoje. Numa cidade do Lácio os cidadãos incendeiam as suas casas para que os carrascos as não possam saquear, em seguida matam-se uns aos outros para não cairem nas mãos das legiões de Sila. A luta de Sila pela conquista do poder, é ao mesmo tempo o último acto da guerra contra os aliados. Mário-o-jovem, suicida-se.
Ano 81 a.c. C. - Ânio, que Sula envia no inícios do ano, desbarata os 6.000 homens de Salinátor. Sertório, a quem restam poucos homens, foge, embarcando em Cartagena. Desembarca na Mauritânia, onde os indígenas o atacam e volve a Ibiza. Dispõem-se a enfrentar a esquadra de Ânio no mar das Baleares quando um forte vento de nordeste faz naufragar a maior parte dos seus barcos. Andando dez dias desgovernado por ventos e correntes, desembarca finalmente na foz do Guadalquivir, onde encontra uns marinheiros que lhe falam da brandura de umas ilhas atlânticas das quais regressavam. Sertório tem o desejo de navegar para essas ilhas, mas liga-se a piratas, aos quais interessa mais o saque. Forçado por eles, desembarca de novo na Mauritânia, participando nas guerras civis deste reino e restaurando o trono a Ascális.
Ano 80 a.c. - Q. Sertório, regressa do exílio e dá início a uma revolta geral, com o apoio tanto dos nativos hispanos como os residentes romanos e italianos.
* O rei do Ponto dá o passo decisivo e declara a guerra aos romanos no inverno.
* Sila, estabelece uma colónia em Pompeia. O Fórum romano pode ver-se do Palatino. Por detrás das colunas do Templo de Castor fica a Cúria, ou sede do Senado, começada a contruir por Sila este ano.
* Sila é cônsul.
* Em finais do ano, os Etruscos e os Úmbrios começam a mobilizar as suas forças, mas acabam por ser impedidos de se juntarem aos insurrectos pela aprovação da lex Julia.
* Até este ano, ano em que Sertório abre hostilidades com os Romanos, são raras as campanhas na parte ocidental norte da Península Ibérica. A morte de Viriato e a derrota dos Calaicos quebraram a resistência destes povos e também a distribuição de terras feita por Bruto aquietou os Lusitanos.
* Os Lusitanos enviam embaixadores a Sertório a propor-lhe que venha chefiá-los na guerra contra os Romanos. A fama do antigo pretor como excelente cabo-de-guerra, justo e benévolo, corre pela Península. Sertório dispõem de 2000 soldados romanos. Com eles e com 700 Líbios atravessa o estreito de Gibraltar, vencendo a esquadra de Cota, oficial de Sula. Desembarca perto da actual Bolonia, num local que 4 000 Lusitanos a pé e 700 a cavalo haviam ocupado. Cruza o Guadalquivir bastante a montante e aí vence o pretor da H. Ulterior, L. Fufidio.
Deusa Minerva
Templo de Júpiter
Antonino "O Pio"
Pompeu
Sula
Deusa Juno
Juno a Rainha dos Deuses
Sertorio
Morte de Viriato
Viriato
(todasaAsImagensRetiradasDaNet)
Ano 92 a.C. - Este ano, P. Rutílio Rufo, é condenado por extorsão, por um júri de cavaleiros, após ter tentado pôr cobro, aos abusos dos publicanos, na província da Ásia. Este caso é muito conhecido e o primeiro deste tipo.
* Impetuosos e inexperientes nas negociações com o Velho Mundo, os romanos rejeitam este ano, a oferta de aliança de Mitridates II, um monarca cujo império se estende para além do Indo e que, 20 anos antes, fez um acordo comercial, com o imperador da China.
Ano 91 a.C. - A causa da emancipação dos habitantes da Itália é tomada em consideração pelo tribuno M. Lívio Druso, como parte de um programa mais vasto que inclui propostas de colonização agrária em Itália e nas províncias e uma reforma dos tribunais. As tentativas de Druso para obter um amplo apoio são absurdas, conseguindo apenas, despertar uma hostilidade generalizada. A proposta de estender a cidadania romana não tem qualquer hipótese. A morte do seu apoiante mais influente, o orador L. Crasso, deixa Druso politicamente isolado; as suas leis são anuladas pelo senado, com base num pormenor técnico legal, e, no final deste ano, é, assassinado, em circunstâncias misterioras. Para os aliados que tinham posto todas as suas esperanças em Druso, esta é a última gota. Antes do fim do ano, estala uma revolta armada.
* O conflito, conhecido por Guerra Social ou Mársica, é feroz e os romanos só conseguem a vitória militar reconhecendo a derrota política.
* A Guerra Social (Guerra dos Aliados) começa este ano. No seguimento da recusa persistente, por parte de romanos, de atribuir o direito de cidadania aos seus aliados italianos.
* Os insurrectos constituiram-se em Estado independente chamado Itália, com a capital em Corfinium. A revolta centrou-se nas regiões meridional e central da peninsula, e envolveu povos de língua osca dos Apeninos Centrais. Especialmente os Marsos), os Samnitas e os Lucanos, e a cidade de Asculum, em Piceno. À excepção de Venúsia, as colónias latinas, assim como as cidades gregas, permanecem fiéis a roma. Os Etruscos e os Úmbrios abstêm-se até à fases finais da guerra e são os primeiros a aceitar a cidadania romana nos termos da lex julia.
Ano 90 a.C. (664) - O cônsul L. Júlio César aprova uma lei concedendo cidadania romana a todas as comunidades legais e a quaisquer outras que deponham as armas.
* Júcio César, é cônsul este ano.
* As cidades da Apúlia passam para o lado dos insurgentes este ano.
* A Campânia Camplânios (Itália), é invadida por forças insurgentes este ano, mas é em grande parte retomada por Sila, que cerca Nola e chefia uma marcha vitoriosa para Salermo.
* P. Licínio Crasso não consegue conquistar a Lucrânia, que se junta aos revoltosos este ano.
Ano 89 a.c. (665) - Este ano um Pretor romano, imprudentemente, provoca um ataque a Mitridates, que retalia invadindo a província da Ásia e ordena o massacre de todos os romanos ali residentes. A guerra já está quase terminada, com exepção de alguns focos de resistência no sul.
* Mal é resolvida a crise italiana quando chegam notícias de um desastre nas províncias orientais.
* O poderoso rei Mitridates é do reino do Ponto
* Os Etruscos e os Úmbrios abstêm-se na Guerra Social até esta fase final e são os primeiros a aceitar a cidadania romana nos termos da lx julia.
* O governo romano invocado pelos reis Ariobarzanes e Nicomedes em pessoa, manda à Ásia Menor, para ajudar Lúcio Cássio que ali governa, o consular Mânio Aquílio, oficial que deu provas de capacidade nas guerras dos Cimbros e da Sicília, não como general no comando de um exército, mas como embaixador. Embora nem o senado romano, nem o rei Mitridates, nem o rei Nicomedes tivessem desejado um rompimento, Mânio Aquílio procura-o e a Guerra estoura, no fim do ano.
* Desde a guerra dos persas jamais houve forças comparávceis às de Mitridates. Sem contar o exército Armênio auxiliar, entra em campanha com duzentos e cinquenta mil infantes e 40 000 cavaleiros, e trezentos navios e 100 embarcações menores, cruzam o mar.
* Este ano, o privilégio das concessões daddas pelos romanos a todos os seus aliados que se permanecerem fieis, é alargado às cidades que deponham as armas no prazo de dois meses. Roma abre assim uma brecha nas fileiras rebeldes o que lhe permite reprimir a revolta. No entanto os italianos do sul nem querem ouvir falar numa reconsiliação com Roma, arranjando um aliado a oriental.
* Q. Pompeio Estrabão, cônsul, captura e destrói o centro rebelde de Auscultum após um longo cerco nos finais deste ano, e invade então o território Pelignio, os insurgentes abandonam Corfinium na Itália e retiram-se.
