Segunda-feira, 21 de Março de 2016

Do ano 303 ao ano 395 d.c. (1000 anos d.c.)

Ano 303 - "Grande Perseguição" aos cristãos, desde este ano até ao ano seguinte.

Em 23 de Fevereiro, na festa das Terminalia, há perseguição aos cristãos em Nicomedia, e a Igreja de Nicomedia é arrasada.

A perseguição à Igreja é baseada na acusação feita aos cristãos de terem tentado pôr fogo ao Palácio Imperial.

 Na sua luta contra o cristianismo, Diocleciano subestima no seu cálculo doutrinário a eficácia das medidas persecutórias o que, em verdade, é a única vez que sucede. Deste modo a sua perseguição contra os cristãos este ano e seguinte, é inútil.

. As Comunidades cristãs peninsulares (Ibérica) reúnem-se no Concílio de Elvira (Granada), este ano, tendo já 19 bispos e 24 presbíteros. Três dos bispos são da Lusitânia: Libério de Mérida, Vicente de Ossónoba e Quinciano de Évora.

. Este ano, dá-se o Início da Perseguição aos Judeus.

 

Ano 313 - O Edicto de Milão, promulgado por Constantino Magno, proíbe a perseguição ao cristianismo no Império Romano.

 

Ano 314 - Este ano, Constantino manda reunir um Sínodo em Arles (Provença), com vista a dilucidar alguns aspectos internos da Igreja que ameaçam adquirir relevância política. Seja, por exemplo, a polémica Donastie (assim chamada pelo nome do bispo Donato de Cartago, que insiste na exclusão da Igreja de todos os pecadores).

. Ano do Édito de Milão; pelo qual o Imperador Constantino declara a protecção Oficial das Autoridades Romanas ao Cristianismo.

 

Ano 332 - Devido à Tradição que situa a sepultura de Pedro ao pé da colina do Vaticano, Constantino manda aí erguer uma Basílica, este ano.

. A partir deste ano os arrendatários, ficam vinculados à gleba. Os donos dos domínios passam a ter poder senhorial e de governo, muitas vezes por simples usurpação.

 

Ano 350 - Desde este ano, Tribos germânicas Ocidentais mais pequenas (por exemplo: Sálios, Camavos, Bructeros, Usípios, Ansivários), que no seu conjunto se chamam "Francos", estendem-se desde os rios Ems, Lips, Reno, Mosela, passando pelo Mosa e Escalda, até chegarem ao Soma; Dinastia Merovíngia.

 

Ano 354 - Santo Agostinho, desde este ano até ao ano 430, o mais influente de todos os teólogos latinos, argumenta que os judeus, por sua mera existência, são parte do Plano de Deus, de vez que são testemunhas da verdade do cristianismo, com sua falha e humilhação simbolizando o triunfo da Igreja sobre a Sinagoga.

 

Ano 366 - O Pagão Amiano Marcelino comenta este ano a mundanização do clero cristão: “Quem tiver a sorte de alcançar a dignidade de bispo de Roma tem o futuro garantido. Recebe prendas das matronas, anda de carro, veste esplendidamente e faz que lhe sirvam banquetes magníficos, de modo que a sua mesa ultrapassa em muito a de um rei!” (Amiano Marcelino, 27,3,14.)

 

Ano 373 - O século IV vê a heresia instalada na África do Norte (Santo Agostinho passa a ser maniqueísta desde este ano), Ásia Menor, Grécia, Ilíria e até na Gália e Espanha.

 

Ano 395 - Divisão do Império de Roma: Império do Ocidente e do Oriente.

. Invasão da Grécia pelos Visigodos.