Ano 88 a.c. (666) - O rei Mitridates VI, ordena um massacre de todos os romanos da província da Ásia ali residentes. 80.000 pessoas são mortas.
* Por esta altura romanos e italianos estão espalhados pelas províncias romanas na qualidade de cobradores de impostos, comerciantes, prestamistas e preoprietariuos de terras. Na própria província da Ásia muitos dos italianos residentes têm empregos nas Companhias Publicanas, a que a lei de Caio Graco concedera o direito de cobrar os impostos directos. As depredações são notórias e provocam o ódio da população autóctone, que de boa vontade colabora com Mitridates desta matança.Este consegue desempenhar o papel de libertador dos gregos contra os odiados romanos “inimigos comuns de toda a humanidade”. No fim deste ano, as suas forças tinham já tomado o Egeu e invadido a Grécia.
* A tarefa de comandar um exército romano para lutar contra Mitridates é atribuida a um dos cônsules deste ano, L. Cornélio Sila, nobre sem principios nem escrupulos, originário de uma antiga família patrícia (um dos seus antepassados foi o célebre Rufino). Sila mostrou s suas capacidades como um dos lugar-tenentes de confiança de Mário nas campanhas de África e da Germânia e ganho reputação como comandante na Guerra Social. Está portanto qualificado para a tarefa de defrontar Mitridates. Esta decisão é uma decepção para Mário, que ainda é influente e esperou que lhe fosse atribuido o comando. A opinião generalizada é de que a vitória sobre Mitridates será ao mesmo tempo fácil e lucrativa, e Mário fica irritado por o prémio ir para Sila, com quem se tinha desavindo uns anos antes.
* Os descontentes chamam à frente do Estado, Lúcio Cornélio Cina, até aqui praticamente desconhecido: sabe-se somente que ele se distinguiu como oficial na Guerra Social.Quando Sila, cedendo não às Colégio dosTribunos, propõe imediatamente os projectos de lei que foram combianados no propósito de uma reacção parcial contra a restauração imaginada por Sila este ano. Estas propostas compreendem a igualdade política dos novos cidadãos e dos libertos, tal qual Sulpício quisera, e o restabelecimento dos que haviam sido reduzidos, em consequência da Revolução Sulpiciana, a seu primeiro estado.
* Este ano Mitridates VI do Ponto, consegue avançar pela província da Ásia e ocupar as ilhas do Egeu, apresentando-se como libertador e explora o ódio que os gregos têm aos romanos.
*Este ano massacre dos romanos na Ásia.
* As cidades de Apúlia são reconquistadas por Q. Metelo ste ano. Entre elas está Venúsia, única colónia latina que se uniu à causa italiana de sua livre vontade.
* Mitridates organiza secretamente uma insurreição de todo o Próximo Oriente, e num dia deste ano, em todas as cidades romanas e outros Itálicos residentes foram massacrados em condições atrozes.
* Este ano o tribuno do povo Públio Sulpício Rufo faz aos cidadãos as seguintes propostas: estipular-se que qualquer senador que deva mais de 2.000 denários perde sua cadeira no Senado; conceder-se a liberdade aos cidadãos condenados por outras cortes que não as dos jurados; distribuir os novos cidadãos em todas as tribos, e conceder aos libbertos o direito de votar em todas elas. Estas propostas encontram resistencia na maioria do Senado. Sulpício responde por um tumulto violento. O senado é obrigado a ceder e as propostas de Sulpício passam sem oposição. Para evitar o golpe que previa, concebe Sulpício o propósito de tomar de Sila o Comando Supremo. Por seu designio Caio Mário é por decreto do povo, investido do poder supremo extraordinário (proconsular) obtendo assim o exército da Campânia e a direcção da guerra contra Mitridates. Sila não se rende a esta intimidação.
* No começo da primavera Mitridates toma a ofensiva. A cavalaria Bitínia, vencida, debanda. Uma divisão romana é derrotada em Capadócia. Os helenos e os asiáticos, juntam-se para acolher com alegria o libertador. De Éfeso, o rei manda a todos os governadores e a todas as cidades colocadas sob seu domínio a ordem de matar, no mesmo dia, a todos os italianos que se encontrem dentro de suas muralhas, livres ou escravos, sem distinção de sexo nem de idade. Este crime prejudica os intereses do rei, pois obriga o senado romano a prosseguir energicamente a guerra. Mitridates dirige ainda um ataque contra a Europa. Seu filho Ariarates penetra na Trácia, na Macedónia fracamente defendida, subjugando a região, dividindo-a em satrapias do reino do Ponto. A Eubéia sofre destino semelhante. Na Grécia propriamente dita Mitridates prossegue suas operações não só pelas armas mas também pela propaganda Nacional. Desde que as tropas de Mitridates põoem os pés no ContinenteGrego, a maior parte dos pequenos estados livres, os Aqueus, os Lacônios, os Beócios e até a Tessália, juntam-se a ele.
PovosQueLutaramContraOsRomanosNestaFase
Ano 134 a.c. (620) - Graco anuncia a intensão de se candidatar a um novo mandato, fazendo alusão a nova legislação, provoca consternação geral e é acusado de regnum. No dia da eleição, alguns dos principais senadores e seus fiéis acompanhantes tentam interromper a Assembleia, e no tumulto daí resultante, Tibério Graco e 300 dos seus apoiantes são mortos. Segue-se uma caça às bruxas generalizada, em que muitos dos simpatizantes de Graco são condenados por um tribunal especial criado pelo Senado. A Sacrossanta imunidade dos tribunos foi violada e o conflito político termina, pela primeira vez na história da República Romana, num banho de sangue.
* No dia 10 de Dezembro deste ano, Graco é empossado no tribunato do povo. Desde que tomou posse do cargo, propôs a apresentação de uma lei agrária, que, sob muitos aspectos, não é outra coisa senão a renovação da lei Licínia Séxtia do ano 387. Por esta lei, as terras do Estado que são ocupadas sem pagamento pelos donos que delas usufruírem, devem ser retomadas pelo Estado. Mas, com a restrição de que cada ocupante reservará para si 500 jeiras, e para cada filho 250 (até o máximo de 1000 jeiras, no total).
* Este ano, fala-se do incêndio de uma nova estrela (estrelas novas) ou novae.
* As comédias de Terêncio encontram a mais violenta oposição no público que acha intolerável a sua linguagem sem graça e a “fraqueza de seu estilo”. Terêncio vence: até na literatura a oligarquia era toda poderosa, e a comédia artística dos privilegiados suplantou a comédia do povo. Vemos por volta deste ano, as peças de Plauto desaparecerem do reportório. O estilo de composição de Plauto enraizara-se na burguesia romana.
* O terceiro filho de Simão, João Hircano, que lhe sucede e inicia o reinado.
* Cipião queima o trigo aos Lusitanos, que não pode levar consigo, evitando que os Numantinos se abasteçam.
* A aristocracia em Roma, governa exclusivamente.
CipiãoEmiliano
LutaEmNumância
Ano 133 a.c. - Os Romanos capturam a praça forte de Numância.
* Espanha, colónia de Cartago, só é dominada integralmente por Roma este ano, quando estes a submetem integralmente os Celtiberos.
* Um dos menos edificantes capítulos da história romana chega ao fim este ano, quando Cipião Emiliano (neto adoptivo do vencedor de Zama), conquista e destrói Numância, principal fortaleza dos Celtiberos. Continuou, no entanto, a ser necessária uma presença militar permanente e o canto noroeste da Hispânia continuou por conquistar até à época de Augusto.
* É evidente que no Mediterrâneo Ocidental os romanos se empenharam numa política agressiva, com o objectivo de aumentarem as suas possessões à custa dos “bárbaros” nativos. Isto levou a uma série quase interminável de guerras na Gália e na Hispânia.
* A segurança interna, as crescentes dificuldades de recrutamento e as péssimas condições de vida do proletariado rural foram os problemas que Tibério Graco se dispôs a resolver durante o seu mandato de tribuno, este ano. A solução por ele cuidadosamente planeada, uma única lei agrária, era de concepção simples, ostensivamente moderada na forma de efeito potencialmente revolucionário. Graco propôs restabelecer os camponeses despojados em parcelas de terrenos públicos. As terras necessárias deviam tornar-se disponíveis pela imposição do limite legal (500 ingera) à extensão das propriedades individuais do ager publicus e retomando, em nome do Estado, as terras que excedessem esse limite a tarefas de recuperação das terras seria levada a cabo por uma comissão de três homens, que depois as distribuíam, em pequenas parcelas, aos pobres. O que esta disposição tinha de positivo era o facto de não atacar os direitos tradicionais da propriedade privada, mas, pelo contrário, de afectar apenas os que já estavam fora da lei. Contudo, na prática, o projecto da lei de Graco constituiu uma grande ameaça para os interesses de muitos proprietários abastados e provocou uma intensa oposição. Por outro lado o apoio popular estava assegurado, sobretudo entre os camponeses pobres, que afluíram em massa a Roma para votar o projecto. Uma tentativa para a vetar foi frustrada quando Graco fez expulsar o tribuno ofendido do seu cargo; a lei foi aprovada e a comissão devidamente constituída pelo próprio Tibério Graco, pelo seu irmão Caio e pelo sogro, Ápio Cláudio. Mas a oposição começou a ficar alarmada com as implicações políticas do que estava a acontecer. Graco tinha proposto a sua lei sem consultar o Senado, como era costume, ignorado o veto de um colega por meios possivelmente ilegais e estava a prestar serviço na sua própria comissão de terras.
* Este ano, o regente selêucida Antíoco Sidete recebe informação de seus conselheiros de que Jerusalem deve ser destruída e o povo judeu aniquilado porque é o único povo da terra que se recusa a assossiar-se com o resto da humanidade.
* Além disso, não hesita em fazer uso de um acontecimento inesperado que ocorreu aquando da morte de Átalo III, rei de Pérgamo, que legou o seu reino aos romanos. Imediatamente Graco decreta que esse legado deve ser aceite e os tesouros reais distribuidos entre os contemplados com parcelas de terra, para os ajudar a aprovisionar as suas quintas. A oposição fica escandalizada com esta interferência sem precedentes no controlo tradicional das finanças públicas pelo Senado.
* Tibério Graco é eleito tribuno da plebe e consegue a aprovação de uma lei agrária que limita a extensão dos latifúndios da nobreza e autoriza a distribuição de terras para os desempregados. Esta lei é uma tentativa de reconstruir a classe dos antigos camponeses romanos através da divisão da terra e da restauração da pequena propriedade agrária.
* Roma substuiu-se gradualmente aos reis. Um deles, Átalo III, que reina no país de Pérgamo (onde se situavam as recordações trioanas), concede aos romanos a herança do seu reino este ano.
* Roma anexa parte do império selêucida, este ano, a dinastia dos atálias extingue-se com o rei Átalo III. É evidente que este deixa o reino aos romanos. A legalidade desta herança é assaz contestável. Mas que importa isso a Roma a Asia Menor torna-se a primeira provincia romana do oriente e recebe o nome de Ásia.
* Cipião não é capaz de pôr termo às desgraças do exército da Península Ibérica. Os soldados, desmoralizados, são incapazes de conquistar Numância. A única solução é estabelecer um bloqueio e esfaimar a cidade. Também foi assim que Cartago acabou vencida. Cipião instala, 60 000 homens à volta da cidade, que conta no máximo com 8 000 defensores. A situação de Numância em breve se torna tão desesperada que se verificam casos de antropofagia entre os cidadãos. A fome quebra o orgulho dos habitantes. Este ano a cidade rende-se. Muitos cidadãos suicidam-se para não caírem nas mãos dos legionários. Numância é arrasada e o seu vencedor passa então a chamar-se Públio Cornélio Cipião Emiliano Africano Numantino. Toda a Península Ibérica é agora território romano, excepto as inacessíveis montanhas do Norte. Roma estende o seu poder até ao oceano Atlântico. A língua latina e a civilização romana implantam-se na Península Ibérica.
* O jovem Tibério Graco, ardente patriota, vê uma solução para a miséria social. Não tem de modo algum intenção de derrubar a República, mas pretende reformá-la por meio de reformas. Também não deseja entregar o poder ao proletariado, pelo contrário, pretende abolir este último, fazendo de cada proletário um proprietario agrícola. E, este ano faz-se eleger tribuno da plebe para poder realizar os seus projectos. Uma lei muito antiga estipula que ninguém pode possuir mais de 1 250 000 metros quadrados de terras do Estado. Tibério Graco, propõe a aplicação desta lei, embora aumente esse máximo para o dobro. O resto será dividido em pequenos talhões de 75 000 metros quadrados cada um, que reverterão para os cidadãos pobres. E para que estas pequenas propriedades não possam ser readquiridas pelos grandes domínios, não podem ser vendidas mas unicamente transmitidas por herança. A proposta provoca um clamor de indignação entre os grandes proprietarios. Mas os pobres comprimem-se aos milhares na assembleia para aí ouvirem a boa nova.
Ano 132 a.C. - Os grandes proprietários rurais opõem-se à aplicação da lei agrária e este ano, Tibério Graco, acusado de aspirar ao poder real, é assassinado com mais de 500 partidários.
* Este ano, na Sicília, os romanos conseguem acabar com a sublevação dos escravos Sicilianos e eliminam mais de 200 000 rebeldes.
*Nascimento de Mitridates VI, do Ponto.
RuínasDeNumância
Ano 129 a.C. ( 625) - É pela influência de Cipião Emiliano que, um decreto do povo passa à jurisdição o poder, e entrega aos cônsules a decisão sobre a questão de especificar o que é possessão do Estado ou possessão particular.
Ano 128 a.c. - Era tal a origem da excomunhão feroz com que os judeus feriam os Samaritanos, que a sua capital, é totalmente arruinada por João Hircão.
* A luta social faz uma nova vítima. O célebre Cipião-o-Africano, o Moço, que voltara de Numância pouco depois da morte de Tibério Graco, casara com a irmã do assassinado e é tido como um partidário moderado das reformas do tribuno. Espera muito mais dos aliados italianos do que do proletariado urbano de Roma. E toma o partido dos aliados e ataca asperamente as atribuições da comissão de partilha. Deste modo atrai sobre si o ódio do partido popular e Caio Graco declara-o abertamente tirano. Numa manhã deste ano, o vencedor da Península Ibérica é encontrado morto no seu leito. Assim morre o maior general e homem de Estado que Roma possui, um homem a quem todos reconhecem honestidade, desinteresse e sentido de justiça. Morre aproximadamente com a mesma idade que o seu grande homónimo.
Ano 126 a.C. - Roma exige e obtém garantias por parte de Asdrúbal de que os Cartagineses confinariam as suas actividades à região a sul do rio Ebro.
Ano 125 a.C. - Moeda de C. Metelo este ano, representa Júpiter num carro puxado por elefantes.
Ano 124 a.C. - Conquista romana da Provença. Entremont, santuário dos Sálios, é destruído pelos Romanos.
* Um exército romano derrota os Sálios, tribo celta (pelo menos em parte) que está em hostilidades com Massília.
Ano 123 a.C (691) - Eleição de Caio Graco para tribuno da plebe e retoma o projecto de reforma agrária. Para obter o apoio dos cavaleiros, faz aprovar uma lei judiciária que vai aumentar a participação desta classe na administração do Estado. Consegue também a aprovação da lei frumentária que obriga o Estado a vender o trigo a baixo preço para os cidadãos mais pobres.