. Ao morrer Teodósio I, este ano em Milão, deixa dois filhos de tenra idade, e confia a sua juventude ao Vandalo Stilicon, marido de sua sobrinha, e cujos talentos e serviços o elevaram à dignidade de Capitão General do exército. Segundo as intenções do príncipe Teodósio I, seus dois herdeiros devem exercer o Poder Soberano sem divisões, e reinar em capitais diferentes, sem romper a unidade do Império. O Governo do Ocidente cabe a Honório, mas Arcádio (o mais velho dos dois irmãos), coloca-o em Constantinopla de baixo da tutela do Galo Rufino, Prefeito do Pretório.

. Teodósio I, morre em Milão em Janeiro e foi no espaço de mais de meio século, o único Imperador que, com a sua habilidade militar e força de carácter, exerceu um controlo pessoal contínuo sobre o Império Romano. De certo modo é irónico que a sua morte deixe o Império nas mãos de duas nulidades como são seus filhos. Arcádio, que detém nominalmente o poder em Constantinopla, e Honório, Imperador em Milão. O controlo dinástico de Teodósio sobre o Império Portucalense, ainda mais com o seu casamento-após a morte da sua primeira mulher-com Gala, filha de Valentiniano I.

. Quando Teodósio morre repentinamente em Milão, este ano, o "renascimento" teodosiano acaba. Os seus dois filhos, Arcádio e Honório, vão dividir o Império Romano, entre si. Arcádio passa a Imperador do Oriente; Honório, a Imperador do Ocidente. Como governantes, serão incompetentes, meros joguetes das suas cortes.

.Átila, nascido por volta deste ano, vai-se impor como senhor de um vasto Império Bárbaro e tentar impor a sua autoridade a todos os Germanos. Por uma incursão até aos muros de Constantinopla, vai impor a sua suserania ao Império do Oriente, depois voltar-se-á para o Ocidente.

. Neste ano nasce Átila, vai suceder a seu tio Rugas no trono dos Hunos. Vangloriando-se de ter recebido a sua espada directamente do Deus dos Hunos. Considerar-se-á que é designado para assegurar "O Império do Universo" e vai apresentar-se como o "Punho de Deus, do qual o céu se serve para castigar as nações". avançara primeiro sobre o Império do Oriente, forjando um imenso reino desde o mar Cáspio ao Reno. Em seguida porá o Império do Ocidente a ferro e fogo, reclamando metade das suas terras como dote pelo seu casamento com Honória, irmã do Imperador, que lhe envia o seu anel. Com os Francos e os Vândalos, invade a Gália. Saqueia Metz, mas vai poupar Paris, onde Santa Genoveva persuadira os habitantes a permanecer na cidade. Atingindo o Loire, Átila cerca Orleães e o assalto final estará já decidido quando, a 24 de Junho, surgem os exércitos coligados de Valentiniano, sob as ordens de Aécio e de Teodorico I, rei dos Visigodos. Obrigado a levantar cerco, Átila retira-se para Troyes, nos Campos Cataláunicos, onde recomeça o combate. Será uma autêntica carnificina para ambos os lados e Átila, vencido, reagrupa as suas forças para lá do Reno.

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. Este ano Teodósio partilha o Império entre os seus dois filhos, ninguém tem consciência de que se trata de uma ruptura definitiva, entre o Oriente e o Ocidente. Não é a primeira vez que uma tal medida é tomada por razões de eficácia administrativa de resto, a língua e as instituições permanecem romanas. Não obstante, a divergência de interesses surge rapidamente, tanto no domínio económico como no cultural e religioso. Constantinopla prospera e afasta-se de Roma, submersa pelos bárbaros.

. Esteano, Alarico I, à cabeça dos Godos, arrasa a Trácia, a Macedónia, a Tessália e o Peloponeso, até que Estilicão o derrota em Foloé. Alarico dirige-se então contra Honório. Em duas investidas invade a Itália do Norte, mas Estilicão vence-o em Plaisance e em Verona. Alarico lança-se sobre Roma, onde entra de surpresa a 24 de Agosto.

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Penso: ... preocupada com a reviravolta da humanidade

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Sábado, 17 de Outubro de 2009

Do ano 61 dC ao ano 68 dC (1000 dC)

Ano 61 (813) - No Ocidente, o culto do imperador não só foi encorajado pelo Estado como até se tornou popular. A organização podia ser deixada ao cuidado dos próprios provincianos, e os funcionários locais tinham todo o gosto em se tornarem sacerdotes de Augusto (flamines Augusti) e em serem reconhecidos como bons amigos de Roma. É significativo o facto de o Templo de Cláudio em Colchester ter sido arrasado como gesto simbólico de desafio, quando a rainha britânica Bodícia se revoltou contra Roma, este ano, provocando um revês romano na e.
* Assalto a Mona pelas tropas romanas. (liv. Os Celtas)

Ano 60 (812) - Estabelecem-se colónias aqui e além, pela Itália.
* Desenvolve-se a política de Nero.
* Nasce Trajano, de uma família nobre da província da Bética na Espanha.
* A subjugação da Britânia prossegue com dureza, o que leva à rebelião da Boudicea, neste ano e ano seguinte, sendo a ira dos Bretões dirigida em particular contra a colónia de veteranos de Camulodunm (Colchester) tida como símbolo de opressão romana, e contra a capital provincial, Londres.

Ano 62 (814) - Ano das leituras das poesias.
* Consules: P. Marius e L. Asinnius.

Ano 63 (815) - Não se respira durante os primeiros anos do reinado de Nero, mas para sentir com mais força o horror dos últimos nove anos. Nero poeta de talento, não é estranho à virtude.
* Incorporação da Palestina no Império Romano, por Pompeu.
* Numerosos Judeus pensaram chamar um árbitro. Constitui-se um “
terceiro partido” que envia uma delegação a um poderoso estrangeiro que se encontra então, na Primavera deste ano, em Damasco. Pouco depois, cada um dos dois irmãos inimigos vai junto do mesmo para que, mediante moeda sonante, aceitasse a ajudá-la. O estrangeiro a quem essas rãs oferecem tão ingenuamente um ceptro, não é outro senão Pompeu.
* Os convites dos Judeus para intervirem em sua casa não deixaPompeu indiferente.