* A supressão da pirataria, que encontra perigosos covis nas Baleares, pela ocupação dessas ilhas por Quinto Cecílio Metelo, este ano, serve muito para aumentar a prosperidade do comércio espanhol. Apesar de sérias desordens em seus confins, a Espanha é a região florescente e a mais bem organizada das possessões romanas. O sistema dos dízimos ainda é aqui desconhecido. A população numerosa e o país rico em trigo e em gado.
Ano 122 a.c. (632) - Nos finais deste ano, Graco vai perdendo gradualmente o seu apoio.
* No fim de seu segundo tribunato, Graco, propõe dar aos latinos o direito de cidadania e, aos outros italiotas, os direitos até aqui reservados aos latinos. Mas o propósito fracassa diante da oposição combinada do senado e da massa popular dominante. A aristocracia concebe o plano de guerrear em seu próprio terreno o autor das generosas doaçoões de trigo e de terras.
(De 134 a 104 a.c.) - JOÃO HIRCANO (rei Hasmoneu)
Os membros da comunidade de Qumran deferem-se como os filhos da luz, título que Deus lhes concedeu ao escolhe-los para servi-lo e conduzir o combate contra os filhos das Trevas.
A sua doutrina religiosa é fundamentalmente dualista. estão convencidos de que Deus entregou momentaneamente o mundo às forças do mal, mas que nos fins dos tempos o Espírito de Verdade, atrás do qual se enfileiraram os Filhos da Luz, acabará por triunfar sobre o Anjo das Trevas. Os membros da sua seita põem todos os seus bens em comum, após um período de iniciação. Vivem em grupos de dez ou doze e tomam as suas refeições em conjunto. Consideram que a sua comunidade é uma resposta ao apelo de Isaías-40,3; "Preparei no deserto um caminho para o Senhor."
moeda de João Hircano
Átalo III
(todasasimagensretiradasdanet)
Ano 154 a.C. - Púnico vence Calpúrnio. Calpúrnio perde 6000 homens, e entre eles o seu questor Terêncio Varrão. Ajudado pelos Vetões, uma tribo vizinha pela parte do oriente, Púnico desce sobre a Andaluzia e alcança uma cidade mediterrânica e põe-lhe cerco. Foi aqui morto por uma pedrada lançada pelos sitiados, mas os Lusitanos tomam por chefe a Césaro e continuam a guerra.
Ano 153 a.C - O pretor Lúcio Múmio perde contra Césaro uma poderosa batalha onde deixa 9000 mortos. Os Lusitanos, que arrebatam estandartes romanos, passeiam-nos pela Celtibéria, incitando à luta as tribos desta região. Comandados por Cauceno, os lusitanos, atacam o Algarve e tomam Conistorgis. Passam à África e assaltam Okile, onde são destroçados por Múmio.
* Aliança lusitana entre Púnico, Caisaros, Caunceno e Vetões.
Os Lusitanos de Caisaros, vencem Mummio.
Os Lusitanos conquistam a sul, Conistorgis.
Os Cuneus Tornam-se súbditos de Roma.
• O pretor Lúcio Múmio perde contra Césaro uma poderosa batalha onde deixa 9000 mortos. Os Lusitanos, que arrebatam estandartes romanos, passeiam-nos pela Celtibéria, incitando à luta as tribos desta região. Comandados por Cauceno, os lusitanos, atacam o Algarve e tomam Conistorgis. Passam à África e assaltam Okile, onde são destroçados por Múmio.
(História de Roma)
- Os Lusitanos "Comem sentados em bancos, dispondo-se entre segundo as idades e dignidades, os alimentos circulam de mão em mão, enquanto bebem, dançam os homens ao som de flautas e trompetas, saltando alto e caindo de joelhos (...)
Os homens vestidos de preto, na sua maioria com mantas de lã (sagas). As mulheres de vestido com adornos florais".
Ano 152 a.C. - Este ano os selêucidas abandonam sua tentativa de helenizar Judá pela força e reconhecem Jônatas, agora chefe de família, como sumo sacerdote, uma função que os hasmoneanos devem exercer por 115 anos.
* Veem-se fios de virgem em veii
* O pretor Marco Atílio substituiu Múmio este ano e consegue tomar uma grande cidade lusitana: Oxthracas. M. Marcelo, governador da Citerior, vem em seu auxílio e derrota dos Lusitanos.
Ano 151 a.C. - Sérvio Sulpício Galba, massacra milhares de lusitanos depois destes se terem, rendido, é absolvido em julgamento, embora a sua culpabilidade seja palpável. Muita pouca gente em Roma se preocupa com o que acontece aos bárbaros.
* A nova guerra contra os Celtiberos termina este ano. Estas guerras Hispânicas causam grandes dificuldades e custos elevados aos romanos, assim como enormes desastres para os Hispanos, que sofrem inúmeras atrocidades.
* Sérvio Sulpício Galba é o pretor designado para a Hispânia Ulterior este ano. O seu primeiro recontro com os lusitanos dá-.se a norte de Carmona, lugar onde o pretor se acolhe depois da derrota, perdidos 7000 dos seus homens. Galba passa o inverno em Conistorgis, no Algarve.
Ano 150 a.C. - No fim do Inverno, as tropas lusitanas são vítimas de uma armadilha, sendo repelidas pelo pretor Sérvio Sulpício Galba, governador da Hispânia Ulterior. Para conseguir a vitória, Galba conta com o apoio de Luculo, governador da península Citerior.
* Por volta deste ano, uma sublevação Macedónia, sob o comando de um pretendente chamado Andrisco, leva os romanos mais uma vez a intervir.
* Tem início a Terceira Guerra Púnica, quando Roma intervém numa disputa entre Cartago e o rei da Numíadia, Masinissa, amigo e aliado de Roma.
* Galba e Lúcio Licínio Luculo, este governador da Hiapanha Citerior, unem as suas forças contra os Lusitanos, embora cada um na sua frente. Luculo derrota e mata de uma vez 4000 Lusitanos. De outra vez cai sobre um grupo que se dirige a Gades (Cádis), mata 1500, os restantes fogem para um cabeço, ele cerca-os e fá-los prisioneiros. Depois informa Apiano, entra na Lusitânia e devasta-a região por região. Os lusitanos propõem a paz. Fingindo aceitar Galba convoca-os para lhes distribuir terras. Galba recebe os legados dos Lusitanos que vão propor a paz e reconhece a pobreza Lusitana: “ É a esterilidade dos vossos campos e a pobreza, que vos obriga ao latrocínio”. Por isso se quereis a amizade dar-vos-ei as terras de que necessitais, fixando-vos numa fértil planície que dividirei em três partes”. Dividiu-os efectivamente em três grupos e depois de os ter obrigado a entregar as armas cerca-os com as suas tropas e ataca-os. Morrem 9000 Lusitanos que resistiram. 20 000 rendidos foram enviados para a Gália, como escravos.
* Este ano, Viriato encontra-se entre os lusitanos que Sulpício Galba cerca. Porém Viriato consegue escapar à chacina do pretor.
* O particularismo, tara hereditária do ramo ibérico, impede a união nacional. A revolta mais perigosa é a dos Lusitanos, povo muito independente que habita a região que hoje é Portugal. Um dos governadores romanos, Galba, cobre-se de vergonha este ano, quando, a pretexto de negociações, reúne 7 000 iberos e os manda cercar pelas suas tropas, vendendo parte deles como escravos e chacinando quase todos os outros. Uma das raras pessoas que conseguem escapar à armadilha de Galba, é um pastor de nome Viriato. Até aqui defendeu o seu rebanho contra animais selvagens e salteadores, mas, a partir deste momento põe-se à testa dos seus compatriotas e lança-se numa luta mortal contra os romanos perjuros.