Ano 64 (816) - A Roma imperial é um enorme complexo, com uma população que talvez exceda o milhão, vivendo em grande parte em condições assustadoras. A miséria dos bairros pobres contrasta com a magnificência dos edifícios públicos construídos por sucessivos imperadores, a começar por Augusto:Augusto embelezou tanto a cidade que se justifica o seu alarde:” Encontrei uma cidade de tijolo e deixei uma cidade de mármore”. Uma nova transformação tem lugar no tempo de Nero, no seguimento do desastroso incêndio deste ano. Das 14 regiões em que Roma estava dividida, apenas 4 ficam intactas. Três são totalmente destruídas e nas outras sete, algumas casas sobrevivem ao incêndio, embora muito danificadas”.
* Em Julho, um grande incêndio destrói um terço de Roma e faz milhões de vítimas. O imperador Nero reconstrói a cidade, segundo um plano moderno. A cólera popular volta-se para os cristãos, que são submetidos a atrozes suplíci-os; revestidos de resina, servem para iluminar os jardins de Nero.
* O Grande incêndio de Roma começa a 18 de Junho deste ano e dura nove dias. Muitos pensam que tenha sido o próprio imperador que o inicia por isso; para afastar os rumores, Nero leva a tribunal e sujeita às suas refinadas torturas aqueles que o povo odiava, pelos seus crimes e chamava cristãos.
* Em 18/19 de Junho/Julho durante a lua cheia começam grande incêndio de Roma, que dura nove dias, no tempo de Nero (Lúcio Domicio), que é acusado do incêndio e que por sua vez acusa os cristãos e tortura-os. O povo odiava-os pelos seus crimes.
* Nero, para desviar a cólera do seu povo, acusa os cristãos de serem os autores da grande catástrofe deste ano que destruiu com o incêndio grande parte de Roma e leva a cabo a primeira perseguição sangrenta contra eles, durante a qual muitos cristãos são torturados e queimados, atados e postos, como tochas festivas. A multidão enfurece-se contra eles, mas esta perseguição não se repete. É difícil saber se a actuação de Nero é ou não popular. O espectáculo público que a morte dos cristãos no circo proporciona, entusiasma escumalha romana. Por outro lado a violência é praticada sobre uma minoria que se encontra em oposição absoluta com o Estado antigo, dado que, além de rejeitar o culto ao imperador (honras litúrgicas ao imperador divinizado) nega o politeísmo de tal modo que em vez do panteão greco-romano, considera que a crença num só Deus, no âmbito de uma crença que aspira à universalidade tende a estabelecer a unidade do homem e da natureza de um modo completamente novo.
* Aquando do incêndio que devasta a maior parte da cidade de Roma, os cristãos são acusados de o ter acendido voluntariamente, levados a isso pelo seu “
ódio ao género humano”.
* A expansão do cristianismo foi obra dos discípulos de Jesus, os apóstolos, que, através de suas pregações, difundem o cristianismo pelo mundo romano. Papel destacado no processo de difusão da
nova religião têm os apóstolos Pedro, considerado o fundador da igreja cristã e primeiro bispo
de Roma, e Paulo, realiza a conversão dos gentios. Ambos são mortos pelos romanos este ano.
* A actividade missionária de Pedro, leva-o a Roma. Não muito depois do incêndio, S. Pedro e S. Paulo são martirizados em Roma. Pedro é crucificado no Monte Vaticano, durante a perseguição de Nero.
* Após o grande incêndio de Roma, este ano, Nero percorre toda a Grécia em busca de obras de arte para embelezar a cidade restaurada, e é voz corrente entre os romanos que ele próprio tem alguma coisa a ver com o incêndio de Roma, que lhe permitiria construir uma grandiosa capital sobre as ruínas. Ao escolher os cristãos, seita nova e impopular, como incendiários plausíveis (acreditam no fim iminente do mundo pelo fogo), Nero verifica que os terríveis castigos que lhes impõe (morte pelo fogo na arena) lhes angaria simpatias e o torna a si próprio mais impopular.

Ano 65 (817) - A Síria torna-se província romana.
* A conspiração contra Nero é cruelmente reprimida. É o prenuncio do declínio dos últimos anos do seu reinado e o fim da linhagem Júlio-Claudiana.

Ano 66 (818) - Insurreição entre este ano e o ano 135 dc. Finalmente há as grandes revoltas na Palestina em grau superior e que agitam o império Oriental. Não há paralelismo a esta sequência de eventos em qualquer outro território governado por Roma. Após alguns anos de descontentamento, a Judeia revolta-se, sendo tal revolta reprimida por Vespasiano e por seu filho Tito. A grande revolta e o cerco de Jerusalém, constitui um dos eventos mais importantes e aterradores na história judaica. No fim deste ano, a revolta na Palestina, perturba também a calma do mundo Ocidental. Vespasiano, manda reprimir a Revolta, a um general mais poderoso que Corbulon.

. Ergue-se na Palestina uma Revolta contra o jugo romano.
* Nero empreende uma espectacular viagem pela Grécia, regressando a Roma com mais de 1600 coroas de vitórias teatrais e atléticas, mas a sua posição começa a detiorar-se.
* Séneca suicida-se.
* A comunidade é ameaçada pelos romanos na rebelião deste ano.
* Deste ano ao ano 70: “Fim dos tempos”
* O esquema de seu acampamento é defensivo e este é suprido com uma torre de observação e verdadeiramente, parece ter sido atacado e destruído pelos romanos quando o fim dos tempos adveio nestes anos.
* Os monges de Qumram, são Essênios
* Catástrofe
* A revolta começa na Cesaréia, não em Jerusalém, seguindo-se a um processo greco-judaico em que os gregos ganham.
* Primeira revolta judaica, deste ano até ao ano 73. A confrontação imediata com as tropas de ocupação romana (que na Palestina, são sobretudo, constituídas por gente de baixíssima extracção social), levou a duas terríveis guerras. Delas resulta que a Judeia fica praticamente transformada num deserto. Os judeus deixam de poder dispor do território do seu Estado. Uma destas guerras é a deste ano ao ano 70, sob Vespasiano e Tito. Contemporânea desta confrontação militar romano-judaica está a resistência dos cristãos à atitude dos romanos para com eles.
* Este ano há a primeira revolta judaica. A título de represália, os romanos destroem mais tarde Jerusalém e o seu templo.
* Após o massacre da guarnição em, Jerusalém, o embaixador romano na Síria, Céstio Galo, reúne uma grande força em Acre e marcha contra a cidade. Quando alcança os arrabaldes, fica aterrorizado com a força de resistência Judia e ordena uma retirada com uma força enorme, não menos de quatro legiões: a 5ª e 10ª, a 12ª e a 15ª, estando concentrada na Judeia, e um dos generais mais experientes do império, Tito Flávio Vespasiano, recebe o comando.

Ano 67 (819) - Nero passa na Grécia todo este ano.
* Principia a revolta geral contra os romanos, que leva à destruição de Jerusalém e do seu templo. Porém a rebelião não é completamente esmagada.
* Um grupo de rebeldes fanáticos, fixa-se em Masada, sob o comando de Eleazer Ben Ya’ir, e era uma questão de prestígio para Roma liquidar também este último ninho de resistência.
* Masada é um dos lugares altos da história do povo de Israel. É lá que no fim da revolta de (67-73) algumas centenas de Judeus se opõem numa derradeira e heróica resistência ao ocupante romano. Masada representa, por outro lado, uma das obras-primas arquitecturais e artísticas da Judeia da época herodiana, ao mesmo tempo que testemunha a fria determinação dos sitiantes romanos.
* Nos fins do mês de Outubro, a Galileia fica inteiramente dominada. Entre os prisioneiros conta-se também Josefo, o Generalíssimo. Amarram-no com cadeias e a partir deste momento ele contempla por ordem de Vespasiano e do quartel-general deste, todo o desenrolar da Campanha. Seis mil judeus são levados como escravos para Corinto, para a construção do canal.