Ano 149 a.C. - Fim do reinado em Roma, de Catão-o-Censor.
* Galba, acusado de tão grande perfídia aos lusitanos, no ano anterior é julgado, mas absolvido. O discurso de Catão a favor dos Lusitanos, não consegue a condenaçao de Galba, mas é determinante na criação de um tribunal para julgamento dos abusos dos pretores.
* Nem Catão nem Masinissa assistem à queda de Cartago. Morrem este ano. O rei Númida conta 90 anos.
* Galba é acusado em Roma, pelo crime aos Lusitanos no ano anterior, mas a Assembleia do Povo tem a imprudência de lhe perdoar.
Ano 147 a.C. - Viriato assume a chefia da resistência Lusitana, que levará a cabo uma luta de guerrilha com consideráveis vitórias sobre o exército romano. Os Lusitanos fazem uma incursão no vale do Bétis, na Turdetânia, mas são repelidos pelas tropas romanas comandadas por Vetílio.
* A guerra reacende-se na Lusitânia, chefiada por Viriato. Cerca de 10 000 homens que haviam descido ao vale do Guadalquivir são cercados por Vetílio, governador da Ulterior. A dificuldade de romper o cerco obriga-os a negociar. Viriato, que se encontra no meio deles, recorda-lhes quanto é hábito entre os Romanos quebrar os acordos e mostra-lhes que a fuga, embora difícil, não é impossível. É aqui que tomam Viriato por seu chefe. Viriato dispõe os seus homens como para uma batalha campal e manda-lhes que a um sinal dado (quando montasse o cavalo) forcem o cerco pelos pontos mais fracos, em grupos apinhados. Os Lusitanos assim fazem e conseguem salvar-se. Durante dois dias Viriato, com 1000 cavaleiros, entretêm o exército romano nas vizinhanças da cidade de Urso, furtando-se-lhe e logo reaparecendo. Assim dá tempo a que os Lusitanos, dispersos em pequenos grupos, voltem a reunir-se em Tribola, a sul de Urso e o exército romano que os persegue é finalmente derrotado no vale de Barbésula (hoje Guadiano). Vetílio perde a vida e dos 10 000 homens apenas seis mil conseguem fugir e refugiar-se em Carteia. O questor de Vetílio toma o comando das tropas, mas não se atreve a contra-atacar. Dispondo de um exército de 5 000 indígenas, na sua maior parte das tribos celtibéricas de Belos e Titos, foi estes que mandou contra Viriato, que não tem dificuldades em derrotá-los.
* As operações romanas tomam nova amplitude, graças à eleição para o consulado do jovem Públio Cornélio Cipião Emiliano. Este filho de Paulo Emílio e filho adoptivo de Cipião-o-Africano que herda o altruísmo e o bom senso do pai, mas talvez se pareça mais ainda com o seu cavalheiresco e generoso homónimo.
* O pretor Vetílio vence os dez mil lusitanos que atacam a Turdetânia. Viriato torna-se o chefe dos Lusitanos, vence Vetílio em Tríbola.
(Os Lusitanos no Contexto Peninsular)
* As uvas, os girassóis brancos, os espargos e outras plantas semelhantes só não produziam três meses no ano.
Ano 146 a.C. (608 a.C.) - Destruição de Cartago pelas legiões romanas. Com a destruição de Cartago Roma domina também uma parte do norte de África.
* Por insistência do velho Catão, os romanos decidem destruir a cidade. Os cartagineses resistem desesperadamente, mas a cidade acaba por se render ao general romano Cipião Emiliano, que a arrasa este ano. O seu território constitui a nova província de África.
* Na primavera, Lélio consegue escalar o muro, mal defendido por uma guarnição esfomeada e penetra assim no porto interior. A cidade está tomada, mas a luta não terminou de modo algum. Os assaltantes ocupam a praça do mercado contígua ao pequeno porto, e avançam através das três ruas estreitas que conduzem à cidadela; sua marcha é lenta, pois as casas de seis andares têm que ser tomadas uma após outra. Passam assim seis dias terriveis para os habitantes da cidade, e terriveis também para os assaltantes; chegam enfim diante da rocha escarpada da cidadela, onde se refugiara Asdrúbal com o que lhe restava dos soldados. O resto da populção, refugiada na cidadela, pede para capitular. A vida é-lhes concedida a muito custo, e vê-se aparecer diante do vencedor 30 000 homens e 25 000 mulheres, menos da décima parte da antiga população.
* No começo do ano, os Aqueus entram na Grécia, na Tessália, para forçar novamente a obediência de Heracléia, no Eta, que, conforme o decreto do Senado, deixara a confederação Aquéia. O cônsul Lúcio Múmio, que o Senado enviara à Grécia, não chegou ainda: Metelo toma a si a tarefa de proteger Heracléia com legiões macedônias.
* Apesar das condições de paz muito duras, a prosperidade de Cartago não enfraquece, pelo contrário. Catão, o Antigo, pela sua famosa fórmula Deleuda est Carthago (Cartago deve ser destruída), leva os romanos a retomarem a luta. Uma expedição Púnica contra o seu aliado Massinissa, rei da Numidia, fornece-lhes o pretexto para uma terceira declaração de guerra. Mas a guerra tem uma causa mais profunda: Cartago deve ser aniquilada porque ameaça os interesses financeiros romanos. Desta vez, a cidade é totalmente destruída, este ano. Os sobreviventes são vendidos como escravos, a terra votada aos deuses dos infernos. O desaparecimento de Cartago arranca, até, lágrimas ao vencedor, Cipião Emiliano.
* A antiga cidade fenícia de Cartago, foi totalmente arrasada por Cipião Emiliano, este ano.
* A antiga cidade grega de Corinto foi destruída por Roma este ano, como exemplo para o resto do Império. A marcha triunfal da expansão imperial de Roma termina com a destruição de Corinto e Cartago este ano.
* O poder de Cartago, tão orgulhosa do seu comércio, foi enfraquecido pelos romanos em três guerras que se caracterizaram por uma extraordinária violência. A cidade é finalmente arrasada por completo: “que Cartago seja destruída”, foi a sentença romana que se cumpriu.
* O pretor C. Pláucio Hipseu toma o comando da Hispania Ulterior, substituindo Vetílio, os lLusitanos saqueiam Carpetânia, a norte do tejo. Pláucio procura-os para lhes dar combate, mas deixa-se enganar por uma táctica á qual Viriato frequentemente recorre, simulando fugir com receio das armas romanas, os lusiatanos atacam a certa altura os perseguidores de surpresa e em terreno que os favorece. Pláucio, não obstante a derrota, segue os lusitanoas até Mons Veneris, onde Viriato está acampado. Sofre uma derrota e renuncia a outras operações ate ao fim do seu mandato.
* Viriato mantem os seus homens em Mons Veneris.
* Viriato ataca Segóvia e Segobriga, cidades pró-romanas.
* Tomada de Cartago põe termo àTerceira Guerra Púnica, e a destruição de Corinto concluiu as operações contra a Liga Acaia.
* Outrora os Romanos tinham visto os Gregos apenas de longe. Admiravam as suas importantes descobertas científicas, as suas artes, a sua literatura e, em geral, o refinamento da sua cultura. Viam agora o reverso da medalha e, em primeirissimo lugar a incapacidade congénita dos Gregos para se entenderem uns com os outros. Novas dissensões obrigam Roma a intervir. Oos romanos enviam árbitos a Corinto, mas estes são recebidos com injúrias. Em seguida os gregos lançam-se uns contra os outros. Mas esta situação já dura há tempo de mais. E, este ano, o governador romano da Macedónia, penetra na Grécia e desbarata as tropas daqueles desordeiros. Os Gregos acabam de travar o último cambate para salvar a sua independência. O único resultado é passarem a estar sob a autoridade do governador romano da Macedónia, em vez de dependerem directamente do senado. Mas podem conservar a sua autonomia comunal, modificando-a no entanto, num sentido mais aristocrático. E são considerados aliados de Roma. Os romanos só lhes tiram um direito. O de fazerem a guerra ou concluírem a paz, o seu mais estimado privilégio, e os helenos têm de pagar a Roma em contrapartida da sua protecção armada.