Ano 68 - A 9 de Junho deste ano, Nero suicida-se (?) faz-se(?) matar por um liberto e ao expirar, murmura: "Que artista perde o mundo!" Deixando de ser imperador e ascende ao Poder Galba.
* As guerras civis deste ano e do ano seguinte, põem fim à dinastia Júlio-Claudiana, que vem desde o ano 14. Até esta data, o exército manteve a sua lealdade para com os herdeiros de Augusto. Com a morte de Nero, extingue-se a “dinastia” dos Augustos.
* Corte profundo na história do Principado. No entanto, este princípio político está tão arreigado em todo o Império que não volta a dar-se por qualquer acto em favor da República, embora o espírito republicano de modo algum tenha desaparecido como projecto. Mas a única verdadeira questão consiste em saber quem deve ser o novo príncipe e onde deve ele ser recrutado. No baixo Reno é preciso reprimir a perigosa sublevação dos Batavos, que quase leva à criação de um reino galo-romano que se estende por ambas as margens do rio. Vespasiano tem de levar a cabo esta acção com um exército que, desde as desordens deste ano, se transforma numa soldadesca indisciplinada, mais perigosa para os seus próprios concidadãos que para os inimigos externos.
* O período de guerra civil que se segue ao reinado de Nero, este ano, volta a trazer a Península Ibérica para a primeira linha dos acontecimentos da história do Império Romano. Este ano, Sulpício Galba, legado da Tarraconense, ergue-se contra Roma, com o apoio do seu amigo Sálvio Otão, legado da Lusitânia, e faz-se proclamar imperador na Hispânia. Galba instala-se em Roma e proclama Pisão seu herdeiro político, desprezando, portanto, o seu amigo Otão. Este promove uma rebelião palaciana, que vai culminar no assassinato de Galba e na sua proclamação como imperador de Roma. Enquanto estes acontecimentos têm lugar, Vitélio, um general da fronteira germânica, rebela-se por seu turno, e marcha com um poderoso exército sobre Roma.
* Há uma crise; a rebelião de Vindice. Na primavera, um senador gaulês chamado Júlio Vindex, que governa a província da Gália Lugdunense, contacta os comandantes provinciais, numa tentativa de os levar a revoltarem-se. O seu apelo é ouvido por Galba o velho governador da Hispânia Tarraconense, que acede a ser proclamado imperador com o apoio de Vindex e da pequena guarnição Hispânica, a que se junta uma outra legião, recrutada por ele próprio. Vindex é eliminado em Vesanção (Besançon), pelo governador da alta Germânia, Virginio Rufo, que é ele próprio proclamado imperador pelo seu exército, mas que se recusa a aceitar. Rufo apoia Galba, mas é substituido no cargo de governador.
* Deste ano ao ano seguinte; de Tácito, chega o conhecimento de Veleda, descrita como a profetisa e inspiração dos Brúcteros, uma tribo transreana que toma parte na revolta de Civilis estes anos. Veleda é uma palavra céltica que induz a função de vidente, mas o mais natural com os Brúcteros é que se trata mais de uma das antigas tribos celtas transrennas, nesse sentido germanicas, do que um povo de língua teutónica com um titulo adquirido fora, para o seu oráculo.
* Na Primavera, os Gauleses e Germanos da 10ª legião de Tito fazem no mar Morto, uma limpeza terrível. O mosteiro é parcialmente destruído, depois ocupado pelos soldados; os monges fogem ou são massacrados. Não sem esconderem nas grutas da falésia vizinha os seus mais preciosos tesouros, os seus livros sagrados.
* Após o suicídio de Nero (9 de Junho) Rufo apoia Galba mas é substituído no cargo de governador.
* Qumran, em cujas proximidades foram descobertos os manuscritos do mar Morto: A localidade de Qumran não é mencionada na Bíblia, pelo menos com este nome. Quanto à comunidade que aí se tinha instalado, e que está certamente na origem dos célebres manuscritos, parece que terá permanecido lá desde o ano 4 antes de Cristo até este ano. Este período corresponde ao da vida de Jesus e aos inícios da Igreja cristã. Nada sabemos sobre os inícios da comunidade do mar Morto, a não ser que ela, provavelmente, era constituída por Essénios.


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Quinta-feira, 2 de Julho de 2009

Ano 2 d.C (1000 anos de história)

Ano 2 - Júlia, única filha do Imperador, é exilada para uma ilha, por ter uma conduta sexual ascandalosa. Caio, seu filho e de Marco Agripa amigo de Augusto, morre.
* Tibério regressa a Roma e é adoptado por Augusto.

Ano 4 - Lúcio, filho de Júlia e Marco Agripa e irmão de Caio, que morreu no ano 2, também morre. Depois da morte de Caio e Lúcio, Tibério que regressara a Roma, é adoptado por Augusto e persuadido por sua vez a adoptar Germânico, o qual adopta.
* Nascimento de Jesus de Nazaré, sob o reinado de Herodes, o Grande e ano da morte do rei.