Ano 145 a.C. - O cônsul Q. Fábio Máximo Emiliano vem para a Hispânia Ulterior. A sua nomeação, como irmão de Cipião Africano, para um lugar exercido até aqui por pretores, é uma vitória da facção do Senado partidária dos Cipiões.
* Fábio recebe um exército de 17 000 homens, na sua maioria recrutas. Todo este ano, evita grandes recontros.
* Viriato triunfa sobre Nigídio, pretror da Hispania Citerior.
guerreiro lusitano
guereiro konii
guerreiros romanos
guereiros lusiatnos
Ano 167 a.C. -Em menos de 100 anos os romanos reduzem o poderio de Cartago como também humilham as mais importantes potências do Leste Grego, conseguindo ser, este ano, soberanos efectivos do Mediterrânio.
*As ordens dadas por Antíoco IV Epífanes, este ano, perdem a sua validade e é garantido o livre exercício do culto divino e são de novo reconhecidas as reuniões religiosas em Jerusalém. Foram alcançados os objectivos da sublevação dos judeus.
* Em Alba Fucens, é construida segundo um plano em grelha, dentro de um impressionante recinto de mulralhas defensivas, uma colónia romana. O rei Perseu da Macedónia esteve aqui prisioneiro após a sua rendição, este ano.
*Em Dezembro deste ano, sob o comando de Antíoco IV a religião judaica é proscrita e o Templo profanado pelo culto a Zeus Olimpico. Este decisão de Antíoco provoca a revolta dos Macabeus, inspirada pelo sacerdote Matatias de Modin e dirigida pelos seus filhos.
*Quem promove o levantamento judaico é a casa de Matatias (a dinastia dos Asmoneus)
* Início dos Os Macabreus.
* A ilha de Delos, centro importante, que os romanos declaram Porto Franco este ano, de acordo com a política de prejudicar o comércio de Rodes.
*O conflito em Jerusalem chega a um ponto culminante com a publicação de um decreto que, com efeito, abole a lei mosaica como está, substituindo-a por uma lei secular e reduzindo o Templo a um local ecumênico de culto.
Ano 166 a.C. - Perseu, rei da Macedónia a partir deste ano.
* Vêem-se fios de virgem em Veii.
Ano 165 a.C. - A partir deste ano, os grandes conquistadores Macabeus empregam a força para judaízar os Beduínos do Sul, os Idumeus, tradicionalmente inimigos dos descendentes de Jacob, após o caso do prato de lentilhas. Esta judaízação de toda a Palestina não prevalece todavia contra a diversidade das origens.
* Fim do reinado de Demétrio, que tinha alargado o Império de seu pai, e depois do desmoneramento do Império Maurya, conquista Taxila, a região litoral, até Guzarate e parte da India Central e do Ganges.
Ano 164 a.C. -Fim do reinado de Antíoco IV.
*Judas Macabeu conquista Jerusalém e restabelece a ordem antiga do Templo. O altar é reconstruído e as oferendas a Iavé voltam a fazer-se como no passado.
*Os cinco filhos do velho homem, liderados por Judas Macabeu, ou “Martelo”, lançam uma campanha de guerrilheiros contra guarnições Selêucidas e seus defensores judeus. Em dois anos, levam todos os gregos para fora da área ao redor de Jesrusalém. Na própria cidade confinam reformadores e também Selêucidas na Acra e purgaram o Templo de seus sacrilégios, reconsagrando-o a Iavé em numa cerimónia solene em Dezembro deste ano, um evento que os judeus ainda celebram na Festa de Hanuká, ou Purificação. Os Selêucidas têm inúmeras dificuldades próprias, incluindo o poder ascendente de Roma.
Ano 163 a.C. -Os Lusitanos atacam os romanos.
Ano 162 a.C. -Este ano, o filho e sucessor de Epifanes, Antíoco V, ataca Menelau, “o homem a culpar por toda a conturbação” pois tinha persuadido seu pai a obrigar os judeus a abandonarem sua tradicional adoração a Deus, e o executa.
*Este ano, as tropas Selêucidas estão na fortaleza de Betsur. Os muros são levantados por Judas Macabeu. A fortaleza tinha cantinas e as rações dos soldados dispunham de vinho: um nobre licor dos vinhedos que cresciam nas colinas da Grécia. Havia ânforas para o vinho em grande número.
Ano 161 a.C. -A família Hasmoneana responde assinando uma aliança com Roma, em que são tratados com a família e regente, membros de um estado independente.
*Os Selêucidas fortificam novamente a fortaleza de Betsur, este ano. Sobre os muros derrubados dos Macabeus, ergue-se uma nova cidadela com muros de típica construção Helénica. “O seu general Báquides, edificou cidades fortes na Judeia... Fortifica também a cidade de Betsur... e põe nela tropas e provisões de mantimentos.
Ano 159 a.C. -Terêncio (escritor), cognominado o Africano, que saiu de África ainda criança e veio para Roma, sendo aqui escravo de um senador, que surpreendido com as suas faculdades, lhe manda ministrar uma cuidadosa educação, libertando-o depois. Morre, este ano, com 26 anos de idade.
Ano 157 a.C. - Todo o ódio romano, pelo inimigo vencido, se encarna na pessoa de Catão-o-Censor. Este ano está em África para uma missão de inquérito. Aqui, compreende que os seus temores são mais do que justificados. Então, Cartago, cidade transbordante de riqueza, é vencida. Roma não pode considerar-se em segurança enquanto Cartago mostrar esta insolente prosperidade. A vida de Roma exige a morte de Cartago. Isto tona-se nele (Catão) uma ideia fixa.
Ano 155 a.C -Início da Guerra Lusitana. Reacende-se a guerra Hispânica. Púnico, um chefe Lusitano, vence o pretor Mânio Mânlio.
IMAGENS RETIRADAS DA NET, DESTE PERÍODO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
celtas/lusitanos
mapa/lusitania
ataque lusitano
Viriato
Zeus
Antíoco IV
Ano 181 a.C. - As querelas com o irmão mais novo, o filorromano Demétrio, de Perseu, levam Filipe V a apoiar o primogénito e condenar à morte o filho dissidente, este ano. Perseu é o filho mais velho de Filipe V.
Ano 180 a.C. - Morre o historiador Grego Políbio.
Ano 179 a.C. (575) - Filipe morre, aos cinquenta e nove anos, e deixa um reino abalado e uma família dividida. Perseu sobe ao trono aos trinta e um anos e, como em criança, participou da guerra com Roma, herda ao mesmo tempo que o reino de seu pai, seus temores, ressentimentos e esperanças. Devota-se com uma convicção inflexível, à continuação da obra paterna, preparando-se com mais ardor que nunca para combater Roma.
*Perseu sucede a seu pai Filipe V da Macedónia, e tenta reconciliar-se com os Estados gregos, apelando às classes mais baixas das cidades gregas, obtendo alguns êxitos iniciais.
*Ao subir ao trono, Perseu tenta evitar novo conflito com Roma. Assim, depois de ter consolidado a situação na Macedónia, dá-se a uma política de expansão no Norte do País (Trácia, Dardânia, Ilíria).
*Termina a guerra na Hispânia Citerior, quando T. Sempónio Graco pacifica as provincias e faz uma aliança com os Celtiberos.
Ano 178 a.C. - Tibério Semprónio Graco, mantém o governo da Espanha Citerior até este ano, data da fundação de Gracaunis, na margem direita do Ebro, hoje Alfaro, entre Cascante e Calahorra. Os tratados que conclui com os Celtiberos garantem a paz por muito tempo entre este povo e os romanos.