Ano 6 (758)
- O exército converte-se numa instituição regular admitindo constantemente mais recrutas, que tenham prestado serviço nas legiões durante um período fixo de 20 anos. Terminado este, recebem terras ou pagamentos em moeda. Este ano, este sistema é institucionalizado pela formação de uma tesouraria militar, fundada em primeira instância por uma dádiva do próprio Imperador e subsquentemente reabastecida pelo rendimento proveniente de dois impostos lançados sobre os cidadãos romanos; uma taxa de vendas de 1% e direitos sucessórios de 5%. Este novo sistema faz com que o exército se afaste da política e seja fiel ao Estado e ao Imperador, que continua a ser comandante-chefe e nomeia pessoalmente os oficiais.
* Quirino é nomeado governador da Síria e chega à Síria, este mesmo ano na qualidade de legado. Com ele Roma manda Copónio como primeiro procurador para a Judeia. Entretanto levam a cabo um recenseamento. Este census era apenas um census provincial.
* A Judeia torna-se Província Imperial.
* A partir daqui a Judeia e a Samaria, são governadas por procuradores romanos.
* Submissão da Judeia a Roma.
* Depois da morte de Herodes-o-Grande (Palestina: Arquelau, para quem Herodes, o Grande, deixa a Judeia, é acusado e desterrado num exílio para Viena na Gália onde morre deposto pelos romanos este ano, e é substituído por procuradores, nomeadamente, Poncio Pilatos. O seu território torna-se província romana. Arquelau, apenas instalado, entra em conflito com quase todos os súbditos. Depõe dois sumos sacerdotes. Irrita os Fariseus, contratando com a cunhada Glafira, viúva de Asmoneu Alexandre, um casamento que a lei condena. As suas exigências fiscais, tornadas necessárias para a reconstrução sumptuosa do palácio de Jericó e a criação duma cidade a que deu o seu próprio nome, acabam de exasperar os Judeus. As perturbações recomeçam, os métodos policiais e as repressões. Uma delegação parte de novo para Roma, este ano, para suplicar a Augusto que mande comparecer o pequeno tirano perante ele. Sendo acusado, é  deposto e desterrado, pelos romanos).
* Cesareia torna-se capital da província romana da Judeia e residência dos seus governadores. A cidade dispõe de um notável sistema de adução de água. Quanto ao porto em si, era protegido, a norte e sul, por dois molhes em arco de circulo, com o comprimento de 600m e 250m, respectivamente. A água potável transportada até à cidade por dois aquedutos, o maior dos quais, com o comprimento de 9km, foi edificado sob o governo de Herodes.
* É fundado um movimento por Judá-o-Galileu ou Judas de Gamala, quando ele organiza um levante liderado por ele próprio, em protesto contra o governo directo imposto por Roma e sua tributação. É o tipo de um rabino primitivo e ensina a antiga doutrina de que a sociedade Judaica é uma teocracia, reconhecendo o governo por mais ninguém senão por Deus. Judas de Gamala, dito o Galileu, e um fariseu chamado Sadduk, arrastam os seus fiéis contra os romanos, por ocasião dum recenseamento; a revolta é esmagada, mas os Zolotes, como todos os extremistas, têm a simpatia do povo. Sem poder para recomeçar os levantamentos em massa, recorrem ao terrorismo individual. Armados de curto punhal que os latinos chamam sica, feriam mais ainda que os ocupantes, os considerados infiéis ou traidores.
* Execução de Judas de Gamala.
* Monges das cavernas, grupos batistas, que moram próximo ao Jordão, dos quais João Batista e seus adeptos são os mais conhecidos. Mora e trabalha na maior parte na Galileia e na Péreia, território esmagadoramente judeu, mas que foi anexado à Judeia pelo fogo e pela espada, e muitas vezes mediante conversão forçada nos tempos macabeus. É uma área tanto de ardente ortodoxia como de multiforme heterodoxia e de efervescência religiosa e política. Boa parte dela é devastada com as revoltas imediatamente após a morte de Herodes e neste ano; e o filho do grande homem, Herodes Antipas, que os romanos fizeram governador, tentou reconstruí-la implantando novas cidades nas fronteiras gregas.
* Toda a política da fronteira setentrional se desmorona, porque a Ilíria se revolta e a campanha contra Maroboduns é abandonada.

Ano 7
- Quirino, legado da Síria, investe Anás na função, que conservou até ao advento do imperador Tibério.