Ano 176 a.C. - Após a colonização da Macedónia, este ano, o tributum é abolido e as propriedades dos cidadãos romanos de Itália deixam de estar sujeitas a impostos directos. Uma elevada percentagem do rendimento Público é reinvestida em mais conquistas, isto é, gasta no abastecimento do exército. O restante é gasto em grandes projectos de construção levados a cabo por Roma e nas cidades de Itália.
* O rendimento do Estado, sob a forma de despojos, indemnizações e impostos, é enorme.
Ano 175 a.C. - O movimento da reforma judaica encontra um entusiasta, porém perigoso aliado do novo monarca selêucida, Antíoco Epifanes. Sobe Antíoco IV, a religião judaica vai ser proscrita e o Templo profanado pelo culto de Zeus Olímpico.
*São vistos três sóis.
Ano 174 a.C. -O primeiro imperador Han realiza oferendas rituais diante do túmulo de Confúncio.
*São vistos três sóis.
Ano 173 a.C. -Aparece no céu uma grande frota.Em Priverno, uma lã cinzenta cobre o solo.
Ano 171 a.C. - Este ano, Antíoco acha necessário substituir Jasão como sumo sacerdote pelo ainda mais pró-grego Menelau e reforça o poder grego em Jerusalém, construindo uma fortaleza-acrópole dominando o Templo.
* Os Romanos intervêm militarmente no mundo grego, enviando um exército que atravessa o Adriático para defrontar Perseu. Este sai vencedor de uma batalha em Callinicos.
*Os êxitos militares e diplomáticos de Perseu, e o crescente prestigio que granjeia no Mediterrânio Ocidental, alarmam Êumenes II de Pérgamo, que vai a Roma acusar de imperialismo o soberano macedónico. O Senado delibera mover-lhe uma guerra este ano.
* São vistos três sóis.
Ano 168 a.C. - O rei da Síria decide helenizar profundamente a Judeia e particularmente consagrar o Templo a Júpiter Olímpico. Eclode então a insurreição chefiada por Matatias e depois por seus filhos, ditos “os Macabeus”. Mas Roma, que, para se infiltrar no Oriente, apoia os pequenos chefes locais contra as grandes soberanias, detém a Síria. Graças a esta confrontação ainda pacifica entre Roma e os herdeiros de Alexandre a Palestina reencontra a independência.
*Os macedónios revoltam-se, daí que este ano, a Macedónia transforma-se em província romana.
*Cónscio da superioridade inimiga Perseu (da Macedónia) adopta uma estratégia defensiva que lhe rende vitórias sobre chefes militares mediocres (como Lícinio Crasso, em Calínio, na Tessália). Mas Paulo Emilio desbarata o seu aliado Gêntio e compele Perseu a uma batalha decisiva em Pidua neste ano. A carga da falange macedónica veio esmagar-se contra a solidez das linhas romanas. Completamente derrotado, Perseu refugia-se em Samotrácia, onde, abandonado por todos, se rende ao vencedor.
*Perseu figura no cortejo triunfal de Paulo Emílio.
*Perseu sofre uma derrota decisiva, frente a L. Emílio Paulo, na batalha de Pidua. O exército macedónico fica quase completamente destruído e o próprio Perseu rende-se pouco depois. O acordo estabelecido após a batalha de Pidua é duro e mostra até que ponto os Romanos mudaram. A Macedónia é dividida em quatro repúblicas separadas e a sua população forçada a pagar tributo a Roma, a metade da taxa cobrada por Perseu. Deste modo os romanos têm o benefício do governo directo sem terem de suportar as cargas da Administração e da Defesa.
*Um destino cruel foi reservado aos Molossianos do Epiro, que colaboraram com Perseu, após a vitória deste em Callinicos. O seu território foi sistematicamente pilhado pelo exército de Paulo, e a população escravizada. É levada a cabo uma purga geral de elementos anti-romanos nos Estados gregos, sendo de destacar a deportação de 1000 membros das classes mais elevadas da Liga Egeia para a Itália, onde são presos sem julgamento. O mais famoso destes detidos é o historiador Políbio.
* Na Ásia, Pérgamo e Rodes são punidas com perdas de território, já que não participaram na guerra, adiando intencionalmente a decisão de o fazer. Roma demonstra assim, não estar disposta a tolerar a menor intenção de desobediência por parte dos seus súbditos. É mediante estes métodos que os romanos conseguem governar indirectamente a Grécia por mais 18 anos.
* Tendo vencido Cartago, Roma volta-se para o Oriente, esmaga os Macedónios, aliados dos Cartagineses, este ano, e submete a Grécia.
* Os macedonios são vencidos numa sangrenta batalha. o seu vencedor Paulo Emílio, digno homónio e digno filho do cônsul caído em Canas. Perseu vai morrer nas prisões romanas.
*Um episódio de guerra entre Roma e Perseu da Macedónia, mostra a atitude que um senador romano pode assumir. Este ano, o senado soube que o seleucida Antíoco IV domina o Egipto, o que é contrário aos interesses de Roma. O senado envia um dos seus membros, Pompílio, para pôr termo a esta inoportuna conquista. Pompílio encontra-se com o senhor da Ásia perto de Alexandria. antes mesmo de ter chegado junto do seu visitante, já o grande rei saudava o representante do poderoso povo romano, mas Pompílio não reage. Sem a menor manifestação de cortesia, estende ao rei o ucasse do senado romano. Antíoco lê a carta e diz: Vou deliberar com os meus conselheiros. Mas pPompílio não lhe dá oportunidade para isso. Com o seu bastão, traça na areia um círculo em redor do rei e ordena: Dar-me-ás a resposta no interior deste circulo. O rei estupefacto, fica tão impressionado que não pode proferir o mínimo protesto. Por fim, depois de um penoso silencio, responde: Coloco-me às ordens dos Romanos. Pompílio subitamente amistoso, estende então a mão ao autocrata oriental. Antíoco tem de retirar sem demora as suas tropas do Egipto. Pompílio ocupa-se da Administração do país e ordena aos dois reis que vivam em paz.
(fotosretiradasdanet)
Ano 192 a.C. (562) - Supremacia romana em toda a Gália Cisalpina.
* Os Etólios, ressentidos por Flamínio não lhes permitir ocupar alguns dos seus territórios anteriores evacuados por Filipe, tomam a cidade fortificada de Demétria e pedem a Antíoco que venha livrar os Gregos dos Romanos. Antíoco responde ao pedido levando uma pequena força expedicionária para a Grécia.
* No Verão, uma frota romana de trezentas velas, tendo a bordo três mil soldados, sob o comando de Aulo Atílio Serrano, apareceu na altura de Giteu. Antíoco reúne as naves e as tropas que tem em mãos, contando quarenta naves e dez mil homens de infantaria com quinhentos cavaleiros e seis elefantes. Parte do Quersoneso, na Trácia, para a Grécia, onde desembarca no Outono em Ptéleo, no golfo de Pégaso, ocupando imediatamente a cidade vizinha de Demetríade, enquanto um exército romano de aproximadamente vinte cinco mil homens, sob as ordens do pretor Marco Bébio, desembarca na Apolônia. A guerra está começada por dois lados. Os Ródios e os Bizantinos juntam-se aos seus antigos aliados. O Egipto toma o partido de Roma. Filipe põe todas as suas forças, com um zelo cordial, à disposição dos Romanos. A segunda potência da Grécia, a liga Aqueana, adere tanto quanto a primeira à aliança com Roma.
* O fim da independência da Gália Cisalpina só chega este ano, quando os Romanos derrotam os Bóios na sua praça forte. (Bolonha actual)
Ano 191 a.C. - Antíoco, é expulso da Grécia por um exército Romano, que o derrota nas Termópilas.