Ano 8 (760)
- É banido de Roma o poeta erótico, Ovídio, por desagradar ao imperador; especialmente por ter escrito o poema sobre a arte do amor.

Ano 9 (761) - Lei Consular.
* São modificadas por uma Lei Consular, as leis que Augusto introduziu nos anos 18 e 17, antes de cristo, contra delitos sexuais. Não passa despercebido o facto de ambos os cônsules que aprovam esta lei serem solteiros.
* À Cidade Santa, na festa semanal, acodem milhares de peregrinos, porque se dá um choque sangrento na praça do templo, desenrolando-se uma luta encarniçada. As tropas romanas, penetram no templo, incendeiam as galerias e roubam tudo o que apanham à mão. O próprio Sabino, apodera-se de quatrocentos talentos pertencentes ao tesouro. A rebelião de Jerusalém, propaga-se como um incêndio a todo o país. Os romanos são apedrejados e entrincheiram-se apressadamente no palácio. Estes na Judeia, depois de saqueados, convertem-se em pasto para as chamas.
* O governador de Roma, na Síria, Quintílio Varo, ocorre com um poderoso exército romano, reforçado com tropas de Beirute e da Arábia. Logo que as suas forças aparecem diante de Jerusalém, os rebeldes fogem, mas são perseguidos e feitos prisioneiros em massa. 2 000 homens são crucificados.
* As três legiões de Quintílio Varo, (que é quem dá a ordem) já depois da revolta ter sido reprimida, são destruidas pelo chefe germano Armínio, num lugar conhecido da floresta de Teutaburgo. Depois da perda das três legiões, são abandonados os territórios situados na margem direita do Reno, no seu curso médio e inferior. Ora o estabelecimento da fronteira romana no Elbo, fica comprometido com a derrota de QUINTÍLIO Varo, daí que Roma contenta-se com a conquista dos chamados agridecumates, àrea situada na margem direita do Reno junto ao Neckar e aos Alpes Suábios, assim como o domínio do território junto à fronteira germânica e réctica.
* Neste ano já a revolta foi reprimida, mas neste mesmo ano as três legiões de Quintílio Varo são destruidas pelo chefe germano Armínio, num lugar desconhecido da floresta de Teutaburgo.
* Quando o estabelecimento da fronteira romana no Elba fica comprometido com a derrota de Varo na floresta de Teutoburgo, este ano. Roma contenta-se com a conquista dos chamados agri decumates, área situada na margem direita do Reno junto ao Neckar e aos Alpes Suábios, assim como com o domínio do território junto à fronteira germânica e réctica.
* Depois da perda de três legiões na floresta de Teutoburgo, este ano, são abandonados os territórios situados na margem direita do Reno no seu curso médio e inferior.

* As tropas romanas são apedrejadas. Estas incendeiam as galerias, penetram no templo e roubam tudo o que apanham à mão. O próprio Sabino apodera-se de quatrocentos talentos pertencentes ao tesouro. Depois, entrincheira-se apressadamente no palácio. A rebelião de Jerusalém propaga-se, como um incêndio, a todo o país. Os palácios reais da Judeia, depois de saqueados, convertem-se em posto das chamas. O governador da Síria ocorre com um poderoso exército romano, reforçado com tropas de Beirute e da Arábia. Logo que as forças aparecem diante de Jerusalém, os rebeldes fogem. São perseguidos e feitos prisioneiros em massa. O governador de Roma, na Síria, que foi quem deu a ordem, sofreu uma derrota sofrida este ano. Chama-se Quintílio Varo.

* Perda de três legiões na Germânia, na floresta de Teutoburgo, este ano.

Ano 10 (762) - Morte do grande rabino Hillel.

Penso: curada

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ANO 147 a.C. ANO 153 a.C.

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*Bibliografias

Os Lusitanos - No contexto Peninsular História de Roma Estrabão, III, 3,7 Polibio, XXXIV

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