Sucessivas campanhas sangrentas no vale do Pó, terminam com a derrota da mais poderosa das tribos da Gália Cisalpina, os Bóios.
* No começo da primavera, o estado-maior Romano chega a Apolônia. O comandante chefe é Mânio Acílio Glábrio, homem de origem humilde, mas general hábil, temido por seus soldados e seus inimigos. O almirante é Caio Lívio. Levam reforços de homens e naves, a cavalaria Líbia e elefantes, de forma que o contingente total do exército Romano eleva-se para quarenta e mil homens aproximadamente. As tropas Romanas já tinham começado as operações na Tessália.
* Lúcio Emílio Paulo, recebe o imperium proconsular da Província Ulterior (Espanha) e sofre este ano uma derrota lutando contra os Lusitanos em Lycon.
Ano 190 a.C. (564) - Os Romanos invadem a Ásia, sob o comando de L. Cipião (irmão do Africano, que acompanha o exército) e derrota Antíoco em Magnésia. Antíoco é forçado a retirar-se para além das montanhas do Tauro, e a pagar uma enorme indemnização e a entregar os seus elefantes e a sua frota.
* No vale do Ermo, perto de Magnésia, ao pé do monte Sipilo, não longe de Esmirna, as tropas Romanas encontram o inimigo no fim do outono. A vitória que lhes dá um terceiro continente, custa aos Romanos somente 84 cavaleiros e trezentos infantes. A Ásia Menor submete-se, até ao Éfeso, de onde o almirante retira rapidamente sua frota, além de Sardes, a residência da corte.
Assim o protetorado da República Romana abrange agora todos os Estados, desde a extremidade oriental até à extremidade ocidental do Mediterrâneo. Não existe nesta extensão nenhum Estado do qual os Romanos acreditem ter algo a temer. Mas um homem vive ainda a quem Roma faz honra: O Cartaginês sem asilo, que levantou contra Roma todo o Ocidente. Este refugiou-se inicialmente em Creta, depois na Bitínia e reside na corte de Prúsias, rei deste país, ajudando-o nas guerras com Eumeno. Flaminino resolve, sem consultar ninguém, libertar Roma de Aníbal, como libertara os gregos de seus grilhões. Se não puder cortar a garganta do maior homem deste tempo, pretende pelo menos provocá-lo. Prúsias, o mais miserável dos miseráveis príncipes da Ásia, fica encantado em conceder o pequeno favor que o enviado Romano pede em termos ambíguos e Aníbal vendo sua casa cercada de assassinos, toma veneno. Viveu o bastante para ver o Ocidente completamente submisso e para travar a última batalha com os Romanos contra as galeras de sua própria cidade, que se tornou Romana. Por fim é obrigado a ser um mero espectador.
* Partindo da Macedónia um exército Romano passa o Helesponto e este ano, esmaga Antíoco. Basta esta vitória de Roma para abater o Império Selêucida. Antíoco tem que ceder quase toda a Ásia Menor e quanto ao resto de seus territórios aceitar condições tão severas como as postas aos outrora a Cartago e mais recentemente á Macedonia. Cedência de toda a frota, com excepção de dez navios, e de todos os elefantes de guerra, pagamento da enorme soma de 15 000 talentos, a título de reparação. Promessa de não atacar os países vizinhos situados a Ocidente. Depois de tal humilhação os súbditos do rei perdem-lhe o respeito. Desordens e crises financeiras perturbam com frequência a paz do reino.
Ano 189 a.C. - Perseu combate os Etólios.
* O Consul Cn. Mânlio Vulso invade o território dos Gálatas, mata muitos deles e apodera-se de enormes despojos.
* O procônsul Lúcio Emílio Paulo, tira a desforra com os Lusitanos do desastre de Lycon, no qual perde 6 000 homens.
Ano 188 a.C. - Chega-se a um acordo final com Antíoco, com que se assina um tratado em Apamea. Os seus antigos territórios na Ásia Menor são divididos entre Rodes e Êmenes II de Pérgamo, os Romanos retiram-se então completamente da Grécia e da Ásia.
Ano 187 a.C. - É construída a Via Emília (de onde deriva o nome actual desta região) que liga a Piacenza a Ariminum (Rimini).
Ano 186 a.C. - São introduzidas em Roma, as competições de atletismo.
* Os mistérios de Dionisios-Baco são vários: a mistura de sexos, das pessoas de qualquer condição, o mistério das reuniões e o seu carácter orgíaco, até mesmo bestial, fazem recear as autoridades Romanas uma conspiração ou tentativa de subversão social. Por isso estas práticas são severamente reprimidas aquando do escândalo das Bacanais este ano.
* O mais antigo decreto senatorial data deste ano. é um dos mais importantes documentos em língua latina. Refere-se ao culto de Baco, imitação Romana dos ritos gregos em honra de Dionísio O Senado vê-se obrigado a regulamentar estritamente as cerimónias dionisíacas; todas as comunas itálicas são obrigadas a mandar gravar o decreto em placas de bronze e a expor estas na via pública para edificação de todos os cidadãos.
* Decreto do senado proibindo as Bacanais.
* Este ano, sendo Lúcio Mânlio Acidino Fulviano e Gaio Atínio os governadores da Espanha Citerior e da Ulterior, respectivamente, os Lusitanos, atacam novamente os Romanos. Passando o Guadalquivir, e auxiliados pelos habitantes de Hasta, defrontam Atínio na Primavera. Os Romanos conseguem vitória, mas sem vantagem.
Ano 185 a.C. - Os Pretores da Hispânia, este ano, Lúcio Quíncio Crispino e Gaio Calpúrnio Pisão, trazendo um exército de cerca de 24 000 homens, que se juntam aos já estacionados na Península, atacam Lusitanos e Celtiberos perto de Toledo em Dipo. Vencidos no primeiro recontro, os Romanos contra-atacam e obtêm êxito.
Ano 184 a.C. - Catão-o-Censor, rediculariza o exibicionismo frívolo dos Helenistas, defende as virtudes caseiras e mostra um profundo respeito pelas tradições itálicas. Os seus esforços para manter a coesão tradicional da oligarquia levaram-no a desencadear um ataque político contra Cipião, que acaba por forçar este a retirar-se da vida pública este ano. Catão apoia leis sumptuárias e opõem-se com frequência aos subornos, à corrupção e ao abuso de Poder. A oposição de Catão ao helenismo não se baseia num mero preconceito. Ele próprio fala grego e compreende a cultura grega melhor do que muitos dos que ataca; favorece mesmo a adopção de ideias gregas, desde que possam ser adaptadas às necessidades Romanas. É Catão que ordena, durante o seu mandato de censor, este ano, a construção da primeira basílica em Roma, edifício de estilo grego. Este é um dos muitos exemplos de edifícios públicos de estilo grego mandados erigir durante este período.
* Catão é eleito Censor, exerce naturalmente as suas funções com impiedosa crueldade. Retoma a sua campanha contra a luxo. Desta vez com mais sucesso. O seu alto cargo permite-lhe taxar os artigos cujo uso quisera em 195 proibir ao belo sexo. O resmungão de cabelos vermelhos e olhos verde-cinzentos arranjou muitos inimigos mas o povo Romano honra-o com o título de Censorius.
* Plauto (escritor) morre este ano com 70 anos de idade.
Ano 183 a.C. - Aníbal tenta organizar a desforra, mas traído, refugia-se na corte de Prúsias II, rei da Bitínia. Este para salvar o seu reino, decide entregá-lo a Roma. Advertido Aníbal prefere matar-se este ano. Uma vez decidida a guerra com Aníbal, os Romanos podem mais uma vez voltar a sua atenção para os Balcãs, onde Filipe começou a estabelecer o seu poderio no Egeu e está a empreender movimentos ameaçadores na Ilíria.
(fotosnet)
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* Baco / dionisio baco
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